capítulo 4

                       " Mordida"

— Sabe o que eu acho engraçado... Vocês humanos são tão .... ridículos, — Sem aviso, o homem até então desconhecido saiu das sombras e saltou velozmente sobre a garganta daquele homem (que chamarei de babaca).

Fiquei paralisada , ao ver a cena. Havia sangue se derramando pelo chão, enquanto o ser misterioso sugava e mordia o pescoço do babaca com muito entusiasmo.

sentia-me imóvel, os meus pés pareciam estar enraizados no chão e não conseguia sair do local. Enquanto, os meus olhos, permanência fixos na cena horrível a minha frente, eu estava assustada e com medo.

Foi só então , quando seu corpo caiu ao chão e o vampiro me encarou que percebi, eu havia perdido tempo, eu deveria ter tentado fugir mas agora é tarde demais. O vampiro , está lentamente cada vez mais se aproximando de mim, seus olhos vermelhos como chamas me avaliam de cima a baixo me fazendo sentir nua, seus passos são firmes e pesados sobre a terra molhado.

O capuz que antes cobria seu rosto agora estava jogado para trás de seu pescoço, revelando seus cabelos completamente encharcados e grudados em sua testa. Seu maxilar se movia levemente enquanto sua mandíbula trabalhava, e seus dentes afiados se tornavam visíveis sob a luz fraca da lua. A boca manchada de sangue parecia sorrir, e seus olhos vermelhos como chamas brilhavam com uma intensidade sinistra. A visão era ao mesmo tempo fascinante e aterradora, e eu não conseguia desviar o olhar.

Meu coração estava pulsando em uma velocidade tão rápida que parecia que, a qualquer momento, eu iria parar de respirar. Um toque de angústia e pavor tomou conta de mim no exato momento em que o vampiro estava próximo o suficiente para que eu sentisse o cheiro forte do sangue em minhas narinas. Seu corpo estava a centímetros do meu. O medo pairava no ar, e nos meus pensamentos, eu afirmava: este é o meu fim. Fechei os olhos, esperando a dor aparecer e tudo acabar. Mas o que ele fez me deixou ainda mais assustada. Ele ergueu a mão e tocou levemente minha pele, que reagiu com um arrepio e um nervosismo contido. Suas mãos deslizavam suavemente sobre meu braço, enquanto roçavam subindo até meu ombro. Em seguida, agarrou meu maxilar com tanta força que uma dor aguda me fez dar um suspiro. Sem palavras, ele apenas me encarou com seus olhos profundos e penetrantes. Desejei! Como desejei estar morta.

— Está com medo? ! – sua voz surgiu de uma forma rouca e afiada.

— O-o que vai fazer comigo? – as palavras saíram de uma forma tão trêmula, que por um instante me arrependi de ter aberto a boca, era difícil controlar os batimentos do meu coração.

— Eu...– ele fez uma pausa, deixando um sorriso largo e sinistro escapar mostrando seus dentes afiados, mas então ele começou a cheirar o ar , como se fosse um animal predador e feroz (se bem que ele é)– Seu cheiro! É tão... Doce, está me deixando louco, a cada segundo

— Por favor!!

— Shhh! Fique caladinha. Não quero que se mova, se tentar fugir vai ser pior. – Ele afundou o seu rosto nos meus cabelos. Podia sentir, sua pele fria roçando no meu pescoço enquanto ele cheirava os meus cabelos. Era como se aquilo fosse uma droga viciante que ele simplesmente não conseguia parar de sentir. — Consegue imaginar, o que vou fazer agora? Ahhh! Poha! O seu cheiro está me deixando excitado, eu preciso… preciso senti-lá.

Senti quando os seus dentes afiados penetraram o meu pescoço. A dor era tão intensa, que parecia que uma faca estava me cortando, enquanto o sangue escorria por entre o meu pescoço, podia sentir cada molécula do meu sangue sendo sugado, cada gota escorrendo das minhas veias. Eu agonizava sentido a dor, sem perceber me vi segurando os ombros dele com tanta força que minhas unhas perfuravam seu casaco de feito de couro. Minha respiração também se tornou pesada. Deixei escapar um gemido dos meus lábios, enquanto meu corpo todo recuava perdendo as forças, minhas pernas frágeis e fraca começava a ceder em seus braços. Em segundos nossos corpos estavam no chão, ele ainda sobre mim, sugando cada gota de sangue de uma forma faminta, com suas mãos envolta do meu pescoço.

Gradualmente, minha visão foi se tornando mais embaçada. O mundo ao meu redor estava como se estivesse flutuando, as árvores se debruçavam sobre o chão e as nuvens pareciam cair sobre mim. Até que, finalmente, tudo se apagou completamente, e eu fui envolvida pela escuridão.

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