Layza
Fechei meus olhos enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto que já estava úmido com as lágrimas que escaparam antes.
Meu pai não falou mais nada e pude ouvir seus passos se afastando do meu quarto.
Levantei e fechei a porta e acabei por me recostar nela e ali sentada no chão, me pus a chorar ainda mais intensamente.
Como ele pode me vender dessa forma, achar que sou apenas um objeto, uma mercadoria, da qual ele vende a um desconhecido qualquer. Mas também oque eu esperava de um homem que faz isso com inúmeras garotas por ai. Que tem um negócio ilícito imenso com base nesse tipo de comércio. Era óbvio que eu seria só mais uma vítima, e ele só me manteve presa esses anos todos com esse propósito.
Mas se é uma virgem que ele quer, é isso que ele jamais terá. Não vou me permitir perder a virgindade com um homem asqueroso com quase o triplo da minha idade.
O vi apenas uma vez, mas foi suficiente pra ter certeza que jamais perderei minha virgindade com ele, ainda mais porque se é capaz de comprar moças assim, oque mais é capaz de fazer? Será que meu pai se preocupa tão pouco comigo a ponto de me deixar com uma pessoa dessas?
A quem eu quero enganar, se ele se preocupasse minimamente comigo jamais me venderia dessa forma. E agora que pensei, meu problema não é nem a virgindade mas sim oque ele fará comigo depois disso. Depois que eu não servir mais a ele como uma virgem, oque vai ser de mim?
Levantei decidida, tomei um banho e me arrumei rapidamente e depois de me certificar que meu pai estava ocupado em seu escritório, pulei a janela do meu quarto e sai andando pela cidade, disposta a perder minha virgindade com o primeiro que aparecesse em meu caminho.
Eu sei que se fugi poderia sumir e não voltar mais pra casa, mas todo dinheiro que eu tenho é uns trocados que Maria me deu, não chegaria a lugar algum com isso, e com a influência do meu pai, ele não demoraria nem mesmo um dia pra me achar.
Andei por muito tempo até que vi um bar, parecia animado, cheio de luzes, então acabei entrando no local, e claro, chamei atenção. Afinal, sou uma menina bonita, tenho olhos verdes, cabelos cacheados, uma pele bonita.
O local estava bem cheio, então resolvi ficar no bar pra ver se aparece alguém que me interesse para que possa ter uma noite de sexo sem compromisso.
Meu pai sempre me prendeu pra jamais correr o risco de que eu perde-se minha preciosa virgindade, que cá entre nós, pra mim nem é grande coisa. As pessoas agem como se fosse tudo e nem é tudo isso. Mas a partir de hoje, quem toma as decisões da minha vida, sou eu mesma, ele não vai fazer eu me entregar aquele homem, não virgem pelo menos.
Eu posso não ter conhecido meu "noivo" direito, mas sei que se é um homem que compra mulher como se fosse mercadoria já é um homem que não presta.
Me sentei em uma banqueta e não demorou nada o garçom já veio me atender.
Garçon: Pois não moça, oque deseja?
Layza: Tenho apenas 25 dólares, oque dá pra comprar com isso?
Ele me olhou confuso.
Garçon: Oh, entendi.
Ele saiu sem dizer mais nada e logo retornou com um drink muito bonito e todo espalhafatoso.
Peguei meus 25 dólares para pagar mas ele segurou minha mão, fechando o dinheiro dentro dela e olhou nos meus olhos e deu um sorriso.
Garçon: É por conta da casa.
- Divirta-se moça.
É possível se apaixonar só por um olhar e um sorriso? Nossa, ele é lindo e tão doce. E quando segurou minha mão senti meu corpo todo arrepiar com seu toque.
Layza: Como é seu nome?
Garçon: Chase.
Layza: Obrigada Chase, você é muito bonito e gentil.
Ele me olhou por um tempo, confusão era nítida nos olhos daquele rapaz alto, de cabelos castanhos e olhos de um castanho excepcionalmente lindo.
Chase: Obrigado.
- Aproveite sua bebida.
- Qualquer coisa é só me chamar.
Não sei dizer oque senti, só sei que com certeza, achei o homem que tirará meu "bem mais precioso" de acordo com meu pai. É ele, é o Chase que eu quero.
Mesmo com todos esses homens loucos pra ficar comigo, já que homem não pode ver uma mulher sozinha num bar a noite que interpreta como um convite pra eles. Mas ainda assim, achei quem será o homem a me ter por uma noite e estragar com todos os planos do meu querido papai.
Fiquei sentada no bar enquanto olhava Chase atender vários e vários clientes que passavam por ali, e enquanto eu recusava vários homens que tentavam insistentemente pagar-me uma bebida. Chase chegou a me trazer algumas e eu as recusava instantaneamente ao saber quem havia mandado. Não queria nada de ninguém além dele. Oque tirava daquele rapaz vários olhares intrigados.
Depois de muito tempo ele me trouxe outra bebida e novamente não me deixou pagar por ela, alegando ser por conta da casa. Mas também ca entre nós, não sei se meus 25 dólares seriam capazes de pagar por essas bebidas, afinal, não faço nem ideia quanto custa uma bebida nesse lugar. Mas posso dizer que não deve ser barato.
A noite se estendeu bastante e eu já não aguentava mais esperar o bar fechar e também estava morrendo de medo do meu pai descobrir onde estou e chegar ali do nada.
Fiquei aliviada quando Chase veio me anunciar que o bar estava fechando.
Layza: Oh, já é tarde né, será que poderia me acompanhar até em casa, estou um pouco zonza?
- Acredito que não consigo ir sozinha.
Ele me olhou intrigado e com confusão presente em seu olhar novamente, porém agora era ainda mais visível que antes.
Chase: Oque você está querendo moça?
Layza: Nada, eu apenas bebi bastante e não sei se sou capaz de ir sozinha até minha casa.
- Você não pode me acompanhar?
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Atualizado até capítulo 23
Comments
Naninha Oliveira da Rocha
Estou ansiosa por mais ➕ ➕ ➕ ➕ ➕ ➕ ➕ ➕ capítulos autora.
2025-06-18
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