Nota da Autora

✍️ Nota da Autora

Eu poderia começar agradecendo por você estar aqui, lendo estas palavras, com o livro em mãos e o coração acelerado.

Mas, se você chegou até Velocidade Sombria, sei que não está buscando um romance comum. Sei que algo dentro de você também pulsa no escuro. E é por isso que essa nota não será só um agradecimento — será uma confissão.

Eu escrevi esse livro porque precisava sobreviver.

Porque em algum momento, o silêncio que existia dentro de mim gritou tão alto que só pôde ser traduzido em palavras. E essas palavras viraram cenas. Personagens. Dor. Corridas. Beijos. Sangue. Sexo. Verdade.

E agora viraram isso aqui. Um mundo inteiro. Um universo de caos e amor nascido da escuridão.

Velocidade Sombria não é uma história sobre redenção perfeita.

É sobre a bagunça. Sobre os caminhos tortos que a alma percorre quando está ferida demais para confiar, mas ainda assim quer amar. É sobre personagens que foram quebrados, mas continuam em pé — mesmo tremendo, mesmo sangrando, mesmo com o mundo girando em volta de suas próprias culpas.

É sobre traumas.

É sobre querer alguém e saber que isso pode destruir você — e ainda assim desejar.

É sobre amar quem não sabe amar de volta.

Sobre correr, fugir, bater, explodir, e mesmo assim… continuar sentindo.

Kael não nasceu pronto. Ele nasceu de sombras.

Ele é a dor que os homens escondem.

É a fúria calada, a raiva não processada, o passado que nunca foi curado.

Ele é brutal, impulsivo, explosivo — e ao mesmo tempo, humano.

Humano demais para caber no molde de mocinho.

E ela… a protagonista… talvez seja você.

Ou parte de você.

Ela é a força que nasce do abandono.

A mulher que se reconstrói com os pedaços que o mundo quebrou.

Que não precisa ser salva, mas ainda assim merece alguém que lute por ela.

Se você leu e se sentiu desconfortável em algum momento, isso é bom.

Este livro não veio para suavizar.

Veio para rasgar.

Para lembrar que a vida real não é feita só de promessas doces, mas de escolhas difíceis, impulsos errados, beijos roubados e cicatrizes que gritam mais alto do que as palavras.

Eu sei que muitos não vão entender essa história.

Vão julgar os personagens.

Vão querer que eles ajam diferente, que escolham melhor, que amem com mais calma.

Mas, sinceramente? O amor nunca foi calmo.

Não o amor que arde, que arrasta, que consome.

Não o amor que a gente sente quando está ferido demais para confiar, mas faminto demais para desistir.

A cada palavra escrita, eu deixei um pedaço meu aqui.

Nas entrelinhas. Nas cenas de fúria. No toque. No olhar carregado de desejo e medo ao mesmo tempo.

Nas partes silenciosas — principalmente nelas.

Porque às vezes, o que não é dito é o que mais pesa.

Essa nota é minha forma de olhar nos seus olhos, mesmo sem te ver, e dizer:

Obrigada por se permitir sentir.

Obrigada por não julgar o lado sombrio da alma humana.

Obrigada por mergulhar de cabeça mesmo sabendo que isso aqui poderia te deixar emocionalmente em ruínas.

E se você chegou até aqui — se leu tudo isso — saiba:

Você não está sozinho.

Você também carrega feridas invisíveis.

E se em algum momento desta leitura, você sentiu que alguém te entendia, que uma frase parecia ter sido escrita para você… então valeu a pena.

De verdade.

Obrigada por existir.

Obrigada por sentir.

Com toda a minha intensidade,

Jenifer Sena🖤

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