A noite da vingança chegou fria e implacável, como o aço de uma lâmina. Eu havia convocado uma reunião de emergência, não no meu luxuoso escritório, mas em um armazém abandonado nos arredores de Palermo , um lugar onde a escuridão e o silêncio eram cúmplices. Apenas meus homens mais leais
Estava presente , minha face endurecida pela antecipação da justiça que se aproximava. A tensão era quase palpável, mais densa do que a fumaça de charuto que pairava no ar.
Giamatti e seu pai, Marco Romero, foram arrastados para o centro do círculo, suas expressões uma mistura de desafio e terror crescente. Marco, o velho
Conselheiro, antes tão imponente, parecia um espectro pálido sob a luz fraca de uma única lâmpada pendurada. Giamatti, com seu ar de superioridade habitual, tentava manter a compostura, mas seus olhos traíam o medo.
"Então, Giamatti," comecei, minha voz um sussurro que, paradoxicamente, ecoava por todo o armazém. Meus olhos azuis, antes penetrantes, agora eram gélidos. "Você se atreve a roubar de mim. De sua Família."
Giamatti cuspiu no chão. "Você não é minha Família, Tommaso! Você é um usurpador! Essa coroa é minha por direito, dos Romeros, não de um De Santis insolente!"
Um rosnado coletivo veio dos meus homens. Dante se aproximou, um brilho perigoso em seus olhos verdes. "Você traiu cada um de nós. Cada juramento."
Marco, finalmente, encontrou a voz, fraca e rouca. "Tommaso, por favor… Giamatti é jovem, imprudente. Ele não sabia o que estava fazendo!"
Eu dei um passo à frente, meu rosto a poucos centímetros do de Giamatti. "Ele sabia. E você, Marco, você sabia o que seu filho estava planejando? Você o encorajou? Ou, pior, você o ajudou?"
O silêncio que se seguiu foi a minha resposta. Giamatti evitou meu olhar, mas o tremor em suas mãos o entregou.
"A carga," eu continuei, a voz subindo um tom, "desapareceu como se nunca tivesse existido. Mas os rastros que vocês deixaram... ah, esses não podem ser apagados tão facilmente." Eu fiz um gesto para um dos meus homens. Ele se aproximou com uma maleta de couro. De lá, ele tirou um pequeno gravador e o ligou.
A voz de Giamatti, clara e nítida, preencheu o silêncio. Era uma conversa telefônica, onde ele negociava a venda da carga roubada com um cartel rival, detalhando os pontos fracos da nossa operação. A traição era inegável, a prova irrefutável. Marco Romero empalideceu ainda mais, e Giamatti empalideceu de fúria.
"Você armou para mim!" Giamatti gritou, tentando se soltar.
"Eu não precisei armar nada, Giamatti. Você se armou sozinho," respondi, com um sorriso sem humor. "A ambição e a inveja são suas próprias armadilhas."
Eu sabia que, para manter a ordem e o respeito, a punição precisava ser exemplar. Não era apenas sobre vingança, era sobre enviar uma mensagem clara a qualquer um que ousasse pensar em trair a Família.
"Dante," eu ordenei, "certifique-se de que cada pedaço dessa carga seja recuperado. E que o cartel que se atreveu a comprá-la saiba exatamente o preço de se meter com os De Santis."
Dante assentiu, seus olhos fixos em Giamatti. Ele sabia o que viria a seguir. Meus homens seguraram Giamatti e Marco com força, suas faces impassíveis.
"Quanto a vocês," eu disse, a voz ecoando no armazém, "a traição tem um preço. E na Família Santis, esse preço é pago com sangue."
O som de um osso se partindo foi o primeiro. Giamatti, apesar de sua arrogância, não resistiu muito tempo sob as mãos firmes dos meus homens. Seus gritos de dor ecoaram pelas paredes do armazém, um lamento miserável que servia de aviso.
A tortura não era apenas física; era uma quebra do espírito, um desmantelamento de tudo o que ele pensava ser.
Marco Romero, vendo seu filho ser desfeito diante de seus olhos, desabou em prantos. "Não! Por favor, Tommaso! Pare! Eu lhe imploro!"
Eu me abaixei para encará-lo, minha voz fria como a morte. "Você criou um traidor, Marco. E em nossa Família, a responsabilidade do pai é tão pesada quanto a do filho."
A decisão foi rápida e implacável. Não havia lugar para misericórdia quando a lealdade estava em jogo. A Família precisava de um exemplo, um lembrete do que acontecia a quem quebrava o juramento.
Quando o sol começou a despontar no horizonte, pintando o céu de tons cinzentos e vermelhos, o armazém estava em silêncio novamente. Apenas o cheiro de sangue e a atmosfera de um julgamento final pairavam no ar. Giamatti e Marco Romero pagaram o preço da traição. Suas mortes seriam um conto de advertência, sussurrado nos cantos mais
sombrios de nossa organização.
Eu olhei para Dante. "A mensagem foi entregue?"
Ele assentiu, a expressão séria. "Alta e clara, Don. Ninguém mais vai questionar sua autoridade. Nem a lealdade de nossa Família."
Saímos do armazém, o nascer do sol tingindo o horizonte. O mundo corporativo me aguardava, mas por trás da máscara de CEO, o Don havia reafirmado seu poder. No entanto, em meio a essa vitória sombria, uma parte de mim pensava em Guilia.
Como essa brutalidade, essa face oculta do meu mundo, se encaixaria em nosso futuro?
Com a ameaça interna aparentemente resolvida, o que o próximo passo de Tommaso será? Ele buscará solidificar seu poder, ou se concentrará em seu relacionamento com Guilia?
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Atualizado até capítulo 62
Comments
Perla_Rose384
Precisamos de mais! Gostei muito, mas quero mais!👍
2025-07-18
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