Samyla se entrega a Ricardo...

Os dias seguintes foram marcados por uma crescente angústia em Nico e Divina. A Samyla, apesar de voltar à escola, continuava distante, sonhadora, perdida em um mundo que eles não conseguiam alcançar. As madrugadas eram repletas de sussurros entre os pais, preocupados com a mudança repentina de comportamento da filha. A alegria e a espontaneidade que caracterizavam Samyla haviam sido substituídas por um silêncio misterioso e um olhar distante.

Nico: (suspirando) Divina, eu não consigo entender o que está acontecendo com a nossa menina. Ela está diferente, fechada em si mesma.

Divina: (passando a mão carinhosamente no rosto cansado de Nico) Eu sei, meu amor. Tenho medo de que algo ruim esteja acontecendo, algo que ela não quer nos contar. Acho que deveríamos procurar a professora Romênia novamente. Ela parece perceber algo.

Nico: Tem razão, Divina. Vamos falar com ela amanhã mesmo. E talvez seja melhor também conversarmos com Bento. Ele sempre foi um bom amigo, e conhece bem Jeri. Talvez ele tenha alguma pista do que está acontecendo.

No dia seguinte, Nico e Divina procuraram a professora Romênia. A conversa foi difícil, carregada de preocupações e incertezas. Romênia, observando a angústia dos pais, confirmou suas suspeitas.

Professora Romênia: Nico, Divina, eu tenho observado a Samyla. Ela está diferente, mais quieta, menos participativa. E tem faltado às aulas com mais frequência. Eu tentei conversar com ela, mas ela foi evasiva, disse que estava cansada.

Nico: Mas ela não parece cansada, professora. Ela parece… perdida. Como se estivesse vivendo em outro mundo.

Divina: É verdade. Ela está distante, sonhadora… E não quer conversar conosco.

Professora Romênia: Eu notei que ela tem chegado à escola com roupas um pouco diferentes do habitual, mais elegantes. E ela parece ter um novo celular, bem moderno. Coisas que não combinam com a realidade financeira de vocês.

Nico e Divina trocaram um olhar preocupado. As palavras da professora acenderam uma faísca de suspeita em seus corações. Algo estava errado, muito errado. Eles precisavam descobrir o que estava acontecendo com sua filha antes que fosse tarde demais.

Naquele mesmo dia, Nico e Divina procuraram Bento. Contaram tudo a ele, as mudanças de comportamento de Samyla, as suspeitas da professora Romênia. Bento, experiente e conhecedor das nuances da vida em Jericoacoara, ouviu atentamente, seu rosto se tornando cada vez mais sério.

Bento: Nico, Divina, eu estou preocupado. Tudo indica que a Samyla está sendo manipulada, sua filha está tendo alguma coisa com esse senhor, esse senhor é perigoso e tem a polícia em suas mãos, é muito rico...mas vou tentar ajudar, apesar de ficar por poucos dias por aqui...

Bento, com sua rede de contatos, começou a investigar discretamente. Ele descobriu que um carro importado, semelhante ao que havia sido visto observando Samyla na praia, tinha sido visto com frequência próximo à escola e em alguns locais isolados fora da cidade, avisa para os pais de Samyla.

Enquanto isso, Samyla, cada vez mais envolvida no mundo ilusório criado por Ricardo, continuava a se afastar de sua família e de sua vida em Jericoacoara. O sonho de se tornar modelo, alimentado pelas promessas e pela manipulação de Ricardo, a cegava para a realidade. Ela estava presa em uma teia de mentiras, sem perceber o perigo que se aproximava.

(Dias depois em um local mais deserto, porém muito bonito na praia, Samyla estava conversando com Ricardo.)

Ricardo: essa roupa está linda em você minha Samyla...(observando ela )

Samyla: você acha mesmo?

Ricardo: eu te acho muito linda, seu sorriso é perfeito, nunca conheci nenhuma menina, tão linda e inocente assim( ele se aproxima e beija sua boca , Samuel suspira em seus braços)

Samyla: sinto tantas coisas quando estou com você!

Ricardo: você sente é!...humm você gosta muito de mim Samyla?

Samyla: muito...

Ricardo: seria capaz de fazer qualquer coisa por mim?

Samyla: sim!

Ricardo: então prova para mim...

Samyla: como?

Ricardo, com um olhar intenso e cheio de uma ternura calculada, acariciava o rosto de Samyla, o mar, criava um cenário romântico e mágico, mas que escondia a escuridão das intenções de Ricardo.

Ricardo: Meu amor, você é tão pura, tão inocente… É como se você fosse uma flor rara, intocada. E eu… eu quero te amar, te possuir, mas com todo o respeito e carinho que você merece. Quero que nossa primeira vez seja inesquecível, algo que você guardará para sempre em seu coração. Você me permite?

Samyla, perdida no turbilhão de emoções que Ricardo despertava, sentia um misto de medo e desejo. A inocência e a inexperiência lutavam contra a atração avassaladora que sentia por ele. Mas as palavras doces e o olhar apaixonado de Ricardo a convenciam de que tudo seria perfeito, seguro.

Samyla: (sussurrando, com a voz embargada pela emoção) Eu… eu não sei, Ricardo. É a primeira vez…

Ricardo: (aproximando-se ainda mais, com um toque suave em seu cabelo) Eu sei, meu amor. E por isso mesmo será tão especial. Eu prometo que será tudo como você sempre sonhou, um momento mágico, cheio de amor e ternura. Eu cuidarei de você, como se você fosse a coisa mais preciosa do mundo. Confie em mim.

Os olhos de Samyla se encheram de lágrimas. A insegurança se misturava com o desejo, criando uma tensão palpável no ar. Ela se sentia vulnerável, mas ao mesmo tempo, atraída pela promessa de um amor intenso e protetor que Ricardo lhe oferecia. Em um gesto hesitante, ela estendeu a mão e tocou o rosto de Ricardo, sentindo a pele macia contra seus dedos.

Samyla: (com um fio de voz) Tá… tá bom, Ricardo.

Ricardo, com um sorriso vitorioso, a envolveu em seus braços, beijando-a com paixão e delicadeza. O beijo era longo e profundo, carregado de uma promessa de amor que, para Samyla, parecia verdadeiro e eterno. Ele a deitou suavemente na areia macia, o mar e sol servindo como testemunha silenciosa de um momento que mudaria para sempre a vida da jovem. Ricardo, com gestos cuidadosos e carinhosos, a despia lentamente, respeitando seus limites e respondendo a cada suspiro e gemido com mais ternura, como se estivesse conduzindo uma dança sagrada. O amor, ou o que Samyla acreditava ser amor, florescia naquela tarde de céu azul de Jericoacoara. A inocência de Samyla se entregava completamente, sem perceber a cruel ironia do destino, sem saber que aquele momento de aparente felicidade era apenas mais uma peça na teia de manipulação tecida por Ricardo. O mar sussurrava, e Samyla entregava sua alma a um homem que não a amava.

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Comments

Danielle Pereira

Danielle Pereira

sinceramente essa garota 👧 merece uma coça bem dada ridícula

2025-05-23

0

Danielle Pereira

Danielle Pereira

q decepção dos pais

2025-05-23

0

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