Capítulo 4

Liv narrando:

Meu coração acelerou quando senti uma respiração quente no meu pescoço. Eu sabia uma coisa: como estava na temporada do cio, eles não tinham controle sobre si mesmos. Senti alguém pressionar seu corpo contra o meu e algo duro nas minhas coxas. Então, alguém começou a beijar meu pescoço.

Comecei a me sentir atingida e, por um momento, fiquei perdida, entregando-me ao prazer de dois homens me tocando. Um pequeno gemido escapou dos meus lábios, mesmo sabendo que não deveria estar gostando daquilo. Minha loba também estava ficando animada. Sem dúvida, ela queria mais.

— Liv — suspirou Ryder, e eu senti um impacto dos lábios dele beijando os meus. Naquele instante, soube que tinha que fazer algo, pois ambos estavam pensando com seus pênis, e não com a cabeça.

Max, que tinha suas mãos cravadas na minha cintura, as colocou por dentro da minha roupa íntima. Enquanto Max cuidava disso, senti Ryder pegar meu seio, apertando com força. Ele gemeu enquanto envolvia as mãos ao redor do meu pescoço, me puxando para mais perto.

— Não! — gritei assim que meus sentidos retornaram. Foi quando empurrei seus corpos para longe de mim.

— Há algum problema, Liv? Você não gosta disso? — senti a mesma mão envolver minha cintura, puxando-me mais perto, desta vez com mais firmeza.

Sabia que precisava pensar rápido. Seus corpos enormes estavam na minha frente e eu sabia que a única saída era me esgueirar por baixo deles para fugir rapidamente. Apoiada na parede, deslizei até cair de joelhos e, então, arrastei-me para fora.

Não esperei um segundo; levantei-me o mais rápido que pude e corri o mais rápido que minhas pernas conseguiam.

— Ei! — rosnou Max. Em pouco tempo, comecei a ouvir passos atrás de mim: estavam me perseguindo!

A energia ainda não tinha voltado, dificultando minha visão, mas corri como se minha vida dependedesse disso. Talvez, no dia seguinte, quando o período do cio terminasse, pudesse dizer a eles que qualquer ideia que tivessem na cabeça, eu não tinha interesse.

Não podia acreditar que, depois de toda a minha espera por anos, meu parceiro eram eles! Estava furiosa, mas não tinha tempo para ficar com raiva. Tudo o que precisava fazer era escapar.

Com os olhos semicerrados na escuridão, a luz da lua que brilhava através de uma brecha me ajudou. Consegui avistar uma porta. Sem pensar, corri para dentro, trancando-a imediatamente.

Não demorou muito para a energia retornar e eu suspirei, aliviada. Olhei ao redor do cômodo onde estava. Meu coração voltou a bater forte ao perceber onde tinha chegado. Eu já tinha estado naquele quarto antes, mas isso não era o único problema. Era o quarto do Callum!

Lembrei do incidente do dia anterior e de quão furioso ele tinha ficado. Eu sabia que precisava agir rápido e sair dali o mais rápido possível.

A ducha que estava ligada de repente se desligou. Corri até a porta, mas parei quando uma fragrância atingiu meu nariz. Não era a fragrância normal dele. Senti o mesmo que senti ao inalar os aromas novos de Max e Ryder: a sensação de estar flutuando no paraíso e um fogo que parecia entre minhas pernas.

Sai imediatamente do transe. Não havia como os três serem meus parceiros! Será que aquilo era uma sentença de morte ou algo assim?

Fiquei parada, querendo confirmar se minhas suposições eram verdade. Ele saiu do banheiro sem camisa, com uma calça de moletom baixa na cintura, deixando todo seu abdômen a mostra. Seus músculos bem definidos prenderam meu olhar, e tive que piscar rapidamente para tirar minha mente do lugar.

— Parceiro! — exclamou minha loba, vibrando de empolgação, confirmando minhas suspeitas. Ela estava gostando disso, mas, caramba, eu não!

Ele tinha acabado de se secar, mas, assim que me viu, ficou paralisado.

— Jesus Cristo. — murmurou baixinho, com espanto estampado no rosto.

Ele sabia!

Engoli em seco. Era a temporada do cio e eu tinha acabado entrando direto no quarto do Callum como se estivesse me entregando à sua vontade.

— E... Eu... Eu... — meu tom saiu trêmulo enquanto ele me observava. Nenhuma palavra saiu da minha língua torta. Só tinha uma coisa na minha cabeça: correr!

Me virei rapidamente, abrindo a fechadura, esperando que a porta se abrisse para eu sair, mas nada aconteceu.

Por favor, me mate logo!

Olhei para ele. Desta vez, o olhar de descrença que tinha nos olhos tinha se transformado em divertimento enquanto me via tentar sair do quarto dele.

Minhas mãos tremiam enquanto tentava abrir a porta várias vezes.

— Você só vai estragar tudo. — suspirou, e então ouvi sua aproximação.

Me virei rapidamente. O sorriso malicioso no rosto dele fez eu engolir em seco. Eu sabia o que ele estava pensando, e era exatamente isso que Max e Ryder estavam pensando quando me viram.

Aponto para a porta.

— Preciso sair agora!

— Mas você acabou de chegar. — ele franziu a testa. — Não seria grosseiro da minha parte te mandar embora? E, além disso, você não quer que eu te mande embora, por que não quer sair.

Minha respiração acelerou cada vez mais enquanto ele se aproximava.

Tive que sair do quarto e me afastar ainda mais para dentro dele, apoiada com as costas na parede, mantendo o olhar fixo nele, caso tentasse agir rápido.

— Eu quero muito ir embora.

— Que pena — sorriu maliciosamente. — Ainda não quero que você vá embora, Liv.

Seus olhos escureceram, e ele foi se aproximando com determinação.

— O que você vai fazer comigo?

— Dar um tapinha nas costas. — respondeu de forma sarcástica, seguido de uma risada debochada. — Que diabos você acha que eu faria com você?

Ele rosnou.

— Estamos na temporada do cio, e podemos nos divertir um pouco.

— Eu... Eu não quero me divertir.

Ele fez um sinal com o dedo indicador para mim e disse: "Minha casa, minhas regras".

Percebi que tinha chegado a um beco sem saída quando minhas pernas colidiram com a estrutura da cama dele, e a gravidade me puxou até a cama king-size. Queria sair o mais rápido possível, mas ele me prendeu na cama, com as mãos bloqueando meus lados antes que eu pudesse sequer piscar.

Seus lábios se curvaram em um sorriso travesso, e ele olhou para meus lábios. Meu coração acelerou. "

— Agora você é minha. — rosnou, e começou a aproximar o rosto.

Gritei, fechando os olhos com força e cerrando a mão. Esperava que seus lábios se chocassem com os meus, mas, ao invés disso, senti-o cair ao meu lado.

Me levantei na hora, assistindo-o se acomodar na cama. Achei que ele fosse me beijar. Ele estava apenas brincando comigo?

— Boa noite, Liv. — murmurou enquanto se acomodava ainda mais na cama, me deixando boquiaberta.

— Pelo menos abra a porta para eu sair. — bati suavemente nele.

Ele riu.

— Com Max e Ryder no cio? Te prender aqui é um favor que faço, ou você quer que seus dois buracos se expandam antes do fim do cio?

Engoli em seco.

— Então, posso dormir aqui?

Ele não disse nada, e eu tive que concordar silenciosamente.

Ele virou-se abruptamente para mim.

— E certifique-se de não ficar muito perto de mim. — instruiu com firmeza.

Confusa, perguntei: "Por quê?"

— Porque você não vai querer provocar um homem como eu, especialmente na temporada do cio. — respondeu secamente, virando-se para o outro lado.

Suspirei, observando-o por um tempo.

— Boa noite, Callum. — sussurrei, mesmo sabendo que não conseguiria dormir naquela noite.

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Comments

Camila games 11

Camila games 11

muito boa a história, já quero vê as continuações! entou ansiosa para ler!/Smile/

2025-06-07

0

Rozenilda Alvarenga

Rozenilda Alvarenga

meus parabéns pelo história escrever mais tô ansiosa pelos próximos capítulos

2025-06-08

1

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