Ajuda com o guarda roupas

Droga, a comida...

Meu estômago roncou alto como se quisesse reforçar a urgência do problema. Mas sair agora estava fora de questão. Se eu deixasse o apartamento justo quando os entregadores chegassem, teria que esperar ainda mais para finalmente ter um lugar decente para dormir e viver.

Suspirei, jogando-me no colchão fino no chão. O apartamento estava frio e vazio, e, apesar de já ter algumas coisas, ele ainda não parecia meu. Só as paredes brancas, os poucos pertences que trouxe comigo e um silêncio esmagador.

Peguei o celular e abri o único aplicativo que ainda parecia fazer sentido: bloco de notas.

"Coisas para fazer:"

✔ Comprar casaco (feito, obrigada ao inverno por me obrigar a tomar juízo)

✔ Comprar móveis essenciais (praticamente feito)

☐ Comprar comida (grande erro não ter feito isso antes)

☐ Ir à terapia (meu Deus, preciso dessa terapia logo)

☐ Tornar esse apartamento um lar (missão de longo prazo)

Fechei a tela e suspirei. Por um momento, pensei em tirar um cochilo, mas o frio e o desconforto do colchão sem cobertas tornavam essa ideia nada atraente.

Então, levantei-me e comecei a explorar meu próprio apartamento, mesmo sabendo que não havia muito o que ver.

O quarto era pequeno, mas tinha um potencial aconchegante. Uma única janela deixava a luz fraca da manhã entrar, destacando a poeira que ainda precisava ser varrida. Toquei a parede ao lado da cama, imaginando como seria ter quadros ou prateleiras ali. Pequenos detalhes para preencher o vazio.

Na "sala", que na verdade era apenas uma extensão do quarto, o grande tapete que carreguei heroicamente precisava ser desenrolado. Decidi que essa seria minha missão.

Ajeitei-o no chão e, quando finalmente estendi toda sua extensão, senti um alívio estranho. Ele era macio sob meus pés descalços, e por um breve momento, o ambiente pareceu menos solitário. Pequenos avanços.

Fui até o banheiro, abri a torneira da pia e joguei um pouco de água no rosto. O reflexo no espelho me encarava de volta. Odessa Gray.

Ou melhor... Kiara, fantasiada de Odessa.

Era estranho ainda me acostumar ao novo nome.

Abaixei a cabeça e apoiei as mãos na pia.

Eu estava segura agora, certo? Longe de Ethan. Longe do passado.

E, ainda assim, o medo ainda se agarrava a mim como uma sombra insistente.

Respirei fundo e voltei para o quarto, sentando-me no chão. Peguei o celular de novo e, sem pensar muito, digitei uma mensagem para minha antiga psicóloga.

"Oi... Acabei de chegar no apartamento novo. Ainda me acostumando com tudo, mas estou bem. Obrigada por se preocupar. Vou marcar um horário com sua irmã ainda hoje. Espero que esteja bem também. Beijo."

Não esperei resposta. Apenas deixei o celular ao lado e abracei os joelhos, olhando para o nada.

Eu precisava preencher aquele espaço. Fazer algo. Qualquer coisa.

Levantei-me de novo e fui até a sacola onde trouxe algumas poucas coisas de Oregon. Dentro dela, encontrei um caderno antigo que já estava um pouco desgastado, mas ainda inteiro. Era meu velho diário, um hábito que havia abandonado há muito tempo.

Sentei-me no tapete e o abri, passando os dedos pelas páginas antigas. Algumas folhas continham textos do passado—versões mais jovens de mim mesma, escrevendo sobre a faculdade, sobre sonhos, sobre um amor que parecia perfeito antes de se transformar em um pesadelo.

Passei para uma página em branco e encarei a caneta em minhas mãos.

E então comecei a escrever.

"Hoje é meu primeiro dia oficialmente sozinha. Parece libertador e assustador ao mesmo tempo. Ainda não sei exatamente quem sou nessa nova vida, mas sei quem não quero ser. Não quero ser aquela garota frágil e quebrada que ele tentou transformar. Quero ser forte. Quero encontrar minha paz. Sei que isso levará tempo, e tudo bem. Por hoje, me permito apenas existir. Odessa existe. E isso já é um começo."

Fechei o caderno e soltei um longo suspiro.

Lá fora, ouvi um barulho. A campainha.

As encomendas finalmente chegaram.

Levantei-me do chão, ajeitei os cabelos rapidamente com os dedos e fui até a porta. Quando a abri, me deparei com dois homens segurando caixas e sacolas pesadas.

— Entrega para Odessa Gray? — perguntou um deles, conferindo uma prancheta. Ele era alto, forte, com uma barba rala e uma expressão de cansaço que indicava que aquele não era o primeiro nem o último frete do dia. O crachá no uniforme dizia "Mike".

— Sim, sou eu. Pode entrar.

O outro entregador, um rapaz mais jovem e magro, com um boné de beisebol virado para trás, empurrou um carrinho onde estavam empilhados os pacotes maiores.

— Uau, você comprou uma mudança inteira! — brincou ele, olhando para a pequena sala praticamente vazia. — Se precisar de ajuda para montar tudo, por um precinho justo eu e o Mike damos um jeito.

Mike revirou os olhos.

— Damon, por favor, não assuste a cliente.

Dei uma risada rápida, mas balancei a cabeça.

— Obrigada, mas por enquanto só preciso que deixem tudo nos lugares certos. Se eu precisar de uma força depois, eu grito.

— Beleza! Então, onde quer a geladeira? — perguntou Mike, já segurando um dos lados do enorme eletrodoméstico.

Parei por um momento. Meu cérebro ainda não havia se acostumado com a ideia de "organizar um apartamento do zero".

— Ah… ali na cozinha, por favor.

Se é que dá pra chamar aquele cantinho de cozinha…

Os dois carregaram a geladeira com facilidade, encaixando-a ao lado da pia. O barulho do motor ligando foi a coisa mais satisfatória que ouvi em dias.

— E o fogão?

— Do lado da geladeira.

Mike e Damon se entreolharam, parecendo avaliar o espaço, mas não questionaram. Posicionaram o fogão com cuidado, testando se estava firme no chão.

— Agora… o guarda-roupa.— Damon olhou para a caixa enorme, depois olhou para mim. — Você tem certeza que vai conseguir montar isso sozinha?

Olhei para a caixa. Olhei para ele. Olhei para a caixa de novo.

— Absoluta.

Mentira.

Mike apenas deu de ombros e empurrou a caixa pesada para dentro do quarto.

— E esse tapete gigante? — perguntou Damon, chutando de leve o embrulho enorme que eu carreguei sozinha no caminho para casa.

— Já desenrolei um na sala, esse eu quero no quarto.

Damon deu um assobio baixo.

— Você gosta mesmo de tapetes, hein?

— Me julgue. Tapetes deixam tudo mais aconchegante.

Ele riu e arrastou o pacote para o quarto, deixando-o encostado na parede.

Depois de mais algumas caixas pequenas sendo posicionadas pelos cantos, os dois entregadores finalmente terminaram.

— Pronto, tudo entregue e no lugar! — disse Mike, anotando algo na prancheta. — Só assinar aqui e estamos liberados.

Peguei a caneta e assinei, agradecendo novamente.

— Se precisar de mais alguma coisa, a loja tem serviço de montagem, tá? Só ligar.

— Valeu, eu vou considerar.

Damon abriu um sorriso travesso.

— Considerar? Você vai ligar, eu tenho certeza.

Os dois se despediram e saíram, deixando-me sozinha com minha nova "quase casa".

Suspirei e olhei ao redor.

Agora, pelo menos, eu tinha um pouco mais de conforto.

Mas ainda faltava muito para que aquele lugar realmente parecesse um lar.

Estava desempacotando o guarda roupas quando me dei conta de que não tinha nenhuma ferramenta para realizar a montagem do mesmo.

Já são cinco da tarde e aproveitei para ir até a faculdade precisava arrumar meus documentos para dar início às aulas. me agasalhei e fui para a luta nesse frio.

Enquanto caminhava pelas ruas frias de Chicago, sentindo o vento cortar meu rosto, amaldiçoei mentalmente minha própria falta de planejamento. Como eu pude esquecer algo tão básico quanto ferramentas para montar um guarda-roupa? Agora, além de ter minhas roupas espalhadas pela casa, ainda teria que olhar para aquela caixa enorme me encarando no canto do quarto, zombando da minha incompetência.

— Ah, porra... — murmurei para mim mesma, cruzando os braços para tentar reter um pouco de calor. — Devo incomodar o vizinho com meus problemas particulares? Melhor não.

A última coisa que eu queria era parecer a nova vizinha carente que bate na porta do primeiro conhecido para pedir favores. Além disso, Oliver parecia um tipo reservado, e o cão dele... bem, nem se fala.

Respirei fundo e continuei andando, me obrigando a pensar em algo mais produtivo. Eu precisava me concentrar na faculdade. Era o começo de um novo ciclo, e eu não poderia estragar tudo logo de cara.

Chegando à universidade, fui direto até a secretaria. O prédio era moderno, com corredores largos e movimentados. Estudantes passavam apressados, segurando livros e copos de café, e eu tentava ignorar o pequeno nervosismo que crescia em meu peito.

— Boa tarde, vim entregar meus documentos para a matrícula. — anunciei assim que cheguei ao balcão.

A mulher atrás da mesa ergueu os olhos para mim. Ela tinha cabelos castanhos presos em um coque firme, óculos na ponta do nariz e uma expressão séria, mas não hostil.

— Senhorita Gray?

Assenti, e ela se levantou, estendendo a mão.

— Sou a Senhorita Morello, diretora da universidade. Estávamos esperando por você.

Apertei sua mão rapidamente, surpresa com a recepção formal.

— Em qual turno deseja se matricular?

— Pela manhã, por favor.

A diretora anotou algo em um papel, então ergueu os olhos novamente.

— Deseja se inscrever em algum time?

Pisquei, confusa.

— Time?

— Sim, temos algumas atividades extracurriculares. Para garotas, oferecemos xadrez, a equipe do jornal da escola e o time de líderes de torcida.

Líder de torcida? Nem em um milhão de anos.

— Atualmente, não quero nada no momento.

Morello apenas assentiu, pegando um carimbo e marcando minha ficha com um movimento firme.

— Tudo bem. Isso é tudo. Bem-vinda à universidade.

Peguei meus documentos e dei um sorriso educado.

— Obrigada.

Saí do prédio sentindo um pequeno peso ser retirado dos meus ombros. Agora estava oficialmente matriculada.

Enquanto voltava para casa, já sentia a temperatura cair ainda mais. Me encolhi no casaco, andando rápido pelas ruas iluminadas pelos postes. As pessoas já começavam a sair do trabalho, enchendo as calçadas de passos apressados e buzinas impacientes.

Foi então que, ao dobrar a esquina do meu prédio, dei de cara com meu vizinho.

Oliver estava caminhando distraído, os olhos presos na tela do celular, segurando a coleira de Vance, o pequeno demônio de quatro patas.

Só que "pequeno" era a última palavra que eu usaria para descrever aquele monstro.

— Misericórdia... o tamanho desse cão... — sussurrei para mim mesma, sentindo um arrepio percorrer minha espinha.

Vance notou minha presença antes mesmo de Oliver. Suas orelhas se ergueram, e ele parou abruptamente, como se tivesse detectado uma ameaça. Eu, no caso.

Tentei fingir que não vi, tentei desviar para o outro lado da calçada, mas já era tarde demais. O doberman soltou um latido forte, que fez meu coração quase pular pela boca.

Oliver finalmente tirou os olhos do celular e olhou para mim.

— Vance, sério? Você tem que fazer isso toda vez? — ele suspirou, apertando a coleira com mais firmeza. — Ele não morde.

Não parecia muito convincente.

Fiz uma tentativa patética de sorrir, sem tirar os olhos do cachorro.

— C-claro, bem simpático ele com esses dentes enormes e afiados, né?

Oliver riu, finalmente prestando atenção em mim.

— Você é muito medrosa.

— E você confia demais nesse cão do inferno.

Ele arqueou a sobrancelha, parecendo se divertir com minha reação.

— Quer fazer um carinho nele?

— Não, eu amo o braço que ainda tenho.

Ele soltou outra risada curta e deu um tapinha na cabeça de Vance, que parecia me encarar com escárnio.

— Relaxa. Se ele quisesse te comer viva, já teria tentado.

— Ah, ótimo, agora me sinto muito mais segura.

Oliver balançou a cabeça e voltou a olhar o celular, claramente pouco preocupado com o terror ambulante que chamava de cachorro.

Aproveitei a distração para me afastar discretamente.

— Afinal... Não quero parecer uma vizinha pidona, mas você teria uma furadeira? — perguntei, tentando soar casual. — Comprei um guarda-roupa, mas fiquei com dó dos entregadores, então não pedi para montarem...

Oliver levantou os olhos do celular e me olhou com uma expressão neutra.

— Tenho sim. Posso levar para você, se quiser.

— Sério? Ah, obrigada!

— Sem problemas.

— Bom, então... Boa noite, Oliver! — me apressei para entrar no prédio, antes que ele percebesse que eu estava praticamente fugindo.

Ele riu baixo e acenou.

— Boa noite, Odessa.

Oliver apareceu na minha porta com muito mais do que apenas uma furadeira. Ele segurava uma maleta de ferramentas tão grande que parecia ter sido roubada de algum mecânico.

— Nem tenta argumentar. Sei que você vai precisar disso. — disse, me entregando a maleta com a autoridade de quem já tinha visto muitas vizinhas desesperadas antes.

— Nossa, que clarividente... — murmurei, pegando a maleta com ambas as mãos, já que o peso dela ameaçava deslocar meu ombro. — Obrigada, Oliver.

— Se precisar de ajuda...

— Desde que seu demônio de quatro patas não venha junto...

Ele riu.

— Relaxa, Vance está em casa. E se eu deixar ele solto aqui, capaz dele montar o guarda-roupa sozinho.

Revirei os olhos, mas não discuti. Aceitar ajuda parecia mais sensato do que passar três dias dormindo com minhas roupas espalhadas pelo chão.

Oliver arregaçou as mangas e se ajoelhou ao lado das peças desmontadas. Foi aí que reparei em suas tatuagens. Seu antebraço era coberto por desenhos, e havia uma palavra escrita no pescoço: "Savage" ou algo parecido. Eu não olhei por muito tempo para não parecer uma maluca.

— Me passa a chave de fenda. — pediu ele, focado na montagem.

Peguei uma ferramenta aleatória da maleta e entreguei para ele, confiante.

Ele olhou para minha escolha, depois para mim.

— Isso é uma Phillips.

Fiz cara de quem entendeu tudo, mas por dentro já estava questionando minha existência.

Oliver suspirou, se levantou e pegou a chave certa.

— Eu sabia que você não conseguiria montar sozinha. — disse, com um pequeno sorriso de vitória.

— Ei! Eu nunca disse que sabia diferenciar ferramentas, só achei que tinha cara de chave de fenda!

Ele apenas riu e voltou a montar o guarda-roupa, enquanto eu aceitava que talvez devesse ter assistido a alguns tutoriais no YouTube antes de me meter nessa.

Continuamos a montagem do guarda-roupa, com Oliver claramente se divertindo com minha completa inaptidão para ferramentas. Ele trabalhava com eficiência, enquanto eu servia de assistente inútil, entregando peças erradas e perguntando coisas óbvias.

— Isso aqui encaixa aqui? — perguntei, segurando uma tábua.

Oliver olhou para mim como se eu tivesse perguntado se o céu era azul.

— Isso é a parte de trás do guarda-roupa, Odessa. A gente coloca no final.

— Ah… Eu sabia. Só tava testando se você sabia.

Ele riu baixo e voltou ao trabalho. Mas depois de alguns minutos de silêncio, percebi algo peculiar: Oliver era absurdamente quieto quando se concentrava. O ambiente ficou tão silencioso que eu conseguia ouvir a furadeira na casa do vizinho do lado, um cachorro latindo no andar de baixo e até minha própria respiração.

— Meu Deus, você é muito quieto. — comentei, tentando aliviar o clima.

Ele nem olhou para mim, apenas deu de ombros.

— Eu gosto do silêncio.

— Pois é, mas tá ficando desconfortável. Pode falar qualquer coisa aleatória só pra preencher o vazio?

— Tipo o quê?

— Sei lá, qualquer coisa! Fala do tempo, reclama da vida, comenta sobre a crise econômica mundial…

Ele riu, um riso baixo e rouco.

— O tapete que você comprou é feio.

Arregalei os olhos.

— O QUÊ?!

— É feio. Parece coisa da casa da minha avó.

Coloquei a mão no peito, fingindo ofensa.

— Primeiro, que afronta com sua avó. Segundo, MEU TAPETE É LINDO!

— É cafona.

— Você é cafona!

Ele apenas sorriu, satisfeito com minha indignação.

No fim, o silêncio não parecia mais tão desconfortável.

Oliver terminou de montar o guarda-roupa e começou a guardar suas ferramentas na maleta. Ele fazia isso com eficiência, como se já tivesse feito centenas de vezes antes. Eu apenas o observei, ainda um pouco impressionada com o fato de que agora eu tinha um móvel montado sem precisar chamar um profissional—ou pior, tentar sozinha e acabar destruindo tudo.

Enquanto ele encaixava a última chave inglesa no lugar, jogou a pergunta no ar:

— Afinal... por que você se mudou pra cá? — perguntou sem me olhar. — Digo… você não trouxe nada além de roupas?

Minhas mãos, que dobravam uma blusa no automático, pararam por um segundo. Meu cérebro travou em busca de uma resposta que não parecesse suspeita, mas que também encerrasse o assunto rápido.

— Oliver, obrigada pela ajuda. — soltei, com um sorriso educado e forçado, desviando completamente do tópico.

Ele ergueu as sobrancelhas, percebendo minha tentativa descarada de mudar de assunto.

— Ah… porra… falei mais do que devia… — murmurou, balançando a cabeça como se xingasse a si mesmo mentalmente. — Desculpa, Odessa. Boa noite.

Ele se levantou rapidamente, fechou a maleta e caminhou até a porta. Eu o acompanhei, sem saber bem o que dizer. Assim que ele entrou no próprio apartamento, seu cachorro, aquele doberman demoníaco chamado Vance, saltou no colo dele com animação. Oliver tropeçou para trás, resmungando, enquanto o cão tentava lamber seu rosto.

Não consegui evitar um pequeno sorriso. Por mais assustador que aquele cachorro fosse para mim, era engraçado vê-lo tratando Oliver como se ele fosse feito de bacon.

Fechei minha porta e me encostei nela por um momento, soltando um longo suspiro.

Depois de alguns segundos, me virei para encarar o guarda-roupa recém-montado. Era simples, mas parecia perfeito para o espaço. Caminhei até ele e comecei a guardar minhas roupas, dobrando cada peça com cuidado.

Era um processo monótono, mas me deu uma sensação estranha de pertencimento. Como se, aos poucos, eu estivesse realmente começando uma nova vida ali.

Antes de dormir pedi um delivery.

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