~ Onde ainda ecoam risadas.

𝐒𝐫𝐭. 𝐄𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚 (𝐄𝐮)
𝐒𝐫𝐭. 𝐄𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚 (𝐄𝐮)
oieh tudo bom? Espero que sim! OwO
~𝐒𝐫.𝐍𝐚𝐫𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐎𝐍~
~Dias depois~
O som do despertador parecia mais distante do que o normal. Yure abriu os olhos,encarando o teto do próprio quarto,como se ainda esperasse ver estantes infinitas e velas com chamas azuis.
Mais tudo ali era normal. Cinza,silencioso,e de certa forma estranho,como se aquele mundo real agora parecesse o mais irreal de todos.
Se vestiu no automático. Mochila,caderno,celular tudo parecia mais pesado do que deveria.Enquento caminhava para a escola,notava o quanto o mundo girava sem parar,mesmo com ele parado por dentro.
No caminho passou por uma vitrine,uma loja de doces antiga,a mesma onde sua irmã costumava arrasta-lo só para comprar doces.
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
— Que nostálgico... *Sorriu fraco lembrando do riso dela quando os dois corriam para ver quem chegava primeiro em casa.*
Yure lembrou-se dela dizendo: — "Você corre pior que uma lesma,Yure!"
Ela dizia isso toda vez,mesmo quando ele ganhava.
°Na escola°
Os colegas falavam sobre provas,sobre namoros, sobre coisas que pareciam tão distantes dele agora.
Yure respondia com acenos,sorrisos vazios ou fingindo procurar algo na mochila.
No fundo ele só pensava naquela frase que leu diaa atrás naquela noite:
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
— "Ela sorriu antes de desaparecer. E ele nunca mais ouviu sua risada."
*Sussurra ele para si mesmo,imerso em seus próprios pensamentos,em seu próprio mundo de fantasia.*
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
— Será que aquele livro continha mesmo a alma dela? Ou era apenas mais uma ilusão que meu coração quis acreditar? *Murmurou ele para si mesmo.*
°Na hora do intervalo°
Sentou-se sozinho no pátio,o banco em que estava sentado era o mesmo em que ela costumava amarrar flores nos cadarços dele, só para enfeitar seu "Ar sem graça."
Agora seus cadarços estavam soltos,e as flores haviam sumido.
O dia passou como um borrão. As vozes dos professores eram como vento batendo numa janela fechada. Yure não anotou nada. Seus dedos ficavam traçando palavras no canto da folha,o nome dela o nome dele. E o símbolo estranho que tinha visto na capa do livro.
Quando chegou em casa, jantou sem sentir o gosto. O relógio marcou 23h04 quando ele fechou o caderno de dever incompleto e se levantou.
O quarto escurecido parecia mais profundo que o normal. E ali, na parede onde antes havia apenas tinta, agora havia uma sombra como uma porta escondida sob a escuridão.
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
*Yure esticou a mão. O toque fez a parede estremecer como água.*
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
*E então ele atravessou.*
De novo, o mundo se dobrou em silêncio. As estantes surgiram como árvores num bosque de palavras, e as velas se acenderam uma a uma, em fileiras que pareciam guiar seus passos.
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
— Você voltou. *Disse a voz baixa de Toshio, surgindo entre os livros como uma lembrança.*
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
*Yure assentiu, o olhar firme.* — Eu preciso saber... se é ela. Se aquela risada ainda está aqui.
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
*Toshio o observou com olhos que pareciam ver mais do que deviam.* — Então venha. A próxima página está pronta para ser lida.
Yure seguiu por entre os corredores silenciosos da biblioteca, guiado pela luz azul das velas.
Toshio caminhava à frente, passos leves, mãos cruzadas nas costas, como se estivesse prestes a conduzir um ritual antigo.
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
— A memória de uma alma não vem inteira. *Murmurou ele.* — Ela se parte em fragmentos. Como espelhos estilhaçados. Alguns cortam. Outros... apenas refletem o que se perdeu.
Eles chegaram a uma clareira entre estantes. O chão era de pedra negra polida, e no centro, flutuavam pequenas telas de luz tênues, translúcidas, como se fossem feitas de vidro e fumaça.
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
*Yure parou. O coração batia forte.*
A primeira tela acendeu. Ele viu... sua irmã correndo. Ela era mais nova. Usava o cabelo preso em dois coques bagunçados e sorria como se o mundo inteiro fosse um jogo.
Ela segurava uma fita amarela nas mãos. Ria alto, chamando por alguém. Yure levou a mão à boca.
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
— Eu me lembro disso... foi no festival da escola. Ela roubou a fita da barraca de premiação só pra me irritar...
A imagem tremeu, piscou... e sumiu. A segunda tela surgiu logo em seguida. Agora estavam em casa. Ela dormia no sofá, com um livro aberto no colo e chocolate no canto da boca.
A imagem tremeu, piscou... e sumiu. A segunda tela surgiu logo em seguida. Agora estavam em casa. Ela dormia no sofá, com um livro aberto no colo e chocolate no canto da boca.
Yure apareceu na imagem, mais novo também, tentando cobri-la com uma manta... mas ela acordava de repente e o puxava para um abraço desajeitado. —> “Bobo. Eu tava só fingindo pra te enganar.”
A terceira tela era escura agora dua irmã já mais velha. A irmã chorava, sentada perto de uma janela, com o celular nas mãos. A tela mostrava a luz piscando em seus olhos.
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
— O que...e isso?
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
— Apenas continue observando. *Diz ele tranquilamente enquanto olha para o menor.*
Ela tentava ligar para alguém. A ligação caía. Tentava de novo. De novo. E então sussurrava: —> “Por favor, Yure... atende...”
Essa tela demorou a sumir. Yure deu um passo à frente, a respiração falhando.
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
— Por que eu não me lembro disso? *Sussurrou ele, a voz quebrada.*
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
*Toshio ficou em silêncio.*
A quarta tela se acendeu mas estava incompleta. A imagem tremia. A irmã estava de pé, olhando algo. Depois começou a correr.
Gritava por ele. —> “Yure! Não... fica aí! FICA AÍ!” E então, a luz azul da memória explodiu num brilho branco.
As telas sumiram. O silêncio na biblioteca pareceu pesar toneladas. Yure caiu de joelhos, o peito apertado. Ele nunca tinha visto aquela última lembrança. Era como algo que havia sido apagado à força da sua mente.
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
*Toshio se aproximou devagar, ajoelhando-se ao lado dele.* — A biblioteca guarda o que o coração esquece por medo. Algumas memórias só voltam quando você está pronto para senti-las.
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
𝐘𝐮𝐫𝐞 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐦𝐮𝐫𝐚
*Yure olhou para ele, os olhos marejados.* — Por que ela chorava? Por que ela me ligava? O que aconteceu naquela noite?
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
𝐓𝐨𝐬𝐡𝐢𝐨
*Toshio não respondeu de imediato. Apenas estendeu a mão.* — Quer descobrir? Há mais fragmentos esperando para brilhar.
Yure respirou fundo. Apertou os dedos contra o chão frio. E então aceitou a mão de Toshio. Porque mesmo que doesse... ele precisava encontrar a risada dela.
𝐓𝐎 𝐁𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐈𝐍𝐔𝐄𝐃....
~𝐒𝐫.𝐍𝐚𝐫𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐎𝐅~
𝐒𝐫𝐭. 𝐄𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚 (𝐄𝐮)
𝐒𝐫𝐭. 𝐄𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚 (𝐄𝐮)
Tchauzinho,até o próximo capítulo!
𝐒𝐫𝐭. 𝐄𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚 (𝐄𝐮)
𝐒𝐫𝐭. 𝐄𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚 (𝐄𝐮)
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