Cap. 2 - Victória Glessi

Victória Glessi -

Acordo para mais um dia de trabalho na cafeteria, confesso que não tem sido fácil.

Estou dividida entre a faculdade e o trabalho.

(preciso arranjar outro emprego urgente).

Após me arrumar, vou até à cozinha e vejo a minha mãe na cozinha. Moramos só nós duas, o meu pai morreu quando eu ainda tinha 15 anos.

As coisas acabaram ficando um pouco mais difícil, pois quando vivo ele sustentava a casa e hoje nós duas dividimos-nos para conseguir viver.

Victória: Já está acordada a essa hora mãezinha? - olho o relógio no meu pulso, vejo que são 6:20AM.

Joana Glessi - 47 anos

Joana: Bom dia amor da mamãe, como passou a noite? Fiz café especialmente para você. - fala com um sorriso largo no rosto.

Victória: obrigado mãe, não sei o que eu seria sem você! - falo depositando um beijo na testa dela que sorri docemente para mim.

Joana: sabe que se tiver difícil pode contar comigo, filha.

Victória: eu sei mãe, mas logo irei-me formar e tudo ficará mais tranquilo. Confia em mim. Agora deixa eu adiantar as coisas, para não me atrasar na cafeteria. Hoje é sábado, o movimento é mais intenso lá.

Tomo o meu café e aviso que já irei sair.

Joana: tudo bem filha, vai lá. Se cuida, ok? E tenha um excelente dia, minha princesa. - minha mãe não trabalha aos finais de semana, o que é bom para ela. Poder descansar.

Victória: ok, se cuida também e até mais tarde.

Pego a minhaha bolsa e saio de casa, indo em direção ao trabalho. Hoje vou caminhando, não é tão longe de casa.

Assim que chego na cafeteria, avisto a minha amiga Cloe, a garota que não me deixa cair no tédio nunca. E que sempre tentaalegrar o meu dia de alguma forma aqui nesse lugar.

Cloe Westhyn - 23 anos

Cloe: ainda bem que você chegou, amiga. - ela fala vindo até mim com um sorriso largo no rosto.

Victória: já imagino o porquê desse sorriso e já adianto, a resposta é NÃO. — tento ficar séria, mas com ela é impossível, ela faz biquinho para mim.

Cloe: mas amiga, hoje é sábado. Qual o problema de sairmos para curtir hoje? Nunca mais saímos juntas, tenho saudades dos nossos momentos. - faz biquinho tentando-me convencer.

Victória: até o final do dia irei pensar, agora vamos trabalhar!

Ela me olha com uma carinha feliz, pois sabe que eu acabo cedendo e dizendo sim.

Uma vez ou outra não faz mal, né?! Também sou jovem.

Voltamos nosso foco no trabalho, as horas vão se passando e o expediente vai chegando ao fim.

Quando finalmente terminamos, eu e Cloe pegamos nossos coisas e vamos para minha casa.

Hoje ela vai dormir lá em casa, iremos nos arrumar lá também para sairmos. Já faz um tempo que eu não saio para me divertir um pouco.

Chegamos na minha casa, aviso a minha mãe que iremos sair para não deixá-la preocupada.

Subimos para o quarto para nos arrumar.

Cloe: Amiga, qual você acha que fica melhor comigo? - pergunta me mostrando dois vestidos, um azul marinho e um rosa fucsia.

Victória: O rosa amiga, você fica extremamente gata nessa cor. - Digo confiante para ela sentir-se confiante.

Cloe: E você amiga, o que vai vestir? Pode ser vestido também, iríamos combinando! - ela diz esperançosa que a resposta fosse sim.

Victória: simmm!!! vamos combinando. - digo contente e escolho um vestido preto que é justo ao corpo e confortável ao mesmo tempo, estou a fim de dançar hoje.

Depois que ficamos prontas, decidimos ir numa boate famosinha da cidade. Iremos conhecer, já que será a nossa primeira vez lá.

Chamamos um taxi e fomos para a Boate MTZ, não sei o que significa essas três letras, mas achei diferente. Enigmático, talvez!

Cloe: amiga, a fila tá enorme para entrar, mas não se preocupa, eu tenho amizade com o segurança. Vem comigo — Ela sai me arrastando em meio a multidão em fila.

Conseguimos entrar e a minha primeira reação foi: uau!

Que incrível por dentro e o andar de cima cheio de espaços aparentemente reservados ou vips.

Cleo sai me puxando para perto do bar.

Garçom: o que gostariam de beber, gatinhas?

Cleo: Dois martínez, por favor! - Diz toda animada para o garçom.

Garçom: saindo dois Martínez para duas belas moças. - ele diz e solta uma piscadinha para Cleo, que quase entra em delírio.

Victória: nossa, como aqui é bem organizado né? Diferente das outras boates. - digo perto do ouvido da Cleo, pois o som está muito alto.

Cleo: sim amiga, e dizem que o dono daqui também é um gato. Apesar de não saber quem ele é, o trabalho dele é impecável aqui.

As nossas bebidas chegam, pedimos algo mais forte para poder começar a noite.

Caipirinha, uma bebida brasileira.

Vamos para a pista dançar, pois, começa a torcar a nossa música favorita.

Cleo: amiga, que noite perfeita!! Não poderia ser melhor, tendo você ao meu lado. - nós duas nos abraçamos e dançamos.