A luz da manhã filtrava-se pelas cortinas do quarto, suave, dourada… e quente.
Lívia abriu os olhos devagar. Sentia o corpo relaxado, levemente dolorido, como se cada parte tivesse sido explorada — e foi. Ao seu lado, Dante dormia de lado, o braço pesado envolvendo sua cintura, o peito nu colado às suas costas.
Ela sorriu. Pela primeira vez em muito tempo, acordava com o corpo saciado... e a mente leve.
Mas o desejo ainda estava ali.
Ela se virou devagar, olhando para ele. Dante parecia uma escultura viva: mandíbula marcada, cabelo bagunçado, a barba por fazer... e um ar perigosamente sexy até dormindo.
Lívia aproximou o rosto e, sem dizer nada, começou a distribuir beijos suaves por seu pescoço, descendo pelo peito. Queria provocá-lo. Acordá-lo com a língua, com a boca, com a vontade que ainda pulsava entre as pernas.
Quando sua boca chegou ao abdômen dele, Dante soltou um gemido rouco, ainda entre o sono e o prazer.
— Acordar assim devia ser obrigatório — murmurou, a voz grave, preguiçosa e excitada.
Ela sorriu contra a pele dele e desceu mais, puxando o lençol com os dentes. O membro dele já começava a responder ao toque, e Lívia não hesitou. Lambeu, beijou, saboreou. Com calma. Com intenção.
Dante entreabriu os olhos e a encarou.
— Se continuar assim, não vou responder por mim.
— Essa é a ideia — sussurrou ela, antes de abocanhá-lo por completo.
A reação foi imediata. Ele gemeu, segurou os cabelos dela, inclinando o quadril, totalmente entregue à boca quente e gulosa. Ela o chupava devagar, olhando nos olhos dele, sentindo-se poderosa, desejada, viva.
Mas Dante não era do tipo que deixava o controle por muito tempo.
Ele a puxou para cima e a deitou de bruços, beijando suas costas, descendo até a curva dos quadris.
— Agora é minha vez de te acordar direito.
Ele a penetrou por trás, devagar, com movimentos profundos que arrancavam gemidos baixos e roucos de Lívia. A pele colada, os corpos em sintonia, o calor aumentando a cada estocada.
As mãos dele agarravam firme sua cintura. A boca explorava sua nuca, seus ombros. Cada movimento era preciso. Cada investida fazia o corpo dela vibrar.
Quando ela gozou de novo, tremendo, mordendo o travesseiro, ele não parou. Continuou até levá-la ao limite mais uma vez.
Só depois, deitados, suados, satisfeitos, Dante passou os dedos pela pele dela, como se quisesse tatuar cada curva na memória.
— Fica mais — ele disse, com a voz rouca. — Pelo menos até o próximo orgasmo.
Ela riu, virando-se de lado para encará-lo.
— E depois?
— Depois a gente finge que não vai repetir isso amanhã.
Mas os dois sabiam.
Aquilo estava só começando.
Lívia ainda sentia o coração acelerado quando caiu de costas na cama, os seios arfando, a pele úmida, os músculos relaxados e trêmulos ao mesmo tempo. Dante se deitou ao lado dela, observando-a como quem aprecia uma obra de arte após terminá-la.
— Você sabe o que faz com a minha cabeça? — ele perguntou, com aquele sorriso torto, um misto de charme e malícia.
— Eu? Só acordei com fome… — respondeu ela, com um olhar inocente e provocante ao mesmo tempo.
— Fome de quê?
— De você.
Ele riu, e o som foi rouco, grave, masculino. Passou os dedos pela barriga dela até alcançar entre suas pernas. Ela estremeceu.
— Isso aqui diz que ainda não matei sua fome — sussurrou.
Ela mordeu o lábio. O corpo dela parecia pedir mais, mesmo sem forças.
— Dante… se você fizer isso de novo, eu juro que…
— Que vai gritar meu nome de novo?
Ela tentou manter a expressão séria, mas acabou sorrindo. Ele a conhecia rápido demais.
Em seguida, ele se levantou da cama e, nu, caminhou até a cozinha. Lívia o acompanhou com os olhos, admirando cada centímetro daquele corpo. Tinha algo de cru e selvagem na forma como ele se movia, confiante, sem pudor. Um homem que sabia o que queria — e como tomar.
Minutos depois, ele voltou com duas xícaras de café e um pedaço de pão com manteiga numa das mãos.
— Sei que não é o café da manhã dos sonhos, mas você gastou muita energia. Vai precisar disso.
Ela se sentou, cobrindo os seios com o lençol, mas ele se aproximou e puxou o tecido.
— Não se esconda de mim, Lívia. Você é a porra da visão mais bonita que eu já tive ao acordar.
Ela corou. Não esperava sentir isso de novo — esse calor no peito, essa vaidade gostosa, esse desejo de ser olhada, tocada, desejada por inteiro.
Dante sentou-se ao lado dela, e os dois ficaram ali, nus, tomando café, trocando sorrisos, deixando o silêncio confortável preencher os espaços.
— Você costuma fazer isso com todas as mulheres que conhece num bar? — ela perguntou, arqueando a sobrancelha.
— Não.
— Jura?
— Juro. Com a maioria, eu nem chego a conversar. Mas com você… eu queria mais.
Ela riu, balançando a cabeça.
— Mais o quê?
Ele virou o rosto para ela e segurou seu queixo, com firmeza, como se quisesse deixá-la ciente da resposta.
— Mais de tudo. Mais da sua boca. Da sua pele. Do seu cheiro. Do seu riso. Da sua entrega.
Lívia engoliu em seco. Não esperava esse tipo de intensidade. Não tão rápido.
— Cuidado, Dante. Eu posso acabar gostando demais disso.
— Eu quero que goste.
Ele se inclinou e a beijou com calma dessa vez, como quem saboreia algo raro.
E, pela primeira vez desde o fim do seu casamento, Lívia não pensou em nada além daquele momento.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 44
Comments