O Espelho Mágico
O meu nome é Violette, e nasci numa família nobre, chamada Devereaux. Os meus pais decidiram como seria o meu futuro, pois eu não tinha esse direito. Eu tinha que me casar com o príncipe e ter herdeiros. E para isso eu tinha que ser perfeita em tudo para chamar a atenção dele.
Para esquecer isso nem que fosse por um momento, eu saí do palácio sem ninguém perceber. Usei um capuz para que não me recochececem, pois, eu não teria um minuto de paz, por conta dos pretendentes.
A minha família é muito rica e também por eu ser uma jovem bonita, atraio muitos pretendentes. Mas os meus pais querem que eu me case com o príncipe. Eu queria ter o direito de decidir o meu futuro, pois, só assim eu teria uma vida feliz.
Tinha muitas vendas pelas ruas, mas uma chamou-me mais atenção. Uma senhora vendia espelhos, escovas de cabelo, acessórios, entre outros. Eu vi um espelho que me agradou e então, comprei.
Eu não podia ficar muito tempo fora, senão iriam perceber a minha ausência. Então fui para casa após comprar o espelho. Fiquei feliz por comprá-lo, e mesmo que eu tenha ficado fora por pouco tempo, senti-me um pouco livre.
Ao chegar em casa fui diretamente para o meu quarto e tirei o capuz que eu usei e guardei. Eu olhei-me no espelho que comprei e tive uma visão do meu futuro.
No futuro eu estava casada e tinha dois filhos com o príncipe. Não nos amavámos e a minha vida ao lado dele era infeliz.
Fiquei assustada com o que acabei de ver, era o exatamente o futuro que meus pais traçaram para mim. Eu chamei a minha irmã e contei para ela sobre o que aconteceu.
Elizabeth ─ Irmã, eu acho que você está delirando.
Violette ─ Não, eu não estou. Olhe para o espelho e verá que estou falando a verdade.
A Elizabeth suspirou e em seguida concordou em fazer o que eu disse.
Elizabeth ─ Está bem.
Ela pegou o espelho que estava na minhas mãos e olhou-se.
Violette ─ E então?
Eu perguntei, curiosa para saber se ela também teve uma visão do seu futuro, assim como eu.
Elizabeth ─ Não aconteceu nada. Agora busque se tratar, pois você não está nada bem.
Ela saiu do meu quarto logo em seguida.
Violette ─ Por que não funcionou com ela?
De repente alguém bate na porta do meu quarto.
Violette ─ Pode entrar.
A porta se abre e eu vejo a minha mãe, ela entra no quarto e fecha a porta.
Dália ─ A sua irmã contou-me sobre a sua visão ao se olhar no espelho.
Violette ─ Eu já imaginava...
Dália ─ Olha, eu acredito que você não está bem. É impossível alguém ter uma visão ao se olhar no espelho. Isso só seria possível se você fosse uma...
Violette ─ Bruxa?
Dália ─ Sim. Mas como eu disse antes, você não está bem. Chamarei um alienista para tratar esse problema.
Eu olhei assustada para a minha mãe, assim que ela falou 'alienista'.
Violette ─ Não mãe, isso não é necessário.
Ela olhou-me com as sobrancelhas franzidas.
Dália ─ Como não é necessário? Você claramente não está bem. Agora se me der licença, tenho algo para resolver.
A minha mãe abriu a porta e saiu do meu quarto. Eu estava com medo do que ia acontecer depois. Então olhei-me no espelho e tive outra visão.
O alienista chega com a minha mãe e em seguida ele fala comigo.
Alienista ─ A Sra. Devereaux disse que você tem visões. A senhora precisa vir comigo, para ser tratada.
E então o alienista leva-me para um hospício de alienados e me dá comprimidos.
Alienista ─ Esses comprimidos vão fazer a senhora melhorar.
Com o passar do tempo eu comecei a enlouquecer, por conta daqueles compridos que só me fazia piorar e também eu estava presa naquele hospício há muito tempo.
Todos que estavam lá nunca foram soltos, ficaram lá até o final de suas vidas e esse era o meu futuro, se eu continuasse no palácio.
Depois dessa visão, fiquei horrorizada, e para evitar que isso acontecesse comigo, decidi fugir. Eu coloquei tudo que me pertencia dentro de um baú que ficava no meu quarto.
Depois coloquei o capuz que tinha usado mais cedo e saí do palácio com o baú. Vi um cocheiro ao lado da sua carruagem e eu disse para ele me levar até o porto. Ele colocou o baú na carruagem e em seguida entrei nela.
O cocheiro subiu na carruagem e começou a dirigi-la. Assim que cheguei no porto, tinha um navio que ia para a Noruega. O cocheiro tirou o baú da carruagem, eu agradeci-o e logo ele foi embora.
O homem responsável pelas bagagens das pessoas que estavam a bordo, pegou o meu baú e colocou no navio, logo em seguida entrei no navio.
Demorou dias para chegar na Noruega, mas o importante é que eu consegui sair da Inglaterra. Se eu tivesse ficado, eu teria sido levada para um hospício.
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Atualizado até capítulo 32
Comments
Elis Alves
Aposto que sua querida irmã assumiu seu lugar e de muito bom grado
2025-07-10
1
Elis Alves
Começando hj.....
Será que não viu ou o destino que viu foi só inveja?
2025-07-10
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