Enquanto os pais de Helena e Carlos estavam arrumando uma forma de dar um fim na guerra entre as famílias. Eles estavam juntos há muito tempo, mesmo estudando, a paixão deles aconteceu ainda quando eram adolescentes que namoravam às escondidas porque sabiam que era um amor proibido. Os pais nunca permitiriam que eles ficassem juntos. Quando pensavam que era apenas uma atração que não duraria muito tempo, mas foram surpreendidos por uma paixão avassaladora que não conseguiam mais viver um sem o outro. E para o desespero deles não tinham como ficar juntos o tempo todo. Porque era o que eles mais queriam e no colégio tinham que fingir que se odiavam para não levantar suspeitas de que estavam apaixonados a cada dia que passava não conseguiam esconder o que sentiam um pelo outro. Até que Carlos teve a ideia de estudar fora do país no mesmo país sem levantar suspeitas. Cada um pedindo para seus pais que queriam estudar fora do país, para estranheza de Armando pai de Helena como Valdomiro pai de Carlos, na mesma hora que os dois pediam para seus pais estudarem na Inglaterra. As mesmas perguntas para os dois.
— Porque você quer estudar fora do país quando aqui tem os melhores colégios?
— Pai, porque não suporto ver a cara da rapariga que estuda comigo no mesmo colégio!
— De qual rapariga você está falando meu filho?
— Pai, o senhor sabe de quem eu estou falando!
— Não vai me dizer que é a filha do carcamano?
— É essa mesma papai que eu estou falando.
— Você tem certeza que é ódio que sente dela?
— O que o senhor está insinuando?
— Nada filho, apenas estou me lembrando de histórias parecidas que aconteceram como essas de você com a filha do Armando.
— Não papai, eu odeio ela mesmo, então por isso que eu quero estudar fora do país, eu quero ser importante na vida, não quero ficar dependendo do Senhor
— Você tem certeza que quer estudar fora do país, meu filho?
— Tenho papai, absolutamente!
— Bom meu filho, se realmente é isso que você quer, quem sou eu para duvidar, até porque eu acho importante mesmo que você fique longe dessa rapariga porque coisas piores podem acontecer. O que o senhor está querendo dizer com isso meu pai?
— Esse seu ódio dela pode ser uma paixão escondida, e você não quer admitir.
— Da onde o senhor tirou essa ideia, papai?
— Vale lembrar que o ódio e o amor anda de mãos dadas.
— Quer dizer que o senhor já viveu uma história parecida igual a essa papai?
— Filho, não mude de assunto, você vai ter suas passagens tudo que você precisar, só me diz o dia que você vai partir?
— O quanto antes Papai, estou com pressa. — No escritório de Armando acontecia a mesmo discussão entre a filha Helena com seu pai que fazia as mesmas perguntas que Valdomiro fez para seu filho Carlos e ela repetiu as mesmas palavras de que sentia ódio. E por incrível que pareça a estratégia deu certo, porque não conseguia mais ficar longe um do outro.
Os dois viajaram juntos sem ninguém suspeitar de que estavam juntos a muito tempo. Eles até ter a certeza que não havia ninguém conhecido da cidade agiam como duas pessoas estranhas para não cair nos ouvidos de seus pais, se não o plano ia por água abaixo. Não foi fácil para os dois ter que viajar em poltronas separadas e fingir que não se conheciam. Quando desembarcaram do avião pegaram o mesmo táxi que levava os dois para o mesmo hotel. O difícil foi quando chegaram no hotel já que as reservas estavam reservadas por Valdomiro e Armando que reservou para sua filha Helena encontrar algum apartamento para ela morar até completar seus estudos, então precisavam fingir que não se conheciam e tudo tinha que ser secretamente porque temiam que seus pais pudessem ter mandado algum espião para espionar seus filhos se realmente eles estavam mesmo estudando. Até porque tanto Valdomiro quanto Armando, eles dois eram muito desconfiados sempre com aquela sensação de que alguém pudesse estar traindo até os próprios filhos não tinha confiança. Helena e Carlos sabiam disso. Então todo cuidado era pouco sem saber que eles estavam juntos há muito tempo isso seria uma traição, uma traição que ele jamais a perdoaria. Tanto Helena quanto Carlos tinham consciência disso, ele amava seus pais apesar de não concordar com seu gesto, eles também não conseguiam viver um sem o outro. Era inexplicável que um sentia pelo outro. Quando eles dois tinham a certeza que estavam longe de serem alvos dos pais alugaram um apartamento. Invés deles pagaram as diárias de hotel os dois dividiam aluguel e o que sobrava eles guardavam esse dinheiro para investir em seus estudos, mesmo apaixonados um pelo outro eles pensavam no futuro. No inconsciente eles sabiam que cedo ou tarde eles teriam que revelar toda a verdade para seus pais, e com certeza seriam expulsos pela família. Só de pensar nessa possibilidade deixava eles mais dispostos a estudar e construir suas carreiras. Um apoiando o outro tomava uma união mais forte.
— Eu não sei o que vai ser de mim quando chegar as férias! — Disse Carlos.
— Como assim? Em que sentido está se referindo?
— Nas férias não temos como ficar aqui, vamos ter que viajar para a nossa cidade.
— Eu também já pensei nisso, não consigo imaginar ficar uma noite longe de você imagina três meses.
— Vai ser uma tortura fingir que somos inimigos por causa dos nossos pais, o que nós temos haver com a guerra deles?
— Boa pergunta? Eu amo meus pais, mas não consigo imaginar a minha vida sem você, tentei gostar de outras para não desapontar meus pais, mas não consegui, você é a mulher da minha vida que eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado.
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Atualizado até capítulo 27
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