Um Novo Começo
Aos 30 anos de idade, a vida de Mariana parecia um retrato de estabilidade: um casamento de quase cinco anos com Arthur um emprego onde ela podia salvar vidas e uma cobertura aconchegante. Quem via de fora ela vivia em um conto de fadas moderno.
Porém, como em toda história, havia nuances. Mariana estava passando mais tempo no hospital do que em casa. Como cirurgiã pediatra, seu dia era uma dança constante entra a precisão técnica e a empatia. Salvar vidas era o que a movia, e ela sempre dizia, que nos sorrisos das crianças recuperadas, encontrava sua maior recompensa.
Apesar de passar maior parte do tempo no hospital, sua dedicação ao casamento e amigos era inabalável. Ana, sua amiga de longa data era praticamente da família, estava sempre por perto compartilhando os momentos bons e ruins. Mariana confiava nela como irmã.
Além de Ana, Mariana também tinha Vitor e Sofia que eram seus amigos de infância, Sofia era oncologista pediátrica e sempre estava junto de Mariana, geralmente as duas acompanhavam caso de seus pacientes juntas. Sofia era o braço direito de Mariana, era como se fosse uma irmã, não se intrometia muito na vida da amiga, mas estava sempre atenta a tudo, vivia implicando com Ana, Mariana sempre achou que era ciúmes da Sofia, já que sempre foram as duas e Vitor, mas na verdade os amigos nunca foram com a cara de Ana, Vitor nunca falava nada pois não queria chatear a amiga. Diferente das amigas ele seguiu a advocacia, e era um advogado de renome, pegando sempre casos importantes.
Mariana estava feliz, amava o que fazia. Ver uma criança acordar de uma cirurgia bem sucedida, com a esperança brilhando nos olhos dos pais, era uma recompensa que dinheiro algum poderia comprar. E nos corredores do hospital que ela sentia sua missão, seu lugar no mundo.
Mas, às vezes, o peso era demais. A noites sem dormir, as decisões críticas e as perdas inevitáveis cobravam seu preço. Havia dias que ela se perguntava quanto de si restava fora daquela profissão.
Nos últimos meses, no entanto, algo parecia diferente. Mariana não sabia dizer se era exaustão ou um vazio mais profundo. O trabalho, que sempre fora uma válvula de escape, agora parecia ser o único lugar onde ela conseguia ignorar a inquietação que crescia em casa.
Era uma sexta-feira como tantas outras. Mariana havia passado o dia no hospital, lidando com um caso delicado de uma criança com má formação congênita. O sucesso da cirurgia deveria deixa-la em êxtase, mas uma sensação de inquietação acompanhou até em casa.
Arthur estava na sala quando ela chegou, distraído no celular. Ele não sente sua chegada até Mariana largar a bolsa ao seu lado.
- Dia difícil? – Ele perguntou sem olhar para ela.
- Um pouco. E você? – respondeu\, tentando iniciar uma conversa que parecia cada vez mais mecânica entre os dois.
Arthur falou com um pouco sobre um novo projeto, mas logo mudou de assunto. Ele parece mais distante aquela noite. Ela achou que o silencio era fruto da rotina entre os dois.
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Atualizado até capítulo 56
Comments
Rita DE Cassia Gomes
muito interessante 😍
2025-08-01
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