Ricardo leva Samyla para outro lugar...

(Semanas se passam. Samyla, cada vez mais debilitada física e psicologicamente, mal consegue se levantar. Ricardo a visita esporadicamente, sempre com a mesma frieza e brutalidade. A comida é escassa, o quarto continua escuro e a solidão é opressora.)

Samyla: (fraca, quase inaudível) Água…

(Ricardo entra no quarto, carregando um copo d’água. Ele a joga com força em seu rosto, fazendo-a tossir e engasgar.)

Ricardo: Você acha que eu sou seu serviçal? Você não merece nem um gole d’água.

(Ele sai, deixando Samyla sozinha, engasgando e chorando silenciosamente. A cada dia, sua esperança se esvai mais um pouco. Ela já não consegue mais chorar com a mesma intensidade, o choro se tornou um soluço fraco e quase imperceptível.)

(Os pais de Samyla não desiste e continuam a procurar por ela, movimentando multidões, em buscas em qualquer coisa que possa levar até Samyla, o delegado avisa que não conseguira manter muito tempo esse sumiço de Samyla e Ricardo pensativo)

(Dias depois, Ricardo volta, com um olhar diferente. Há uma certa inquietação em seus olhos. Ele parece nervoso.)

Ricardo: (nervoso) Tem gente me procurando. A polícia… Talvez… Talvez seja melhor você… sumir.

(Samyla o olha com uma expressão vazia, sem reação. Ela não sente mais medo, nem esperança. Apenas um vazio imenso.)

Ricardo: (contínua, apressado) Eu vou te levar para outro lugar. Um lugar mais… discreto. Onde ninguém vai te encontrar. Entendeu?

(Samyla balança a cabeça levemente, sem dizer nada. Ela está tão quebrada que qualquer reação parece um esforço titânico.)

Ricardo: (ajuda Samyla a se levantar, com uma brutalidade contida) Vamos. Não faça perguntas. Apenas vá.

(Ricardo leva Samyla para fora do quarto, para um carro que espera na garagem. Ela não oferece resistência. Não há mais forças para lutar. Ela se deixa levar, como um fantoche sem vontade própria. A viagem é longa e silenciosa. Samyla olha pela janela, mas não vê nada. Seu olhar está perdido, distante, como se sua alma já tivesse partido.)

(Ricardo leva Samyla para uma cabana isolada, em uma região remota e deserta. É um lugar frio e úmido, sem conforto algum. Ele a deixa sozinha, sem comida, sem água, sem esperança.)

Ricardo: (antes de ir embora) Fique aqui. Até eu voltar. Ou até… até você não ser mais útil, se bem que você não vai a lugar nenhum mesmo kkkk

Samyla:( nem reage só olha para ele e deita no chão)

(Ricardo fecha a porta, deixando Samyla completamente sozinha, em um lugar perdido e sem saída. A escuridão da cabana se funde com a escuridão em seu coração. Ela se encolhe em um canto, esperando o fim.)

Dias depois (Ricardo entra na cabana, o rosto contorcido pela raiva. Ele agarra Samyla pelos cabelos, puxando-a com violência do chão onde ela se encolhia.)

Ricardo: (berrando) Onde você pensa que está? Você acha que pode se esconder de mim? Eu sou quem manda aqui!

(Ele a joga contra a parede, fazendo-a bater com a cabeça. Samyla geme de dor, mas não consegue emitir nenhum som audível. Seu corpo está coberto de hematomas e feridas.)

Ricardo: (chutando-a brutalmente no estômago) Você é uma inútil! Uma vagabunda! Não serve para nada!

(Samyla tosse, engasgando com seu próprio sangue. Seus olhos estão cheios de lágrimas e terror, mas ela não consegue se mover. Seu corpo está completamente debilitado.)

Ricardo: (continuando a agredi-la, com chutes e socos) Você vai aprender a me obedecer! Você vai aprender a me servir! Você vai aprender o que significa dor!

(A violência continua por um tempo indeterminado. Os golpes de Ricardo são implacáveis, cada um deles carregado de ódio e raiva. Samyla não reage, apenas recebe os golpes em silêncio, seu corpo se contorcendo de dor.)

(Finalmente, exausto, Ricardo para. Ele a deixa caída no chão toda machucada. Ele a observa por um momento, com um olhar frio e vazio, antes de sair da cabana, ele ainda a violenta e vai embora deixando Samyla sozinha em seu sofrimento.)

(Samyla permanece imóvel por um longo tempo, sentindo a dor lacrimejando em seu corpo. Ela tenta se levantar, mas não consegue. Seu corpo se recusa a obedecer. Ela se encolhe em um canto, tremendo de frio e dor, esperando que a morte a liberte de seu tormento.)

Divina:( na barraca de coco) já se passaram 2 anos e nunca mais encontramos Samyla...a polícia encerrou as buscas , o bento foi embora , e tudo teve um novo rumo, menos minha dor de ter perdido minha filha...porque o mundo é tão injusto com quem não tem dinheiro...

Nico: não sei o que dizer, essa nossa dor, vamos guarda ela para sempre!

três anos do desaparecimento de Samyla, nico e Divina desistiram da barraca de coco, vivem do que ganham de doação, a vida deles nunca mais foi a mesma...

Na cabana, Samyla passa muita fome e sede, está muito doente e desnutrida, passa o tempo todo sofrendo.

(O som de máquinas cortando madeira quebra o silêncio opressor da cabana. Samyla, enfraquecida e quase irreconhecível, mal consegue reagir ao barulho. A fome e a sede a consomem, a dor é uma constante. Então, a porta se abre e Ricardo entra, o rosto contorcido numa expressão de pânico.)

Ricardo: (Ofegante, os olhos arregalados) Merda! Tem gente construindo ali, do outro lado! Vizinhos novos! Não posso arriscar! Não posso deixar que ninguém descubra…

(Ricardo olha para Samyla, um misto de raiva e medo em seu olhar. Ele a agarra com brutalidade, puxando-a para cima, sem se importar com suas dores.)

Ricardo: (Rosna, a voz baixa e ameaçadora) Vamos. Agora! Não vou te deixar aqui. Não vou deixar que te encontrem.

(Ricardo arrasta Samyla para fora da cabana, jogando-a no banco do carro. A viagem é rápida e silenciosa, cheia de medo e tensão. Ricardo a leva para uma chácara abandonada, um lugar ainda mais isolado e sombrio do que a cabana.)

Ricardo: (Jogando Samyla no chão, com violência) Fica aqui. E escuta bem o que eu vou dizer. Se você abrir a boca, se você contar alguma coisa para alguém… eu juro que vou te encontrar. Eu vou te matar. E eu vou atrás dos seus pais também. Entendeu?

(Ricardo olha fixamente para Samyla, esperando uma resposta, mas ela só consegue olhar para ele com olhos vazios, cheios de terror. Ele se aproxima dela, a sombra da sua ameaça pairando sobre ela.)

Ricardo: (Rosna, aproximando-se) Você não vai escapar. Nunca. Eu vou te controlar para sempre. Você é minha, entendeu? Minha.

(Ricardo sai, deixando Samyla sozinha na escuridão da chácara abandonada. Ela fica ali, imóvel, sentindo o peso da ameaça, a certeza da solidão e o desespero de uma situação sem saída. A única coisa que lhe resta é a esperança, uma fagulha quase apagada, de que, de alguma forma, um dia, alguém a encontrará.)

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Comments

Celi

Celi

credo 😦 paro por aqui, estava lendo pra ver se iria gostar pra começar dar os presentes e curtidas, a vida já não é fácil, ler estórias com muito sofrimento não dá

2025-05-09

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