Rumo ao dirigível

~ Torre da IMME-EUA, em Chicago ~

- Meus parabéns! Vocês são os cinco tripulantes escolhidos para a missão espacial de resgate do Skeld Doze, que como sabemos, houve aquele trágico acidente envolvendo a morte dos tripulantes a bordo, isso foi um choque para todos nós! - Disse Raúl, o Presidente, daquela parte institucional da IMME.

- Como vocês sabem, serão transportados daqui de Chicago para Barcelona, na Espanha, onde irão iniciar sua missão juntamente com outros tripulantes que estão na Rússia. Como já foi decidido, os tripulantes de lá irão resgatar a nave protótipo Skeld Doze, e vocês irão para explorar o Planeta Polus, ou, fogo-gelo. Tanto faz. Depois que explorarem e pegarem amostras, serão trazidos novamente para a Terra. Esse parte inicial da missão é para apenas explorar e reconhecer o novo Planeta, pegar amostras e depois vocês voltam. Achamos que dois meses são o suficiente para completarem o objetivo. Algum resquício de dúvida? - Completou o assistente de Raúl.

Ninguém ali se posicionou em relação a explicação, o assistente fora direto e claro, tirando a parte de que poderia possivelmente a nave ter algum defeito, ou que poderiam morrer, pois não se sabia como era o ar naquele lugar, nem ao menos tinha oxigênio no Planeta novo, então poderiam morrer só de entrarem. Ainda era uma possibilidade.

- Falaram que teríamos um líder para liderar no dirigível, quero saber, vocês vão escolher ou o que? - Perguntou um integrante, alto, porte físico de um rato maromba de academia, loiro, com a barba preta, ou pintada, não dava pra saber, mas não importava a aparência. Ele era sério e dedicado, ou interesseiro, já que foi o primeiro a assinar o contrato sem ao menos ler os termos e condições.

- Isso serão vocês quem escolheram, daqui até Barcelona, serão oito dias de viajem. Até lá, podem se apresentarem,falarem de vocês e decidirem quem ficará na liderança.

- Decidir isso em oito dias? - Perguntou outro homem.

- Ah, não,pode ser agora ou depois, é que o líder será desde aqui até o espaço. Vocês são a equipe de resgate, então escolham alguém que os represente bem. Se não tem alguma dúvida, então estão liberados!

Muito bem,nos deixam por conta própria.

Todos se levantaram e saíram indo em direção a onde estava o dirigível. Saindo da torre, do lado de fora havia uma pista de decolagem enorme, e no ponto de partida, estava o dirigível móvel; ele era enorme, tinha tantos metros em largura, comprimento e tamanho. A sua tintura era um vermelho forte, e na sua lateral, estava a legenda: "The Chicago Airship".

Que queria dizer "O Dirigível de Chicago".

Tinha uma escada de entrada, onde foi feito uma fila para os tripulantes, a fila era de um espaço de um metro de distância,aonde haviam médicos que se encarregavam de analisar com uma maquininha se a pessoa estava em uma boa condição de saúde, já que quatro tripulantes haviam sido tirados da missão por causa de mal estar, e como foi feito de última hora, não tinham ninguém disponível para chamarem no lugar e substituírem os que estavam em más condições. Por sorte, os seis que estavam ali disponíveis não estavam com nenhum tipo de mal estar,gripe ou algo pior. O que era ótimo. Chegará a vez de Rose ser checada, ela era a última da fila, chegou e parou na frente do médico, ele pôs a máquina perto de sua testa e a máquina piscou em verde,o que queria dizer que sua saúde estava em boa condição, os guardas que estavam parados do atrás do médico liberaram sua passagem, ela foi e nervosa,subiu a escada, entrando no dirigível; se por fora ele era enorme, por dentro parecia um labirinto de tão grande que era, a impressão era de ser menor,mas esse efeito era por causa das paredes que dividiam os cômodos.

É enorme!

- Aqui Rose,pegue seu crachá e o seu mapa. - Disse uma jovem negra, baixinha, e com o cabelo preso em um rabo de cavalo.

- Ahn? Como sabe meu nome?

A jovem sorriu.

- Deduzi que por você ser a última a ter entrado, então "Rose" era você, sem falar que tem só três mulheres aqui, três de seis. Meu nome não é Rose, então deve ser você,acertei? - Ela lhe lançou um sorriso lindo.

- Ah,sim,sou eu hahaha,tava óbvio. - Respondeu pegando o crachá.

- Prazer, meu nome é Ariela, Ariela Goost! - Ariela sorriu.

- Prazer Ariela, eu sou a Rose Lynne.

- O prazer é meu Rose Lynne! - O sorriso de Ariela era extravagante.

- Aí,podemos deixar as apresentações para depois, agora temos que ir a ducha! - Disse um dos homens.

- Ah,certo,te vejo mais tarde Rose! - Ariela sairá correndo.

- Até! - Rose pôs seu crachá e pegou seu mapa,olhando o caminho que ela deveria ir para chegar a ducha, eram dois caminhos, um era saindo do deck, aonde ela estava nesse momento e subindo a cozinha,passar pelas armas,pela casa das máquinas, pelo salão principal e por fim as duchas. Ou ir pela cozinha, só que pela parte de baixo,indo a segurança, elétrica,ala médica,passar pela sala de cargas, e ir para a ducha.

Essa segunda opção é melhor.

Era a mais longa,mas ela não prestará atenção direito, e seguiu para a cozinha,que era grandemente grande. Da cozinha passou pelas câmeras de segurança, que estavam desligadas, passou pela elétrica, aonde quase se perdeu.Passou pela ala médica,que era maior que seu quarto. Chegou na sala  das cargas,onde tinham caixas extremamente grandes.

Virando aqui estarei nas duchas.

Mas ao virar, entrou em uma plataforma que não tinha ligação com o outro lado,onde tinha outra plataforma, e no mapa, aquela outra plataforma dava para as duchas.

É o que? Mas no mapa...

Ao olhar no mapa novamente, viu que o caminho que tinha escolhido era o mais longo, já que não havia ligações entra às duas plataformas, ela deveria ir da sala de cargas para o saguão, e do saguão para a sala de arquivos, e depois da sala de arquivos iria descer e chegar nas malditas duchas.

- Mas que raiva! Será que todo mundo veio por aqui? - Ela não prestou atenção por qual caminho o resto havia seguido, mas provavelmente pegaram o caminho de cima,mais curto.

Lá vou eu!

Rose saiu da plataforma e foi subindo para o saguão, onde foi parar na sala de arquivos e descendo, finalmente chegará nas duchas.

Graças a Deus! Não aguentava mais!

Pra sua sorte alguém ainda estava lá, usando a ducha do meio. Rose não sabia o porquê deveria de estar ali, mas estava ali.

Eu tenho que tomar banho?

Ao olhar em volta, havia uns trajes coloridos, uns de cores fortes,outros mais claros. Quando percebeu, tinha uma barulho de dentro de uma das duchas.

Alguém tá no banho... então tenho que tomar, se bem que tomei hoje de manhã.

O barulho parou, a porta se abriu e dali saiu um dos seus companheiros de missão, um homem que apesar de ser baixo,tinha um porte físico incrívelmente impressionante, tinha algumas tatuagens no corpo, a que lhe chamou a atenção era a tatuagem de uma rosa vermelha, que ia do seu joelho pra baixo. Seus cabelos eram meio alaranjados, seus olhos, laranjas também. Ela ficou olhando pra ele por tanto tempo que nem percebeu que ficou olhando diretamente pra ele,de cima a baixo, e o pior,era que ele estava enrolado na toalha.

- Ahn... você,quer usar ali? Tá livre agora. - Ele disse, mal sabendo que ela não sabia por que tinha de estar nas duchas.

- Ah...bem, é que...

No auto falante do dirigível, foi anunciado:

- Todos os tripulantes que já vestiram seus uniformes que estão disponíveis nas duchas,por favor comparecerem a sala de reunião. Não se atrasem.

Rose olhou para os uniformes. E o homem também.

- Ah, você queria os uniformes? Está aí. - Ele foi caminhando e pegou o laranja. Ao pegar o laranja,Rose viu a tatuagem de suas costas,uma faca atravessando um coração.

Rose olhou em volta e pegou o de cor carmim. Ela foi até a primeira ducha, enquanto o homem foi para a do meio. Rose tirou suas roupas comuns,ficando somente com as peças íntimas. O uniforme era um só,ou seja, ela não conseguia vestir como uma roupa normal, tinha de por os pés primeiro e erguer pra cima, e foi fazendo até chegar na parte de cima do corpo, onde pôs uma manga, e depois a outra. O uniforme era frio, tinha uma estética de plástico novo de colchão recém comprado. Ela vestiu e ficou totalmente carmim, tirando sua cabeça.

Por fim,saiu da ducha, e ali estava Arieli, com o seu uniforme amarelo banana, ela estava fofa, principalmente pela sua altura, e o seu lindo sorriso.

- Rose! Te achei...uolll, cê tá linda!

Rose sentia-se envergonhada,pois nunca alguém elogiou ela assim.

- É verdade! - Disse o homem dos cabelos e olhos laranjas. Que "estranhamente" usava um traje laranja.

Ela o olhou.

- Digo, é...estranho essa estética... - Ele saiu caminhando.

- Obrigada! - Agradeceu, envergonhada ainda.

- Uolll,Rose,ele deve ter gostado.

- Ele só elogiou por educação,calma.

Ariela riu.

- Enfim, vamos, temos que ir pra reunião!

- Ah,certo,sim. A reunião, vamos lá.

Ambas foram caminhando em direção a sala de reunião, e ao chegarem lá sentaram-se cada um no seu lugar. Rose e Ariela ficaram em um lado,com o cara laranja, e do outro, a mulher,de azul escuro, o homem de cinza, e o altão alemão de amarelo. Na frente havia uma televisão enorme, aonde estava sendo a imagem transmitida ao vivo. O presidente estava ali, do outro lado da tela.

- Muito bem tripulantes, vocês como já sabem foram convocados para uma missão de resgate, onde deverão resgatar os vestígios da missão Skeld doze. Serão mandados daqui de Chicago até Barcelona, com o dirigível,a viajem deverá durar oito dias levando em base os procedimentos de cuidado que temos com o dirigível. Até lá, terão tempo de escolherem um líder,para que os guie nessa missão. Serão escoltados daqui até a Torre Mira HQ, uma torre de pesquisa e desenvolvimento científico espacial. Por hoje é só, terão tarefas a realizarem,mas com cooperação não terão problemas. Antes que eu esqueça, o motivo dos trajes espaciais de agora, é porque vocês estarão literalmente no alto, o ar lá pra cima é meus denso, ou seja,estes trajes tem um sistema de oxigênio, ajudará vocês a respirarem melhor mesmo nessa longitude. O sinal é via satélite, ou seja,se tiver algo de errado, nós saberemos imediatamente, ou se tivermos de avisar alguma outra coisa,mandaremos nos seus mapas virtuais que estão em seus pulsos, um mapa é para as tarefas,e o outro para os avisos. Alguma pergunta?

Milagrosamente ninguém tinha algo para perguntar.

- Muito bem... Decolaremos daqui a três horas. Estejam prontos.

- Quem vai pilotar esse treco aqui? Eu não acho que todos nós que estamos aqui saibamos dirigir um dirigível. - Disse a azul.

Era só esperar um pouco.

- O dirigível irá fazer a viajem de forma automática,ele foi programado para isso, no mapa está traçado a rota, caso der algo,apenas reajustem na tela do painel na cabine.

- Automática? Como pode garantir que não vá acontecer algo, isso SE acontecer algo!

- Enviei alguns gráficos que mostram que as chances de algo ruim acontecer com o modo manual do que com o modo automático. Apenas olhem e comparem.

De fato,as chances com o modo automático eram menores do que com o modo manual.

- Okay,era isso,obrigada.

- De nada. Agora estão liberados para explorarem o dirigível, vocês tem mais duas horas e meia. Dispensados.

A tela desligou por si própria. Todos saíram e foram para lugares diferentes. Ali na sala de reunião só restaram Rose e Ariela.

- Ariela, que olharmos o lugar? É grande até. - Convidou Rose.

- Pode ser! - Ela sorriu.

E as duas foram caminhando sem rumo por ali. Enquanto andavam, iam conversando sobre elas mesmas.

- Então Ariela, como você veio parar nessa missão? Olhando pra você, tem aspecto e estilo de uma jovem que recém se formou na faculdade.

Ariela ficou envergonhada,e dava para perceber pelo rubor de suas bochechas.

- Eu me formei a um anos atrás, em sociologia e psicologia. E tenho trinta anos. - Ela sorriu.

- O que! Nem parece!

- Todo mundo diz isso! - Ela pôs a mão atrás da cabeça.

- É porque você parece ser mais jovem, tipo,uns dezoito ou vinte!

- Bom, tá melhor que muita gente que acha que eu tenho dezeseis ou catorze anos hahaha!

- Hahaha! Bem, não é pra tanto né? Mas realmente Ariela,nem parece ser trinta anos!

- É pela minha altura obviamente,mas não me incomoda isso,eu realmente acho as vezes que sou uma anã evoluída sabe?

- Acho difícil isso.

- Eu também hahaha.

A conversa entre Rose e Ariela parecia ser o tipo de conversa de pessoas que se conhecem a anos, mesmo sabendo que na realidade ela só conheceu Ariela a exatamente uma hora e meia, mas já tava assim.

- Ari, onde você mora em específico? Tipo,qual localidade? - Rose já até a chamou por um apelido íntimo.

- Ah,bem, eu estou morando é no Canadá, só vim para cá pela missão,eu fui recrutada e é por isso que estou aqui. E você, Rose?

- Bem, eu moro perto do prédio da IMME,em um apartamento que tem,fica a uns vinte metros.

- Trabalha perto então?

- É sim. Pelo menos não chego atrasada.

- É verdade! - Ariela concordou.

- Então,me fala um pouco mais de você Ariela.

Ela pôs a mão no queixo e pensou um pouco.

- Bem...eu...

Quando ela ia falar, um alarme soou em seus ouvidos, era um chamado de reunião, as duas que estavam na cozinha, tinham de ir a sala de reunião. E foram, correndo como se fosse o fim dos tempos.

Ao chegarem lá,já estavam todos sentados,esperando pelas duas,que chegaram cansadas.

- Qual o motivo da reunião? - Ariela perguntará,se recuperando de sua corrida.

- Já vamos decolar, disse a mulher do traje azul.

A tela da sala se ligou,era novamente o presidente.

- Vamos iniciar a partida de vocês daqui a pouco, antes de tudo, ativem seus capacetes, eles se ativarão quando clicarem no botão que tem em seus trajes, fica perto de pescoço.

No traje havia um simples detalhe que Rose não havia percebido antes, havia uma pedra com contorno preto, e dentro,a pedra era da cor carmim,a mesma cor de seu traje.

- Esse botão aí funciona para ativar o capacete de oxigênio de vocês, e serve como um comunicador, se forem se comunicar com alguém,pressionem o botão. E se forem ativar o capacete de oxigênio,apenas cliquem nele. Em cima da mesa, como podem ver, há umas mochilas, da mesma cor de seus trajes, dentro dessas mochilas tem dois tubos de oxigênio. Põe eles nas costas e ativem seus capacetes.

Todos foram e pegaram suas respectivas mochilas com seus respectivos tubos de oxigênio, vestiram e ativaram seus capacetes. A parte de trás do traje que ficava na cabeça inflou-se e depois fechou-se um retrovisor, como um capacete de moto.

- Ótimo, então agora se sentem e se segurem,iremos decolar em vinte segundos... começando a partir...

____________________________________________

- ...de agora! - Ele fez o sinal para o funcionário que puxou a alavanca e imediatamente o dirigível ligou-se, com um barulho estrondoso ele começou a aquecer seu motor, vinte segundos era o suficiente. E ao aquecer, ele começou sua decolagem, começou a sair do solo e a subir para o alto.

Era bela aquela visão, a missão estaria somente começando.

- E lá vão... - Ele pegou o celular, e ligou para o número de Héctor.

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Comments

Dậu nè Phèo ơi

Dậu nè Phèo ơi

Por favor, não me deixe aqui nesse suspense! Quero mais!

2025-05-27

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