Decisão

Depois de algumas horas de viagem, finalmente chegaram ao destino, ao norte da cidade de Novosibirsk, na parte russa asiática, havia um enorme prédio que de longe dava para ver a logomarca, IMME-RA, o prédio era enorme e alto, e ficava em uma região um pouco alta, ali era bem mais frio de certo modo, mas para sua sorte o carro tinha um aquecedor, e ela tava bem aconchegada ali. Durante toda a viagem o motorista não trocou uma palavra sequer, nem olhou para ela pelo espelho, o que seria estranho.

- Chegamos senhora, espero que você tenha dormido bem.

Agora fazia sentido porque ele não falou com ela.

Eu dormi a viagem toda.

- Ah, sim claro, esse aquecedor me deu um soninho. - Respondeu bocejando.

- Entendo. - Ele bocejou também.

Dava para ver a cara de morto do motorista, parecia que ele poderia só cair ali no volante e dormir, o que se acontecesse iria ser trágico.

O carro entrou em um estacionamento e parou em uma vaga aberta, o resto das vagas estava lotadas. Eduarda saiu do carro com sua bolsa pendurada em seu ombro.

- Moça, você segue ali por aquela escada, eu agora vou para o banheiro e descansar um pouco, boa sorte com o que seja que tenha aí.

- Você não sabe o que tem aqui? Ou o que vai acontecer aqui?

- Não, só me pediram para buscá-la que iriam me pagar e só, não os questionei.

- Oh,okay... obrigada!

- De... - Bocejou - ...nada... - E ele saiu.

Ela foi em direção a escada, subiu,abriu a porta e se deparou com um corredor,onde haviam algumas pessoas sentadas nas cadeiras e bancos que tinham disponíveis, ao contar,parecia terem seis pessoas presentes, Deise não estava ali, ou não chegará ainda, mas não era possível isso, afinal ela sairá primeiro, então não faria sentido ela não estar ali, a menos que tenha faltado gasolina ou um pneu tivesse furado no meio do caminho.

Enfim.

Sentou no primeiro banco que viu e ficou ali esperando, ficava olhando para as paredes, que tinham uma pintura branca, e que estava quase descascada, olhou para o chão, que era branco mas estava preto de terra,barro e sujeira. Todos que estavam ali estavam quietos, uns estavam dormindo como pedra, e outros se encaravam na alma. A porta que tinha no corredor abriu-se, e dali sairá Deise, que foi para o seu lado. Ela se aproximou e cochichou.

- A quanto tempo você tá aqui?

- Faz alguns minutinhos só, o que você estava fazendo ali?

- Eu não posso contar, por alguma razão.

- Cliente do carro laranja. - Chamou um homem de máscara e roupa de médico.

Um outro homem se levantou, ele era alto, loiro de olhos verdes, seu tom de pele era branco, tinha uma barba preta.

Não sei dizer se o cabelo ou a barba é pintada.

Pensou.

Seu corpo era musculoso, dava para observar só pelo porte físico dele, suas roupas também não ajudavam, já que ele usava um suéter azul de tecido mais vagabundo do que fino, uma calça larga preta, e um sapatênis personalizado com símbolos...talvez de algum desenho animado possivelmente, a julgar pelo estilo.

Imagina se ele for um gigante otaku?

Eduarda queria rir, mas se segurou, pelo menos por fora, pois por dentro, só faltou morrer de rir.

O homem reclamou algumas coisas mas se foi para dentro.

- Ele é um empregado de IMME da Alemanha. - Comentou uma jovem, de físico pequeno e com um cabelo obviamente pintado de vermelho.

- Caramba, meio baixinho ele né? - Disse outra jovem, de cabelo preto, curto e com um laço vermelho. 

O tempo ali ia passando, pessoas entravam e outras saiam, eram só seis pessoas, mas ali parecia terem seiscentos, até que por último chegou a vez de Eduarda. Depois que um outro cara sairá dali, foi a sua vez. Ela entrou na sala, e virá alguns médicos,a julgar pelos trajes e equipamentos que estavam ali.

- Eduarda Ramos de Lima? Confirme para mim. - Disse um médico.

- Eu mesma.

- Quantos anos?

- Trinta de um.

- Parentesco?

- Arlindo Ramos e Danúbia de Lima.

- Escolaridade?

- Ensino médio completo.

- Profissão?

- Assistente.

- Solteira, viúva, casada ou separada?

- Solteira.

- Nascimento?

- Vinte e sete de novembro de mil novecentos e noventa e dois.

- Gênero?

- Ahn... - Calma. - Mulher... - Respondeu.

- Okay, muito bem, agora assine aqui o formulário.

Ele lhe entregou a caneta e ela assinou.

- Coloque seu braço aqui sobre a mesa, faremos extração sanguínea.

Ela pôs o braço, uma enfermeira pôs uma pomada, e depois inseriu a agulha, puxou o seu  sangue aos poucos até ficar na metade da agulha, que por sorte era pequena.

- Agora tirei um fio de seu cabelo por favor. - Pediu a enfermeira lhe entregando uma tesoura.

Eduarda pegou a tesoura e cortou um fio de cabelo.

- Obrigada,agora pegue está prancheta e selecione uma cor que não esteja marcada com xis.

Ao olhar, tinham no total quinze cores, tirando cinco ainda restava dez cores livres, escolheu no fim a cor denominada *i**o.

- Ótimo, agora pode se retirar.

Voltou para o corredor de espera, onde todos estavam quietos apenas se encarando uns aos outros, e na sua saída, alguns olhares vieram para ela, que só ignorou.

- Como foi? - Deise perguntará.

- Estranho, só foi estranho.

- Nem me diga...

Ficaram por mais um tempo, ali já estava ficando ruim, o fato de que todos presentes ali eram completos estranhos e desconhecidos piorava mais ainda a situação.

O homem alto, de cabelo loiro da barba preta,ou da barba preta e cabelo loiro levantou-se e foi a porta, ele começou a bater parecendo que ia destruir tudo.

Estava falando,ou gritando, não dava para entender, mas pelo jeito de suas falas,dava para saber que era um alemão.

Um médico abriu a porta, e falou com ele. Ele ficou mais puto ainda e começou a gritar, até que na porta de entrada entrou um outro homem, usava sapato marrom de estilo anos noventa, uma calça social e um casacão cinzento. Seu cabelo era branco de forma natural, assim como seus olhos, e sua aparência parecia ser de um jovem, rico aí da por cima a julgar pelo relógio de ouro que usava, claramente não era de ouro, mas era caro.

Ótimo,um rico agora,que bacana.

O médico apontou com o dedo para o ricasso que imediatamente foi para a sala. Passou pelo alemão que tinha sangue nos olhos, parecia que ia estourar a cabeça do rico na parede. A parede naquele tom de cor sem vida ficaria mais vivo com uma cor.

Esse aí é encrenca.

Ao perceber que encarava o alemão e ele devolveu o olhar, Eduarda desviou o olhar. O alemão pra sua sorte ficou recostado na parede.

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- Os dados de sangue já foram coletados senhor... - A enfermeira ficou em dúvida

- Durval Mattes. - Respondeu.

- Certo.

Preencha aqui seu formulário.

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Quem é esse rico aí hein? Chegou atrasado já, e já me irritou. O pior é que estes estão me encarando.

Olhou para uma mulher que encarava ele, ela pelo visto, ao perceber que ele devolveu o olhar tentou de forma fracassada disfarçar.

Tsk, estão me julgando pelo meu jeito pelo visto!

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Ele terminará de preencher a formulário.

- Ótimo, agora escolha uma dessas cores que estejam livres.

Ela mostrou as cores.

- Certo.

Isso é o de menos.

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Quem é esse cara que chegou? Tem um estilo marrento e arrogante, típico de gente rica.

Pensará consigo mesma. Abriu sua bolsa e tirou uma bala de café que pôs na boca e começou a chupa.

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A porta abriu, e o rico saiu de lá acompanhado de um dos médicos.

- Muito bem, agora que os exames foram feitos, vocês serão redirecionados para a sala de reunião. Por favor me sigam. - O médico saiu caminhando, com o ricasso do lado e o alemão indo atrás.

Vou ir por último.

Pensou Eduarda.

Todos fizeram uma fila e foram caminhando em direção as escadas; subindo se depararam com uma recepção ali na frente, com alguns armários, crachás e uma máquina de café com uma caixa de sanduíche.

Ótimo tô com fome, esqueci que não comi nada.

Os doces não dava para contar como alimento saudável, já que foi apenas para tirar o amargo da mistura de vinho com vodka, que estavam doce aliás.

- Vão na recepcionista ali e peguem suas chaves e crachás, o número da chave é correspondente com o dos armários é onde vocês deverão guardar seus pertences. Depois disso, podem entrar na sala e esperar. - Disse o médico que logo se retirou.

Eduarda ficará como última na fila, havia se distraído olhando para os sanduíches e cafés, apenas desejando comer um pouco.

Todos iam pegando suas chaves,indo aos seus respectivos armários,guardavam seus itens e iam pra sala, e finalmente chegou a vez de Eduarda, ela pegou a chave nove, e foi para o armário nove,onde pôs sua bolsa e o seu casaco, já que ali já estava quente, depois trancou o armário e foi para a sala, ao entrar,recebeu alguns olhares, mas não se importou, as cadeiras da parte lateral da mesa já estavam ocupadas, só sobrando as três cadeiras da ponta,onde de um lado estava Deiseane,no meio, o rico jovem de cabelo branco, e do lado dele estava livre, ou seja, o seu lugar, perto do rico e de um sujeito estranho. Todos estavam quietos. Ela se sentou. A sala ainda permanecia em silêncio, até ouvirem passos vindo de fora da sala, a porta se abriu, Eduarda virou-se para ver quem estava ali, e três pessoas entraram e foram para a frente, uma dessas pessoas já era um conhecido dela, talvez de todos ali. Abram Lincoln, com seus colares caros, calça social,um terno de no mínimo vinte mil, uma gravata má atada e sapatos de couro, muito feio aparentemente. Exibiu aquele seu sorriso quando olhou para ela.

Por quê Deus? O que eu fiz para merecer isso?

O outro era Héctor Gutierres, o Presidente Fundador da IMME, esse tinha os cabelos brancos,mas de velhice, com o seu rosto todo caído,suas papadas embaixo de seu queixo. Usava o mesmo estilo de roupa de Abram, só que sem colar, mas um relógio simples.

O outro homem ali, era um desconhecido completo, nunca o virá em lugar algum. Era alto, com sardas na cara, e com olhos cheios de olheiras.

Quando os três foram para a frente,sentaram-se e tiraram alguns papéis da gaveta da mesa. Héctor Gutierres, o Presidente Fundador se pôs em pé,pronto para falar.

Não sei nem um pouco de espanhol.

O outro homem se levantou e começou a distribuir uns aparelhos. Eram os tradutores rápidos, traduziam tudo ao mesmo tempo que era falado. Uma alta tecnologia.

- Muito bem, que bom que puderam vir a está reunião e muito bom que aceitaram estarem aqui! Vamos começar falando em relação ao objetivo principal dessa reunião.

Hum...

- Bom, como devem saber, a muito tempo atrás um planeta novo foi descoberto por este grande cientista historiador, Abram Lincoln! Ele, com sete anos de idade, foi apenas no telescópio de seu pai e descobriu um planeta novo, o Planeta que pela aparência tem dois elementos em um só, gelo e fogo, e nossa missão desde então foi de explorar este planeta, ver como é, se tem vida nele,se é apto para a vida humana...

- É fogo e gelo, como quer que tenha vida humana lá? - Perguntou o alemão com sua voz grossa.

- Não queremos que tenha vida, mas sim queremos ver se é apto para vida humana, o nosso mundo vai acabar algum dia, mas e se ele acabar e a raça humana continuar? Seria maravilhoso.

Ah, querem ser os heróis.

- Ah, então na realidade querem tirar os humanos da Terra e botar em um outro planeta? Para que continuamos com a nossa existência? Simples não é? Facinho! - Disse o alemão em tom de ironia.

Para um brutamontes,ele é esperto.

- Em outras palavras sim, mas não é só isso, queremos completar a missão que não foi completada a três anos atrás, como vocês trabalham aqui a maioria há uns dez ou mais anos, sabem do trágico acidente que deu, envolvendo os tripulantes da Missão de Exploração planeta Fogo-Gelo. Temos esperança de encontrarmos seus restos mortais e trazê-los de volta para a Terra,para que sejam enterrados. Recuperar a nave Skeld Doze também. Essa é a missão que queremos que vocês façam. - Sentou-se.

- Entendi... - Disse a jovem. - Então vocês querem nos mandar para o espaço para pegarmos cinzas e uma nave que tá no meio do nada, com o perigo de que possamos acabar da mesma forma, sem termos certeza se seria feito algo a respeito caso isso aconteça conosco. Somos totalmente desconhecidos, não temos intimidade com ninguém. - Apontou para ela e Deise. - Tirando as duas ali, mas enfim...

- Entendo... - Disse Abram.

- Você entende mesmo? - Pergunto o ricasso dos colares que estava ao seu lado.

- É claro, mas acontece que aquilo aconteceu por falha profissional. Então não se preocupem... - Outra pessoa, diferente, se levantou e começou a falar.

- Você tem noção o seu rico explorador de que esta "falha profissional" matou oito pessoas? Como podemos confiar de que o mesmo não acontecerá conosco? E se morrermos, nossos familiares ao menos saberão? Por que quando rolou o acidente, saíram boatos sobre o acontecido,mas o que a grande IMME fez? Simplesmente acobertou todo o caso e silenciou as famílias dos falecidos dando uns mil e poucos de dinheiro, e isso quando os boatos foram parar na mídia e estes famílias vieram com a justiça em busca da verdade! Depois vocês "desmentiram isso tudo e taparam o buraco com um tapete! E agora querem mandar mais gente para lá pra cima, pra que? Por causa de corpos que nem ossos ou pó tem mais, recuperar uma nave que os próprios cientista falaram que entrou na atmosfera de algum planeta e está lá! Sr nós morrermos nessa missão suicida, vocês irão acobertar e tentar de novo! - Ele se sentou e recebeu o apoio de alguns.

- Esse cara tem razão!

- É verdade.

- Tem boatos de que na outra reunião,aquele homem que fez aquele discurso lá e que brigou, foi silenciado por ordem de vocês! O que tem a dizer a respeito? - Perguntou outra mulher.

- É falso, e segundo, vocês tem razão em se preocuparem, afinal vocês tem família, trabalho e uma boa vida... é compreensível,mas eu garanto que nesses últimos três anos temos estudado e analisado tudo, arrisco dizer que nossos cálculos estão em duzentos porcento de acerto total!

- E eu arrisco dizer que estou em trezentos porcento de que é loucura isso! - Disse Deiseane.

Vou ter que ajudar.

- Concordo! - Disse.

- Por quê vocês não enviam... satélites espaciais? A idéia da IMME é ser uma empresa de tecnologia espacial, voltada para a exploração do Espaço, aliás "Instituto Mundial de Missões Espaciais",  uma empresa espalhada por várias partes do mundo, com os Países trabalhando em conjunto para a descoberta e exploração do que há lá encima, tem o apoio de mais de cem países, tem tecnologias altas em requisitos de qualidade e desenvolvimento, criadas por gênios. Então por que só não fazer isso? Poderíamos nós controlar estes satélites daqui, com eles estando lá! - Disse o rico.

Eduarda olhou para seu crachá.

Durval Mattes...

- Este homem tem razão! - Disse ela.

- Exatamente! - Concordou o alemão.

Os três estavam quietos ali, no caso os dois, já que o outro só estava de enfeite.

Abram Lincoln se levantou.

Lá vem.

- Compreendo o que querem dizer, e digo, nós já tentamos fazer isso, muitas vezes, mas sempre falhava, as falhas eram piores do que a que rolou na nave.

- Aliás, qual foi a falha de nave Skeld Doze que matou os tripulantes? Falam de "falhas" e falhas", mas nunca sequer falaram qual foi o motivo que causou o acidente. - Perguntou o alemão.

- Uma falha que não foi nossa, mas sim deles. O Reator, que era o núcleo de energia sobrecarregou, e como não foi arrumado, ele derreteu e liberou um gás tóxico que sufocou os tripulantes. Não foi falha nossa em específico, mas conversamos isso. - Justificou.

- E concertaram como? Fizeram o que?

- Melhoramos a capacidade de sobrecarga do Reator, mudamos o seu tipo de energia e tiramos o gás que tinha nele! Pode parecer ser pouco, mas foi o suficiente para que a chance de sobrevivência de vocês aumentasse em uns noventa porcento! - Disse Abram.

- Então temos dez porcento de chance de morrer? Não parece muito convincente. - Falou a jovem.

- Noventa porcento somente o Reator, porque a nave em si, é cem porcento de garantia de que vocês poderão ir e voltar quatro vezes sem perigo algum! - Abram continuava a insistir naquilo. - Então, dúvidas?

- Por quê iríamos quatro vezes? Ir, voltar,ir e voltar com qual finalidade? - Perguntou o tal do Durval.

- Foi só um exemplo exagerado, não é como se de fato vocês fossem ir e voltar quatro vezes. A nave até pode ir, mas vocês não.

- E por quê? - Pergunto o outro homem.

- A missão de vocês é ir e resgatar o Skeld Doze e os corpos dos falecidos. Depois outros irão para a missão de exploração. Entendem?

Todos concordaram apenas balançando a cabeça.

- Mas vamos ganhar o que com isso? Título de heróis espaciais? - Perguntou o alemão, cujo nome parecia ser Astölf.

- Só por isso, irão ganhar cada um de vocês, trinta bilhões!

Todos ficaram boquiabertos, incluindo Eduarda. Como que seria possível ganhar aquilo tudo só indo para o espaço buscar restos mortais e uns cacos velhos de uma nave velha que nem se sabe onde está?

- Não estão falando sério estão? - Perguntou Deise.

- O preço inicial era de dez, mas levando em consideração o perigo extremo, aumentamos um pouquinho. - Abram sorriu.

Espera, dez bilhões seria o preço inicial?

Aquilo certamente atacou bem no ponto ganancioso de todos ali. Até Eduarda ficou em dúvida se agora mudaria sua decisão.

- Vocês terão tempo para pensar um pouco. Agora podem ir para a recepção comer um pouco e pensarem a respeito. Peguem este contrato, leiam e pensem um pouco. Temos tempo.

Todos pegaram os seus contratos e saíram para a recepção; Eduarda pegou dois sanduíches e um copo de café sem açúcar, sentou-se em uma cadeira e começou a ler enquanto comia o sanduíche e tomava o café.

- Não esperava você aqui Beta! - Abram lhe disse, e ela rapidamente baixou a folha. Ele olhou para seu peito onde havia o seu crachá,com o seu nome real. - Ou melhor... Eduarda...

- Ah... - Ela não soube falar.

- Então, você já sabe o que vai fazer? Vai aceitar ou não? É uma boa grana que tem aí não acha? - Ele se sentou ao seu lado,com a mão apoiada na cabeça e com as pernas cruzadas.

- É, sim...com certeza... - Ela estava desconfortável.

- Olha,decida por si mesma okay? Pense em você,beleza? - Ele saiu.

O que?

Deiseane veio ao seu encontro e ficou sentada ao seu lado.

- E então, você já assinou?

- Eu nem li direito ainda, e nem tenho caneta.

- Tem ali em cima da mesa da recepcionista.

- Você assinou o que? - Perguntou.

Ela suspirou.

- Eu assinei que sim, aceitei os termos. - Deise parecia estar triste.

- E por que está triste? Parece que você não quer fazer isso.

- Fiquei com medo de saber a sua reação, mas é que é muito dinheiro pra eu só jogar fora, com isso, eu poderei pagar a cirurgia da minha mãe e pagar um bom advogado para ter a guarda do meu filho!

Deiseane era uma mãe divorciada, ela havia perdido a guarda do filho depois que seu ex-marido havia dito que ela escondia coisas ilícitas dentro de casa. Aquilo não passava de uma armação,tudo para que ele não pagasse pensão.

- Eu sei amiga, não te julgo,entendo sua decisão. E eu também preciso desse dinheiro. E é por isso que eu vou ali assinar. Vamos para o espaço juntas! - Eduarda sorriu.

- Vamos lá então! - Concordou Deise.

Eduarda levantou-se e foi a mesa da recepcionista, onde em cima tinha uma caneta, ela pegou e assinou.

Não tenho volta.

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