A travessia pelo portal não foi como Steve lembrava. Ao invés da tradicional escuridão seguida pelo surgimento das ilhas flutuantes, ele sentiu como se atravessasse uma espiral de memória e código, flashes do mundo sendo destruído: aldeias desaparecendo, animais corrompidos, blocos sumindo em poeira de dados.
Quando emergiu do outro lado, caiu de joelhos.
— O quê...
O Fim não era mais o mesmo. Onde antes havia vastas planícies de pedra do fim e torres de obsidiana, agora havia fendas abertas no céu escuro. Blocos giravam lentamente, como órbitas quebradas, e filetes de código flutuavam no ar, como se o próprio espaço estivesse tentando se reconstruir a cada segundo.
Elyd surgiu ao seu lado, o corpo vibrando com a energia do lugar.
— Isso está... morrendo — disse Steve, com a voz embargada.
"O Fim está sangrando. Sem o fragmento, ele será o primeiro a desaparecer."
Steve notou formas se mexendo nas sombras: Endermen corrompidos, com olhos vermelhos em vez de roxos, gritando sem som, teleportando-se aleatoriamente como se estivessem perdendo o controle de si mesmos.
— Onde está o fragmento? — perguntou Steve.
"No topo da torre central. Onde o Dragão nasceu."
Steve olhou para o horizonte. A torre mais alta ainda estava lá, mas agora coberta por uma névoa negra que parecia consumir qualquer coisa que se aproximasse. E havia outra coisa.
O Dragão do Fim... não era mais apenas uma criatura.
Agora, ele tinha fragmentos de código expostos, olhos brancos e veias de Redstone brilhando como circuitos vivos. Era como se tivesse sido reescrito. Uma entidade de defesa… corrompida.
— Teremos que enfrentá-lo — disse Steve, puxando sua espada.
Elyd colocou uma mão em seu ombro.
"Se atacar... ele destruirá tudo. Mas se purificarmos o fragmento... talvez ele se lembre do que era."
Steve olhou para o centro da torre, onde uma luz vermelha pulsava no topo.
— Então vamos subir.
A escalada foi insana. Blocos flutuantes sumiam enquanto eles saltavam, as torres cuspindo explosões de código instável. Mas Elyd usava seus poderes de teleporte para ajudar Steve, criando caminhos e desviando de ataques.
Chegaram ao topo com o dragão voando em círculos lentos, observando. Como se sentisse algo... familiar.
Steve se aproximou do fragmento. Era uma pedra brilhante, flutuando sobre uma mesa de código, pulsando luz vermelha viva.
Ao tocá-la, imagens invadiram sua mente: crianças jogando juntas, construindo casas, rindo, criando aventuras. Tudo aquilo que fez Minecraft ser o que era.
E no centro, uma emoção poderosa: amor pela criação.
O fragmento respondeu.
Ele brilhou intensamente, e uma onda de energia se espalhou pelo Fim. O céu se estabilizou por um instante. Endermen pararam de se corromper. Até o dragão hesitou no voo.
Mas então… algo interferiu.
Uma sombra surgiu na borda do horizonte. Escura como o próprio vazio. Um código sem nome, sem forma. Null.
Ele gritou em distorções:
"VOCÊS NÃO PODEM RESTAURAR O QUE JÁ FOI ESQUECIDO."
E com isso, lançou um pulso negro que derrubou Steve da torre. Elyd agarrou-o no ar, teleportando-os para o chão, ofegantes.
Steve olhou o fragmento, agora brilhando fraco em sua mão.
— Temos o primeiro... mas ele nos viu.
Elyd assentiu, seus olhos sombrios com uma tristeza silenciosa.
"Null acordou. E ele virá."
Steve fechou a mão sobre o fragmento e encarou Elyd.
— Então vamos estar prontos. Vamos achar os outros. Juntos.
E pela primeira vez, o Enderman sorriu.
Momento autora e ???
Bastidores da história. A AUTORA está sentada em uma cozinha aconchegante, revisando os últimos diálogos de Steve e Elyd, quando percebe… algo está errado. Muito errado.]
AUTORA:
“Okay... cena cinco concluída, emoção no ponto certo, agora só preciso de... uma recompensa.”
(abre a geladeira animada)
Cadê...?
(pausa dramática)
CADÊ MEU BOLO?!
??? (do corredor, com a voz mais inocente possível):
Ué… sumiu?
AUTORA: (olhando a bandeja vazia)
Sumiu não, foi roubado. Comido. Devorado.
(Ela sai da cozinha em modo de perseguição.)
AUTORA:
Você. Comeu. Meu. Bolo.
??? (com farelos de chocolate na camisa):
Foi só o topo... e o recheio... e talvez o fundinho.
AUTORA:
EU IA COMEMORAR A CENA COM ELE!
??? (já correndo pela casa):
Desculpa, tava muito simbólico! Amor, chocolate... achei que combinava com o tema da história!
AUTORA: (correndo atrás dele com uma colher de pau):
Então toma o tema da colherada! Volta aqui, editor guloso!
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Atualizado até capítulo 25
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