Capítulo II

MADSON CLAIRE.

Estava a caminho do meu apartamento quando tudo aconteceu de repente — o som estridente de uma batida, metal contra metal, me fez gelar na hora. Meu coração disparou, e por um instante fiquei paralisada, tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

Ainda atônita, respirei fundo e desci do carro, rezando para que o outro motorista estivesse bem.

Ao ver o estrago em seu belo carro, resmunguei, indignada:

MADSON CLAIRE — Droga... meu pai vai me matar!

Quando me virei, dei de cara com um homem de ombros largos, cabelos grisalhos e um olhar penetrante que me fez perder o ar por um instante. Ele aparentava estar na casa dos 30 ou 40 anos e exalava uma presença intimidadora.

O encanto se quebrou assim que ele falou, com arrogância:

HOMEM — Você não olha por onde anda, garota?

Franzi o cenho, irritada com o tom dele.

MADSON CLAIRE — Se eu olho ou não, com certeza não é da sua conta. — rebati, seca.

Ele arqueou uma sobrancelha, um meio sorriso provocador surgindo nos lábios.

HOMEM — Temperamental, hein? Aposto que também dirige como fala: sem pensar nas consequências.

Respirei fundo, tentando não perder a paciência. Peguei o celular e liguei para o seguro, ignorando-o enquanto ele me observava como se aquilo fosse apenas um jogo.

Depois de explicar a situação, olhei para ele com firmeza:

MADSON CLAIRE — Não se preocupe, eu vou arcar com os custos do carro.

Ele inclinou a cabeça, com um sorriso presunçoso.

HOMEM — Ah, isso eu já sabia. Você tem cara de menina rica que nunca ouviu a palavra "não".

Revirei os olhos, sentindo o sangue ferver. Sem dizer mais nada, parei um táxi e entrei, ignorando o olhar dele que parecia me seguir como um desafio silencioso.

Eu não sabia ainda... mas aquele homem estava prestes a virar minha vida de cabeça para baixo.

 

Entreguei o dinheiro ao taxista e saí do carro, ainda com a cabeça fervendo. Entrei no meu apartamento, joguei a bolsa no sofá e me deixei afundar nele, soltando um longo suspiro enquanto tentava organizar meus pensamentos.

MADSON CLAIRE — Mas que cara idiota! — resmunguei sozinha. — Quem ele pensa que é pra falar assim comigo? Ele nem me conhece!

Passei as mãos pelo rosto, tentando me acalmar, mas só de lembrar do sorriso presunçoso dele, meu sangue ferveu ainda mais.

MADSON CLAIRE — Argh, que raiva desse homem! Quem ele acha que é?

Subi as escadas de mau humor, cada passo ecoando minha irritação. Assim que entrei no quarto, joguei os sapatos no canto e me deixei cair na cama de barriga pra cima, encarando o teto.

Mas, por mais que eu tentasse, a imagem dele continuava voltando à minha mente: o olhar penetrante, o jeito arrogante... e aquela maldita sensação de que eu nunca mais iria esquecer aquele encontro.

......................

ALEKSANDER ZIELIŃSKI.

Estava a caminho da empresa quando o barulho estridente de metal contra metal ecoou pelo ar. Pisei no freio com precisão, sentindo o impacto contra meu carro luxuoso.

Saí do veículo sem pressa, avaliando os danos com calma. Nada que não pudesse ser resolvido com dinheiro — e eu tinha de sobra.

Foi então que a vi.

A garota.

Frágil e ao mesmo tempo insolente, com a expressão assustada e as mãos trêmulas sobre o celular. Linda pra caralho. Aquela blusa justa grudada no corpo não ajudava em nada a minha concentração. E a boca... vermelha, convidativa. Não devia ter mais de vinte e poucos anos.

GAROTA — Droga... meu pai vai me matar! — ela resmungou, sem notar minha presença.

Cruzei os braços e deixei minha voz firme sair, carregada de ironia:

ALEKSANDER ZIELIŃSKI — Você não olha por onde anda, garota?

Ela virou-se rápido, e por um instante nossos olhares se cruzaram. Olhar penetrante contra olhar inocente. Reconheci o tipo na hora: mimada, mas cheia de fogo.

GAROTA — Se eu olho ou não, com certeza não é da sua conta. — retrucou, com uma coragem que me arrancou um meio sorriso.

ALEKSANDER ZIELIŃSKI — Temperamental, hein? Aposto que também dirige como fala: sem pensar nas consequências.

Ela respirou fundo, tentando se controlar, e ligou para o seguro. Fingia indiferença, mas eu via as mãos tremerem de leve. Interessante.

Quando desligou, me encarou firme:

GAROTA — Não se preocupe, eu vou arcar com os custos do carro.

Inclinei a cabeça, deixando o sorriso presunçoso escapar.

ALEKSANDER ZIELIŃSKI — Ah, isso eu já sabia. Você tem cara de menina rica que nunca ouviu a palavra "não".

Ela revirou os olhos, bufou e entrou num táxi, sem me dar o gosto de uma resposta.

Fiquei parado, observando-a partir. O jeito que caminhava apressada, o olhar de raiva antes de fechar a porta... Era como se tivesse me desafiando.

E eu adorava desafios.

Sabia, no instante em que aquela porta bateu, que não era a última vez que a veria. O destino acabara de jogar uma peça interessante no meu tabuleiro.

Entrei de volta no carro, onde Lucas, meu segurança mais leal, já me esperava.

Ele me olhou pelo retrovisor, atento, sem precisar perguntar nada.

ALEKSANDER ZIELIŃSKI — Vamos. — ordenei.

O motor roncou, o carro deslizou pela avenida, e uma certeza martelava na minha mente: aquela garota ainda ia me dar muito trabalho.

Trabalho... ou diversão. Talvez os dois.

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