Entre Cicatrizes e Verdades
A enfermaria da Academia Seonghwa parecia ainda mais silenciosa do que o normal. As velas flutuavam, lançando uma luz dourada e suave, enquanto o aroma de ervas e encantamentos preenchia o ar.
No centro da sala, Min-ha estava deitada, pálida, com um corte profundo na lateral e marcas de garras no ombro. Seu rosto, normalmente cheio de confiança, agora parecia... vulnerável.
So-yeon, sentada ao lado, segurava uma esfera de luz dourada entre as mãos, direcionando-a para as feridas da loba. Seus dedos tremiam — não pela magia, mas pelo que sentia... e não queria admitir.
Han So-yeon
(voz baixa, pressionando as mãos sobre o ferimento) — “Você... é tão estúpida...” — resmungou, com os olhos apertados.
Lee Min-ha
Abriu um olho, arqueando uma sobrancelha, mesmo fraca.
— (voz rouca, provocando) — “E você... cuida tão bem da estúpida aqui... que até me pergunto se não gosta disso...” — sorriu de canto, mesmo com dor.
Han So-yeon
(vermelha) — “Cala a boca, Min-ha. Fica quieta. Deixa eu te curar.” — apertou mais a luz, e a mão tremia mais ainda. — “Idiota...”
Lee Min-ha
Respirou fundo, olhando o rosto dela de perto.
— (voz mais suave) — “...Por que você tá tremendo?”
Han So-yeon
Eu... não tô tremendo...” — mordeu o lábio. — “É só... sua energia é estranha. Metade sombra, metade magia selvagem... é difícil de estabilizar.” — tentou disfarçar.
Lee Min-ha
(voz baixa, olhando nos olhos dela) — “Então... por que seu coração tá disparando assim?”
Han So-yeon
Arregalou os olhos, puxou a mão rápido, quase derrubando a esfera de luz.
— (gritando) — “AAAAAHH!!! FICA QUIETA!!! QUER MORRER?!” — sua voz saiu mais alta do que queria, o rosto queimando de vergonha.
Lee Min-ha
Riu, mas tossiu logo em seguida, segurando a lateral.
— (voz mais fraca) — “Tsc... ai... tá, tá... menos escândalo, florzinha...” — piscou, provocando.
Han So-yeon
(voz baixa, olhando pra ela) — “Idiota...” — e voltou a focar na cura, mas com as bochechas vermelhas.
Enquanto o feitiço de cura fazia efeito, um cristal de comunicação flutuante acendeu na mesa da enfermaria.
A voz séria de Dama Eun preencheu o espaço:
— “Choi Hae-won, Jin Soo-bin, Kang Dae-hyun... e vocês duas...” — a voz ficou mais pesada — “Encontrem-se na sala dos Guardiões imediatamente. Temos assuntos... urgentes a tratar sobre o ocorrido na floresta.”
Han So-yeon
(voz firme) — “Acha que consegue levantar?”
Lee Min-ha
(rosnando, teimosa) — “Eu sou uma loba. Não caio tão fácil.” — tentou se levantar, quase caiu, mas So-yeon segurou.
Han So-yeon
“Você é uma loba... TEIMOSA.” — respondeu, segurando o riso.
As duas se olharam por alguns segundos... até perceberem que estavam próximas demais. De novo.
Han So-yeon
A-Aff... anda logo...” — virou as costas, apertando o colar.
Lee Min-ha
Sorriu de canto, mesmo com dor.
— “Tsc... você é fofa até quando finge que não é...” — sussurrou, mas só pra si.
O clima era pesado. As cinco bandeiras dos reinos tremulavam magicamente nas paredes. Ao centro, Dama Eun olhava fixamente um cristal de memória que flutuava.
Dae-hyun cruzou os braços, sério.
Soo-bin assoviava, descontraído, mas claramente tenso.
Hae-won mordia a unha, olhando de canto pras duas protagonistas como quem sabia... que aquilo não era só uma coincidência.
Dama Eun apertou o cristal. Uma imagem surgiu: o selo da floresta, completamente rachado, pulsando energia negra.
(voz grave) — “Alguém... dentro da Academia... quebrou o selo de contenção da Floresta dos Ecos.”
Han So-yeon
“Pera... você tá dizendo que...” — arregalou os olhos.
Dama Eun
“Que não foi acidente. Foi sabotagem.” — cruzou as mãos sobre a mesa. — “Alguém libertou aquelas criaturas... propositalmente.”
Choi Hae-won
(desconfiada) — “E... curiosamente... essas criaturas foram direto... pras duas ali.” — olhou de canto, quase sorrindo.
Lee Min-ha
(cerrando os dentes) — “Isso... não pode ser só coincidência...” — seus olhos dourados brilharam, mais selvagens
Kang Dae-hyun
(voz séria) — “Alguém aqui... ou alguém que tem acesso à Academia... quer provar um ponto. Ou... eliminar um problema.”
O silêncio caiu. Todos se olharam.
Dama Eun apoiou-se no cajado, olhando diretamente para Min-ha e So-yeon
Dama Eun
Tom misterioso) — “Seja quem for... não vai parar por aqui. E vocês duas...” — seus olhos brilharam em azul — “Estão no centro disso... queiram ou não.”
A tensão era palpável.
E bem no fundo... todos sabiam que aquilo era só... o começo.
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