Yuri Mazzeratto -
Acordo no sofá, olho para o celular e vejo serem 07:00AM. Levanto e vou em direção ao quarto, observo que ela ainda está dormindo.
Entro no quarto tentando fazer o mínimo de barulho possível, vou no closet e pego uma roupa para me trocar. Saio fechando a porta do quarto silenciosamente.
Saio do AP, vou na primeira loja de roupa feminina que encontro e compro um vestido para caso ela acorde e queira tomar banho. Passo na cafeteria, pego algumas coisas para o café da manhã.
Volto para o AP e vejo que ela ainda dorme, deixo a roupa na cama para quando ela acordar. E vou pôr as coisas do café na mesa.
Quando ouço um grito desesperado vindo do quarto, vou correndo até lá e a vejo acordada, mas com cara de assustada.
Victória Glessi: QUEM É VOCÊ? E O QUE ESTOU FAZENDO AQUI? SE NÃO ME DISSER RÁPIDO EU VOU GRITAR.
Observo a cena da porta e acabo rindo espontaneamente. Ela parece uma onça.
Yuri: Bom dia para você também, senhorita onça! - digo sorrindo.
Ela me olha com uma carinha confusa, de quem está tentando lembrar o que aconteceu.
Yuri: Bom, eu sou o dono do carro que você estava encostada ontem depois da boate. E antes que pense besteira, não fiz nada com você! Apenas tentei ajudar a voltar para casa, porém... - vejo um travesseiro vindo em minha direção.
Yuri: Tá louca?
Victória: eu sou louca! Quer ver?! O que você fez comigo e porquê estou aqui?
Yuri: hahaha, nem se você quisesse eu faria algo com você! - digo e a vejo sentir o peso das minhas palavras - como eu ia dizendo, apenas tentei te ajudar com a volta para casa, mas você dormiu dentro do carro antes de me dizer o seu endereço.
Victória Glessi -
sinto o peso das palavras dele, não pensei que fossem-me atingir assim. Ainda mais vindo de um desconhecido!
Saio dos meus pensamentos e volto a focar nele, ele é lindo. Alto, musculoso na medida certa e bem charmoso.
Victória: Olha, agradeço pela sua bondade, mas se me der licença preciso ir para minha casa. - digo tentando levantar e sinto a minha cabeça pesar, acredito que é por conta da bebedeira da noite anterior.
Yuri: tem café da manhã se quiser, não vai querer sair com fome depois de uma noite de bebedeira, né? Pode ter um desmaio. - sinto meio tom de deboche em sua fala, mas relevo.
Victória: não, só preciso de um banho e voltar para casa. - digo, mas minha barriga ronca e ele ouve.
O vejo vindo em minha direção e se aproximando.
Victória: se chegar mais perto, não vai ser o travesseiro que irei jogar mais, mas sim o abajur. - digo tentando intimidá-lo.
Yuri: você não teria a audácia de fazer isso, onça! - diz se aproximando mais - só queria dizer que tive a compaixão de comprar um vestido para quando acordasse e quisesse tomar banho poder se trocar.
Me desarmo totalmente com esse gesto gentil dele, não esperava que esse tipo de homem fosse tão... tão... educado (omito a palavra que veio antes em pensamento: romântico).
Victória: Não precisava, mas obrigado. - digo e ele aponta para a sacola da Chanel em cima da cama que eu nem tinha percebido.
Fico surpresa, nunca usei Chanel em minha vida.
Yuri: considere como um presente, não faça desfeita por favor. Tome o seu banho e tome café comigo, será um prazer ter a sua companhia. Prometo que te levo para casa logo depois.- ele diz e sinto que não posso recusar.
Victória: tudo bem, vou confiar, mas lembre-se do abajur. Agora sai do quarto por favor para eu tomar banho em paz! - digo o expulsando do seu próprio quarto, na sua própria casa.
Ele tem um sorriso lindo e o olhar então... nem se fala! Achei ele um gato.
Fico despida e vou em direção ao banheiro que há no quarto.
Enquanto tomo o meu banho, começo a recordar-me da noite anterior e realmente eu aceitei ajuda dele. Sem nem saber quem ele é. Repreendo-me por isso.
Saio do banho e vou vestir o tal vestido, achei lindo inclusive. Modesto. Como ele acertou no tamanho?
Vou em direção de onde ele está e vejo uma mesa repleta de guloseimas. Me sento ao lado dele.
Yuri: achei que tivesse descido pelo ralo, hahaha.- diz em tom de brincadeira.
Victória: nossa, como você é tão engraçado. - digo em tom de ironia e rimos.
Acabamos nos encarando até que ele resolver quebrar a tensão falando para comermos. Comemos em silêncio, até que dessa vez eu resolvi quebrar a tensão.
Victória: Obrigado! - digo e ele me olha sem entender. - Obrigado pela ajuda, não sei o que seria de mim sozinha e com o celular descarregado naquele lugar.
Yuri: não tem de quê, fica me devendo essa. - ele diz e dá uma piscadinha. Rimos juntos.
Victória: outra coisa, teria um carregador para me emprestar? Devem ter mil ligações perdidas, preciso dar sinal de vida a minha amiga e a minha mãe para despreocupa-las.
Ele levanta e me chama, o sigo em direção ao quarto. E então ele puxa o carregador de dentro da gaveta ao lado da cama.
Quando se vira para me entregar o carregador acabamos ficando próximos demais um do outro.
Nos olhamos fixamente, olhos nos olhos, até que ele começa falar.
Yuri: te achei linda desde o primeiro instante que te vi, os seus olhos que transmitem algo diferente, o seu rosto, a sua boca... - diz acariciando o meu rosto levemente com a sua mão, passando os dedos nos meus lábios.
Não exito em deixar ele se aproximar mais, nossos rostos ficam mais próximos ainda a ponto de sentir a nossa respiração. Sinto um arrepio percorrer pelo meu corpo. Uma vontade de sentir os lábios dele.
Ele acaricia meu rosto, me olhando fixamente dentros dos olhos, quando fica mais perto dos meus lábios o seu telefone toca fazendo com que saíamos daquele momento hipnótico.
Ele sai do quarto para atender a ligação, eu me recomponho e coloco o celular para carregar.
Ligo o celular e vejo que não há nenhuma ligação ou mensagem, da Cleo ou da minha mãe. Estranho!
Passam-se alguns minutos, ele volta para o quarto.
Yuri: Então, pronta para ir? - diz tentando ser leve.
Victória: Sim, meu celular conseguiu pegar um pouco de carga que dá para aguentar até chegar em casa. Vamos!
Saímos do Ap em direção ao elevador, descemos até o estacionamento do prédio e vejo o Bugatti dele. Então começo a me recordar da noite anterior, solto um riso baixo e balanço a cabeça em negação.
Vejo que ele me olha com curiosidade, mas não fala nada.
Ele pergunta o meu endereço e então passo a localização para ele. Entramos no carro e seguimos viagem em silêncio total.
Vejo que paramos em frente a minha casa. O agradeço pela ajuda novamente, e pela roupa.
Victória: Obrigado, mais uma vez! Pela ajuda e pelo vestido! - digo mostrando um leve sorriso.
Yuri: não tem de quê, considere um presente. Agora está entrege!
Agradeço mais uma vez, me despeço, desço do carro e entro em casa.
Vejo um bilhete em cima do balcão da cozinha e é da minha mãe, com o seguinte recado: "fui curtir o fim de semana com as amigas, comportem-se meninas! xoxo"(que significa beijinhos e abraços).
Subo para o quarto e coloco celular para carregar, deito na cama e quando penso em ligar para a Cleo ouço alguém entrar nas pontas dos pés.
Victória: eu sei que é você, Cleo! - digo e rio da cara dela de chateada por ter sido "pêga".
Rimos juntas. Deitamos na minha cama e conversamos sobre a nossa noite detalhadamente. E parece que alguém aqui se apaixonou à primeira vista, ou melhor: à primeira tr@ns@.
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Sandia Ferreira
A história está show, amando
2025-09-08
0
Sandia Ferreira
A história está show, amando
2025-09-08
0
Felipa Bravo
Arrasou! 💥
2025-07-05
1