Capítulo 04

\_Narrado\_

Assim que a largada ecoou pelo campo, o impacto foi imediato. Analice e Kastiel explodiram em velocidade, transformando-se em suas imponentes formas lupinas! O ar tremeu ao redor deles. Enquanto Kastiel disparava à frente com os músculos tensionados, os olhos fixos no objetivo, Analice forçava seu time a sair do transe de encantamento que os envolvera, talvez pelo simples magnetismo que emanava daquele duelo silencioso ou pelos lobos Incrivelmente lindos que ambos eram...

Kastiel saltava entre as árvores com uma destreza que poucos no reino ousariam imitar... Era uma dança feroz, elegante e selvagem. A plateia de lobos uivava em êxtase, mas foi quando Analice finalmente despertou a sua equipe e passou a pular entre os galhos com igual maestria — como uma extensão das próprias árvores — que os murmúrios se tornaram assombro, a sua loba era majestosa, com runas luminosas cravadas no seu corpo exalando uma aura magnética e poderosíssima!

Atrás dela, com os olhos arregalados em fúria, uma loba marrom observava... O seu peito arfava não por esforço, mas por um rancor crescente que queimava por dentro. Savannah cerrava os dentes, os olhos cravados em Analice como punhais!

— Espalhem esse maldito pó por toda a trilha onde aquela princesinha e o bando dela irão passar. Vamos cortar caminho! — cuspiu Savannah com nojo na ligação mental entre o seu grupo de lobas.

— Mas... isso atrai javalis — rebateu uma das lobas do grupo, hesitante.

Todos já haviam partido!

Savannah girou a cabeça lentamente na direção da garota, com um sorriso cruel despontando nos lábios.

— Exatamente, sua inútil. Javalis são imprevisíveis, violentos! Eles vão perder tempo, se machucar, se dispersar... e é aí que a gente entra. Quero ver aquela metida pagar por cada aplauso que recebe. Hoje, ela vai sangrar e ser humilhada.

Seu tom era carregado de desprezo, mas o brilho em seus olhos denunciava algo ainda mais sombrio: inveja! Uma inveja suja, enraizada, que crescia toda vez que ouvia o nome de Analice ser reverenciado. Savannah não suportava vê-la brilhar, nem mesmo respirar no mesmo espaço...

— Eu não sei... é a princesa! Se algo acontecer com ela, eu viro carne morta na frente do castelo!

— Falou a outra loba mal conseguindo conter o tremor na voz.

— Cala a boca e faz o que eu mandei, cadela! — rosnou Savannah com uma raiva descontrolada. — Quando eu for a suprema, você vai implorar pra morrer rápido se ousar me desafiar.

Diante da ameaça, a loba hesitou por um segundo, mas acabou obedecendo. Com passos rápidos e nervosos, se transformou e correu até a trilha onde o grupo de Analice passaria, chegando lá ela começou a espalhar o pó ao longo de um extenso trecho, sentindo o cheiro pútrido dos javalis surgindo no ar pouco tempo depois, o medo se apertou em seu peito. Com pressa, escalou uma árvore e assumiu a sua forma humana, escondendo-se entre os galhos enquanto observava o caos que se formava à distância.

Como se o destino tivesse arquitetado tudo com requintes de ironia, os trilhos de Analice e Savannah logo se cruzaram. O encontro foi inevitável!

— Olha só quem caiu direto na minha armadilha… que bela surpresa pra minha primeira vitória esmagadora. — Falou Savannah na ligação mental.

A voz de Savannah ecoou em tom arrogante e cruel, mas havia uma rachadura ali, quase imperceptível: a frustração! Ambas estavam transformadas, porém o tamanho de Analice era absurdamente superior, sua presença quase monstruosa comparada à da loba marrom e aquilo fez o estômago de Savannah revirar... O ego dela — e o de sua loba — foram brutalmente esmagados ao verem que nem em forma animal conseguiam ser maiores, mais belas ou mais poderosas.

Por dentro, Savannah queimava e em sua mente perturbada ela pensava: se não conseguisse vencê-la ali, então teria que destruí-la de outro jeito!

A loba de Analice se chamava Anarya.

— Não é o que parece, lobinha... — Rosnou a loba Anarya em tom provocativo, usando o diminutivo com malícia, como quem sabe exatamente onde cutucar para ferir.

— Vadia! Eu vou te rasgar em pedaços e provar o meu valor ao futuro Supremo… enquanto você apodrece numa cova rasa! — esbravejou Savannah pela ligação mental, completamente perturbada de ódio.

O pensamento de Savannah era um turbilhão envenenado, envolto por uma aura sombria que praticamente pulsava ao seu redor.

Anarya, instintiva, captou aquela energia como se tivesse farejado veneno no ar. O corpo de Analice se enrijeceu e ela ficou em posição defensiva, impedindo qualquer aproximação precipitada, mas Savannah era sorrateira como um sopro de névoa... e veloz como um raio.

Sem aviso, ela avançou com fúria, as garras abertas, os olhos cravados na garganta de Analice e o seu grunhido rasgou a floresta como um trovão.

Anarya assumiu o controle com a frieza de uma guerreira ancestral!

Com um movimento explosivo, girou o corpo e estapeou a loba marrom com uma das patas — grande, pesada e repleta de garras afiadas como lâminas...

O impacto foi brutal!

Savannah voou como um boneco de trapo, colidindo com força numa árvore próxima. O som do baque reverberou pelo chão e folhas despencaram dos galhos, como se até a natureza se curvasse diante da força de Anarya!

A pata da loba era descomunal — construída para esmagar inimigos, não para medir força. Se Anarya tivesse premeditado, poderia facilmente ter dilacerado Savannah ali mesmo, manchando a floresta com sangue e ossos partidos.

Mas ela recuou, não por piedade… e sim por estratégia.

Matar uma loba em desafio poderia acender uma guerra tribal e o preço disso seria cobrado pelos anciões com severidade. Anarya sabia disso e Analice também.

Mas a verdade era simples: se Savannah morresse naquele instante... ninguém ali lamentaria.

— É só isso o que você tem a oferecer? — Rosnou Analice e Anarya em diversão.

A provocação veio pela ligação mental, carregada de desdém e superioridade. Analice mantinha-se firme, mas sentia — como um veneno invadindo as suas veias — os sentimentos da loba à sua frente...

Era um dom incontrolável, um fardo que herdara sem escolha. Ela sentia tudo e ali, diante de Savannah, o que a atravessou foi ódio puro e uma inveja tão densa que quase sufocava o ar ao redor!

Savannah gritou com a alma em combustão:

— VADIAA!!!

E avançou como uma fera desesperada, os olhos arregalados, garras prontas para dilacerar, mas Analice, tomada por uma fúria fria, já não tinha paciência para jogos! Num movimento veloz e preciso, cravou os dentes no calcanhar da loba marrom, a mordida profunda rasgando a carne e os músculos.

O uivo de dor de Savannah ecoou pela floresta, agudo e agonizante.

Anarya, dominando o corpo, balançou a inimiga como um brinquedo velho entre as presas afiadas e então a lançou com violência contra as árvores — mais longe do que antes, com uma brutalidade ainda maior.

— Me respeite!! — O rosnado de Anarya junta de Analice saiu como um trovão mental, atingindo Savannah com a força de mil vozes ancestrais... A loba marrom se arrastou para o canto, gemendo, o corpo tremendo de dor, os olhos arregalados de medo ao encarar a loba branca, que agora exalava uma aura assassina.

— Ponha-se no seu lugar, inseto! — Falou Anarya loba de Analice com um desprezo profundo enraizado pela tragédia da simples existência de Savannah.

A voz da loba reverberou na mente de todos que estavam por perto, como se uma entidade antiga tivesse tomado o corpo da filha da alfa e do supremo. Os olhos de Anarya brilhavam num tom vermelho flamejante, a pelagem eriçada e os dentes ainda sujos de sangue... ela estava à beira do descontrole.

Ela herdara a calma estratégica da mãe, mas naquele instante... era a raiva brutal do pai que pulsava nela e essa raiva não perdoava traição.

Antes que qualquer reação pudesse acontecer, um novo som se impôs sobre o ambiente: o estrondo do chão sendo rasgado!

Do meio da vegetação densa, uma manada de javalis surgiu, mas não eram animais comuns.

Eram bestas deformadas pela magia da barreira criada por Anastácia.

Olhos vermelhos, presas maiores que lanças, pele espessa com veias pulsando energia negra, a própria presença deles fazia a terra tremer. Eram criaturas corrompidas por forças que jamais deveriam ser provocadas...

A floresta, por um instante, silenciou em terror.

Esses javalis não apenas atacavam — eles matavam por instinto mágico, guiados por uma sede insaciável de destruição e como praga viva, estavam vindo direto para o campo de combate.

A tensão explodiu no ar... Analice cerrou os olhos, sentindo o cheiro pútrido da magia distorcida e Anarya rosnou em alerta!

O jogo havia mudado...

Agora não era mais um duelo.

Era sobrevivência!

— Mais que droga! — falou Analice sentindo a fúria dos javalis a atingindo como lâminas afiadas...

— O que faremos? A nossa equipe... — A voz da sua loba era carregada de preocupação, quase um eco de medo que insistia em se infiltrar.

— Vamos matar esses animais primeiro. Depois, iremos atrás deles...

Savannah se via encurralada, o plano que ela cuidadosamente arquitetara havia desmoronado em segundos. Agora, cercadas por javalis infernais, só restava o instinto de sobrevivência... A arrogância e a inveja já não bastavam para mantê-la firme!

— Seria uma ótima hora para você se levantar e se defender! — Falou Analice para Savannah com asco na ligação mental.

Savannah tremia, completamente dominada pelo pavor.

— Eu não consigo... Estou com medo...

Com desprezo, Analice se colocou firme entre a loba marrom e os monstros à espreita. Era uma verdadeira princesa — ou pelo menos, era assim que ela pensava ser o certo naquele momento...

O primeiro javali selvagem fungou, soltando um bafo quente que carregava cheiro de podridão e morte. A pata dianteira escavou o chão, pronto para atacar, mas antes que ele pudesse avançar, Analice atacou com selvageria!!

Anarya cravou os dentes no pescoço do animal, arrancando carne e músculo em uma única mordida brutal, lançando-o longe como se fosse nada mais que um fardo...

O segundo javali não esperou e avançou com toda a força! Anarya saltou ágil, passando por cima dele e posicionando-se atrás do animal. Num golpe mortal, abocanhou o rabo do javali, arrancando-o com uma mordida que faria qualquer guerreiro tremer e logo o javali foi arremessado para longe, gemendo em agonia.

Então, a verdadeira batalha começou!

Anarya lutava ferozmente contra os outros javalis que cercavam o campo, um furacão branco de garras, dentes e fúria incontrolável tomava a densa floresta sombria.

E Savannah?

Como sempre, mostrou a sua verdadeira face!

A covarde virou as costas e fugiu, apavorada, deixando a sua "princesa" à própria sorte.

De longe, uma figura observava a covardia de Savannah, balançando a cabeça com desaprovação e desdém.

Savannah correu desesperadamente até a linha de chegada, mas foi abruptamente derrubada ao chão por Kastiel, que rosnou furioso:

— Cadê a minha irmã?!

Sua voz carregava uma mistura de fúria e desespero.

— Kastiel, eu...

— É príncipe Kastiel para você! — interrompeu ele, apertando os punhos para conter sua raiva. — Acha que eu não sei que você estava tramando contra ela? Cadê a minha irmã? Ela já devia ter chegado!

Savannah sabia que não teria escapatória. Com relutância, indicou para onde Analice havia partido e sem hesitar, Kastiel disparou na direção da irmã, mesmo com o apelo desesperado de Savannah para que ele não fosse, Kastiel apenas empurrou ela e se transformou correndo pela mata densa...

Guiado pelo cheiro de sangue e fúria misturados na floresta, Kastiel correu veloz. Logo, avistou a enorme loba branca com a pelagem manchada de sangue, lutando contra um javali colossal — o líder da manada. Sem pestanejar, ele saltou sobre o monstro, rasgando a sua carne com presas afiadas, esmagando-o numa demonstração brutal de força.

Quando o último javali caiu, ambos retornaram às suas formas humanas, exaustos, mas vivos.

Kastiel então bastante ofegante abraçou Analice, tentando transmitir segurança a sua irmã...

— Está tudo bem agora, maninha...

Analice chorava em silêncio no ombro do irmão, drenada pela raiva e pelo esforço físico descomunal!

Enquanto isso, o treinador esperava o grupo no local marcado. Savannah, cheia de falsas esperanças, acreditava que, apesar de não ter lutado, seus ferimentos — consequência dos ataques de Analice — a garantiriam pelo menos uma vaga entre as três finalistas.

Assim que todos chegaram, o clima era pesado. Todos aguardavam a chegada de Analice, Kastiel, sua equipe e também da equipe de Savannah, que, estranhamente, havia ficado para trás. O silêncio foi quebrado quando poucos dos lobos finalmente apareceram — com semblantes marcados pelo cansaço extremo, pelagens manchadas de sangue e olhares que denunciavam ter lutado com a própria vida.

Analice e Kastiel surgiram lado a lado, exaustos, ensanguentados, mas emanando uma força que calava a multidão. A visão do príncipe e da princesa naquele estado impunhava respeito e ao mesmo tempo, medo. O ar se carregava de tensão e apreensão...

O treinador, com a voz firme mas tingida de incredulidade, rompeu o silêncio:

— Alguém pode me explicar o que aconteceu aqui?!

Os dois irmãos se transformaram simultaneamente em suas formas humanas, os olhos ardendo com um olhar mortal que não deixava dúvidas sobre a origem do problema. Eles andaram juntos, ombro a ombro, uma muralha indestrutível de proteção e cumplicidade!

E então Kastiel não hesitou, a voz grave e carregada de indignação:

— Alguém espalhou pó de grinalda na trilha da minha irmã para atrair javalis selvagens contra ela!

O treinador, ainda tentando entender a gravidade da situação, lançou um olhar cortante para Savannah, que recuou para um canto, o corpo encolhido, fingindo medo e inocência, mas seus olhos traíam o verdadeiro desespero — aquele olhar que revela quando a mentira está prestes a ser descoberta.

O treinador então continuou, a voz pesada atingindo a todos:

— Investigarei pessoalmente essa trapaça! Aqui, fraqueza, desonestidade e falta de caráter não têm lugar. Suspensão será apenas o começo das punições para qualquer lobo que manchar esta competição com traições! Até que tudo esteja esclarecido, nenhuma equipe terá a sua vitória reconhecida!

Enquanto o treinador falava, Kastiel posicionou-se protetoramente ao lado de Analice, sutilmente encostando a mão no seu ombro como um gesto silencioso de força e apoio... a conexão entre os dois era palpável, como se os seus corações batessem no mesmo ritmo, uma irmandade impenetrável que nenhum veneno — nem mesmo a falsidade de Savannah — poderia destruir.

Analice, apesar do desgaste e das marcas visíveis da batalha, encontrou força naquele toque do irmão e um brilho firme acendeu em seus olhos. Eles não estavam sozinhos... Juntos, eram mais do que uma dupla: eram uma família, uma força unida contra a importunação e a injustiça.

Todos estavam tensos, estressados, murmurando entre si com indignação crescente. Foi então que um dos lobos, já esgotado pelas constantes armações de Savannah, não se conteve:

— Isso não é justo! Vamos todos perder nota por causa de uma única cobra disfarçada de lobo?

O treinador manteve a postura firme, mas os seus olhos estavam carregados de fúria contida.

— Se não querem sair no prejuízo... encontrem o responsável e rápido! Se alguém tiver coragem suficiente pra falar a verdade, tudo será resolvido.

O silêncio que se seguiu foi denso, até ser quebrado pela voz grave de um jovem que surgiu na trilha.

Ele carregava nos braços uma garota desacordada, ensanguentada, com um ferimento profundo no peito. A sua respiração era fraca e irregular, como se lutasse para se manter viva a cada segundo...

— Eu sei quem foi... — disse ele com firmeza, ao passo que todos os olhares se voltaram para ele e para a garota ferida.

O choque foi imediato.

Era raro — quase impossível — ver lobos feridos daquele jeito em solo protegido. A floresta era segura, vigiada, reforçada desde que Anastácia assumira o comando da alcatéia... Aquilo ultrapassava os limites de qualquer disputa comum!

— O que foi isso?! — exclamou o treinador, tomado por um misto de incredulidade e raiva.

— Eu a encontrei caída no chão, havia um javali prestes a devorá-la... Mas eu matei a criatura antes que fosse tarde demais.

A voz do rapaz era calma, mas havia algo cortante ali — um controle gélido, quase sobrenatural, como se o impacto do que acabara de presenciar ainda o consumisse por dentro.

Kastiel imediatamente se adiantou, os olhos arregalados:

— Precisamos levá-la para o hospital agora! Não temos tempo a perder!

Antes que alguém pudesse reagir, uma garota entre os presentes se pronunciou, a voz firme, o olhar afiado cravado em Savannah:

— Treinador, a minha amiga ainda não retornou. Ela estava no grupo da Savannah... mas apenas a Savannah apareceu! A minha amiga e todo o grupo dela simplesmente desapareceram...

As palavras dela caíram como lâminas afiadas no ar.

Todos sabiam!

Todos sentiam.

Savannah já não era apenas uma rival mesquinha — agora, o rastro de suas ações começava a custar vidas e pela primeira vez, o olhar de todos ao redor era unânime: acusação pura.

A máscara de inocência que ela tentava manter começava a rachar diante do peso das consequências.

— O que você quer dizer com isso, vadia?! Eu duvido que tenha coragem de abrir essa boca suja pra me acusar! — A voz de Savannah saiu como um veneno, alta, cortante, sem qualquer traço de controle. A máscara de lobinha fofa que ela usava com tanta frequência agora se esfarelava por completo! O olhar dela ardia em fúria, mas havia também uma pontada de desespero — a arrogância de quem sabe que está prestes a cair.

— Você sabe muito bem do que eu estou falando, Savannah! — rebateu a garota, com o rosto ruborizado pela raiva que fervilhava por dentro. — A minha amiga confiou em você e agora está desaparecida, enquanto você aparece toda arrumada e limpa com apenas uns cortes na perna como se nada tivesse acontecido?!

Savannah deu um passo à frente, sorrindo com desdém, a voz carregada de escárnio e então falou:

— Eu duvido que tenha coragem de me acusar sem provas, sua insignificante! Se quer me culpar, que traga um cadáver, ou então enfie a sua justiça onde não no rabo!

O sussurro de choque passou entre os lobos como um vento gelado. A crueldade de Savannah agora era explícita — ela não se importava com vidas, com regras ou com honra... Só se importava com o que achava que merecia: o trono, a glória, a coroa que Analice sempre teve sem esforço.

— JÁ CHEGA DESSA NOJEIRA! — berrou o treinador com asco, a voz grave ecoando como um trovão. — Isso aqui não é um covil de hienas!

Antes que pudesse continuar, foi interrompido pela aproximação de três figuras.

Kastiel arregalou os olhos ao reconhecê-las.

— Marcos...? — a voz dele saiu como um trovão, a tensão quebrando o controle. — O que você está fazendo aqui?

Marcos, era ninguém menos que o ex de sua irmã Analice, um rapaz que partiu o seu coração no passado....

Todos voltaram os seus olhares para a saída da floresta quando Marcos surgiu, coberto de sangue seco, os olhos sombrios, o corpo tenso e sujo como quem saiu do inferno.

E não estava sozinho!

Ele carregava duas fêmeas inconscientes nos ombros, uma de cada lado, ambas feridas gravemente. As suas pelagens estavam rasgadas, as patas pingando sangue, os corpos exaustos e cobertos de arranhões profundos...

O impacto foi imediato.

Analice sentiu o estômago se revirar, o coração disparando num turbilhão de emoções ao ver aquilo. Aquilo não era mais apenas uma trapaça — era uma tentativa de assassinato.

E Savannah?

Ela apenas riu... Um riso frio, seco, quase sádico.

— Ai, nossa... agora vai começar a novela do drama? Um pouco de sangue e já querem me crucificar? Lobos são criados pra guerra, não pra choradeira.

A crueldade daquelas palavras congelou até o vento.

Era oficial: Savannah não tinha mais alma — ela era um demônio.

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Curtem e comentem ❤️☺️

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Continua...

Mais populares

Comments

mandinha

mandinha

Essa covarde merece um castigo 🤬

2025-08-06

2

Ana Regina Fernandes Raposo

Ana Regina Fernandes Raposo

AGORA SE NÃO TOMAREM UMA ATITUDE ELA FARA UM TURBILHÃO DE VERDADE.

2025-06-29

2

Ver todos

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