Um frio terrível, parece que estava cortando minha carne, eu não conseguia me mexer.
Com muito custo consegui abrir os olhos, percebi que ainda estava escuro e eu não estava mais na água, mas como eu saí de lá eu não sei, só me lembro de cair na água e parecia realmente que ali não tinha fundo então algo me fez reagir pois já estava perdendo o sentido e iria me afogar.
Comecei a bater meus pés e minhas mãos até conseguir chegar na superfície por fim consegui recuperar o fôlego, e estava tudo muito escuro, tentei enxergar alguma coisa mas nada então fui nadando sem rumo e minha sorte foi que não tinha muitas pedras, não sei por quanto tempo fiquei naquela água entre correntezas e águas calmas eu fui levando e na adrenalina eu não sentia nada, meu corpo parecia dormente, e provavelmente eu desmaiei ou me perdi no tempo mas agora eu estava ao lado do rio e não ouvia mais barulho de nada só de corujas e alguns uivos distantes que com certeza eram lobos, eu sabia que ali estava exposta e em perigo mas não tinha o que fazer eu não tinha mais forças.
Adormeci.
Acordo assustada com a sensação de que estava sendo observada, e quando abro os olhos meu coração quase sai pela boca, deveria ter no mínimo uns 10 homens ao meu redor, eu tenho certeza que mudei de cor e fora o medo que me deu, será que era desses homens que eu havia fugido a noite? Alguma coisa me dizia que não.
Percebi eles me olhando e só agora me dei conta que devia estar quase nua, e tive a certeza que estava exposta quando um deles que parecia o chefe ou o que dava ordens, desceu do cavalo em que estava e com uma cara fechada tirou o sobretudo que ele vestia e me estendeu sem dizer uma palavra mas o olhar dele era frio e penetrante, agradeci com um leve balançar de cabeça peguei a vestimenta e tentei me levantar mas minha cabeça girou e eu só não desmontei porque o mesmo homem me segurou forte e esse contato foi como uma brasa queimando o meu corpo, uma eletricidade que mesmo sem ter minha memória eu sabia que isso eu nunca tinha sentido, e parece que ele também sentiu algo pois da mesma forma que me segurou ele me soltou, de certa forma até com brutalidade.
Então peguei o sobretudo e me cubri e eles continuavam me olhando, até que ele resolveu me perguntar.
Claus
Acordo cedo e como sempre junto alguns homens e vou fazer uma ronda pela fazenda, me chamo Claus Rafael e sou um grande empresário do ramo de plantações de café, exporto café para o mundo inteiro minha fazenda e uma das maiores do Brasil e mais rentável nesse ramo.
Tenho terra que não acaba mais e todas produtivas, eu cuido de tudo com a ajuda de funcionários de confiança tenho vários gerentes em cada parte da fazenda.
A dois anos resolvi tirar uma pequena parte da fazenda pra plantar parreiras, e estava dando muito certo, apesar de que precisava de muito cuidado, mas tinha se tornado meu xodó, eu ainda estava comprando maquinário pra produzir sucos e vinhos, estava tudo quase pronto e eu estava muito feliz com essa nova empreitada.
Sai com meus homens e quando já estávamos terminando a ronda e chegando perto do rio pra nossa surpresa vimos uma mulher deitada ao lado do rio, soube que era uma mulher porque de longe dava pra ver a silhueta ela estava deitada de lado e pelo visto estava com as vestes rasgadas, chegando mais perto percebi que ela estava bastante machucada mas estava viva pois se mexia, quando chegamos perto ela foi se acordando e eu percebi que ela estáva assustada e envergonhada, então resolvi dar meu casaco pra que ela se cobrisse, e sem falar nada entreguei o casaco a ela que nesse momento tentou se levantar mas na mesma hora parecia que ia cair, então a segurei, o que foi meu erro pois nesse momento passou pela gente uma corrente elétrica que me deixou sem ação.
A soltei na hora.
Então resolvi falar com ela precisava saber quem era e o que estava fazendo aqui.
- Quem e você e o que está fazendo aqui nas minhas terras?
Ela me olhou e deu pra perceber que ela estava sem entender ou melhor, estava perdida.
Ela me olhou e balançando a cabeça e me disse :
- Eu não sei quem eu sou e muito menos o que eu estou fazendo aqui.
A voz dela era baixa aveludada e tinha um tom de medo ansiedade, era uma voz de alguém que realmente estava perdida, o olhar dela era vago e pelo sangue nos cabelos ruivos e na roupa, dava pra ver que ela estava machucada na cabeça, mas ela não me parecia uma mulher qualquer, pelo jeito e apesar de ela estar bem machucada e rasgada dava pra ver que a roupa dela era de qualidade e as unhas que sobraram intactas pareciam unhas cuidadas.
Vou levar ela pra minha casa e ver o que poderia fazer pra ajudar essa mulher não poderia deixar ela jogada ali naquele lugar, e outro ponto importante, eu era um homem que adorava desafios e essa mulher me intrigava, eu tinha que descobri o que ela escondia, ou porque ela estava nessa condição de aminesia, iria chamar meu médico de confiança pra olhar e ver se realmente ela estaria esquecida ou estaria mentindo pra mim. Falo pra ela:
- Vamos até minha casa você precisa se cuidar, pode ficar tranquila que aqui somos gente de bem, ninguém vai te fazer mal, você vai ficar protegida também até saber o que te aconteceu e vou pedir para o médico vir te olhar pois sua cabeça tá sangrando.
Venha.
Ele estendeu a mão a ela que segurou firme e então ele a pegou pela cintura como se pegasse uma pena e a colocou no cavalo e em seguida com agilidade subiu na garupa olhou para os homens e pediu a eles que terminassem a ronda, que ele levaria a visita pra casa.
Segurou firme na rédea e foi direto pra casa.
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Atualizado até capítulo 29
Comments
Dulce Gama
parabéns autora a história está só começando mas já está boa de mais posta más /Rose//Rose//Rose//Rose//Rose//Rose//Gift//Gift//Gift//Gift//Gift//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Good//Good//Good//Good//Good//Good/
2025-05-13
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