cap 2

Capítulo 2: Entre Uvas e Lembranças

Local: Vinhedo ao Entardecer — Três Dias Depois

O sol começava a se pôr, tingindo o céu com tons de laranja e violeta. Enzo caminhava entre as parreiras, colhendo uvas maduras com uma cesta de vime presa ao braço. Seu olhar era tranquilo, e o sorriso que usava ao ver Viktor se aproximar carregava mais do que felicidade — era serenidade.

— Você anda ficando bom nisso — comentou Viktor, aproximando-se por trás e passando os braços ao redor da cintura de Enzo.

— Eu sou bom em tudo que faço — respondeu ele, rindo.

— Presunçoso.

— Verdadeiro.

Trocaram um beijo leve, como se fossem parte do próprio campo.

Na cozinha do chalé, ao final da colheita, prepararam juntos uma refeição com os produtos da terra: pão artesanal, queijo local, tomates frescos e uma garrafa de vinho feito na região. Enzo cortava os ingredientes enquanto Viktor lia em voz alta um trecho de um antigo romance italiano. O riso vinha fácil, e os toques eram constantes — nos ombros, nos quadris, nos dedos que se encontravam por acidente e permaneciam entrelaçados.

Após o jantar, subiram para o quarto. As janelas abertas deixavam entrar a brisa fresca da noite, e o som de grilos preenchia o ar. Enzo se deitou sobre Viktor, a cabeça no peito dele, ouvindo o bater do coração que agora conhecia de cor.

— Você ainda sonha com o passado? — perguntou, com voz baixa.

Viktor hesitou por um segundo.

— Às vezes. Mas quando acordo e você está aqui, tudo faz sentido. Você é meu hoje. E meu amanhã.

Enzo levantou o rosto e o beijou, com ternura e desejo.

Fizeram amor com calma, sem urgência. Tocando cada centímetro um do outro como se redesenhassem o corpo amado com as mãos. Quando terminaram, adormeceram abraçados, os corpos entrelaçados sob os lençóis de linho branco.

Naquela casa de pedra, perdida entre uvas e estrelas, dois homens feridos encontraram mais do que cura — encontraram um lar.

Momento autora e o ???

??? (com um sorriso maroto):

Posso sugerir um final alternativo pro seu livro? O vilão se redime, vira confeiteiro e dedica sua vida a fazer bolos pra protagonista.

AUTORA (fazendo cara de indignada):

Você quer transformar minha história sombria num conto de fadas açucarado?

??? (fingindo seriedade):

Açúcar vende, minha deusa. E imagina a cena: o vilão ajoelhado, oferecendo um cupcake como pedido de perdão...

AUTORA (rindo alto):

Se continuar assim, vou te escrever como personagem. O marido fofo, submisso e um pouco bobinho. Vai morrer na página 10 tentando fazer panquecas.

??? (fingindo estar ofendido):

Morrer de quê? De amor?

AUTORA (cruzando os braços, teatral):

Não. De incêndio na cozinha. Porque você confundiu farinha com sabão em pó.

??? (com um gesto dramático, caindo de joelhos):

Oh, trágico destino! Morro como vivi: tentando te agradar… e errando feio.

AUTORA (jogando uma almofada nele):

Sai da cozinha, palhaço. Vai lavar a louça antes que eu mude o final do livro só pra me vingar.

??? (pegando a almofada, sorrindo):

Sim, senhora. Mas só se eu ganhar spoiler do próximo beijo do casal principal.

AUTORA (erguendo a sobrancelha com um sorriso):

Talvez. Se você secar tudo sem deixar uma gota d’água na pia.

??? (indo em direção à pia, marchando):

Por você, até enxugo o universo.

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