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O Espelho Mágico

Capítulo 01

O meu nome é Violette, e nasci numa família nobre, chamada Devereaux. Os meus pais decidiram como seria o meu futuro, pois eu não tinha esse direito. Eu tinha que me casar com o príncipe e ter herdeiros. E para isso eu tinha que ser perfeita em tudo para chamar a atenção dele.

Para esquecer isso nem que fosse por um momento, eu saí do palácio sem ninguém perceber. Usei um capuz para que não me recochececem, pois, eu não teria um minuto de paz, por conta dos pretendentes.

A minha família é muito rica e também por eu ser uma jovem bonita, atraio muitos pretendentes. Mas os meus pais querem que eu me case com o príncipe. Eu queria ter o direito de decidir o meu futuro, pois, só assim eu teria uma vida feliz.

Tinha muitas vendas pelas ruas, mas uma chamou-me mais atenção. Uma senhora vendia espelhos, escovas de cabelo, acessórios, entre outros. Eu vi um espelho que me agradou e então, comprei.

Eu não podia ficar muito tempo fora, senão iriam perceber a minha ausência. Então fui para casa após comprar o espelho. Fiquei feliz por comprá-lo, e mesmo que eu tenha ficado fora por pouco tempo, senti-me um pouco livre.

Ao chegar em casa fui diretamente para o meu quarto e tirei o capuz que eu usei e guardei. Eu olhei-me no espelho que comprei e tive uma visão do meu futuro.

No futuro eu estava casada e tinha dois filhos com o príncipe. Não nos amavámos e a minha vida ao lado dele era infeliz.

Fiquei assustada com o que acabei de ver, era o exatamente o futuro que meus pais traçaram para mim. Eu chamei a minha irmã e contei para ela sobre o que aconteceu.

Elizabeth ─ Irmã, eu acho que você está delirando.

Violette ─ Não, eu não estou. Olhe para o espelho e verá que estou falando a verdade.

A Elizabeth suspirou e em seguida concordou em fazer o que eu disse.

Elizabeth ─ Está bem.

Ela pegou o espelho que estava na minhas mãos e olhou-se.

Violette ─ E então?

Eu perguntei, curiosa para saber se ela também teve uma visão do seu futuro, assim como eu.

Elizabeth ─ Não aconteceu nada. Agora busque se tratar, pois você não está nada bem.

Ela saiu do meu quarto logo em seguida.

Violette ─ Por que não funcionou com ela?

De repente alguém bate na porta do meu quarto.

Violette ─ Pode entrar.

A porta se abre e eu vejo a minha mãe, ela entra no quarto e fecha a porta.

Dália ─ A sua irmã contou-me sobre a sua visão ao se olhar no espelho.

Violette ─ Eu já imaginava...

Dália ─ Olha, eu acredito que você não está bem. É impossível alguém ter uma visão ao se olhar no espelho. Isso só seria possível se você fosse uma...

Violette ─ Bruxa?

Dália ─ Sim. Mas como eu disse antes, você não está bem. Chamarei um alienista para tratar esse problema.

Eu olhei assustada para a minha mãe, assim que ela falou 'alienista'.

Violette ─ Não mãe, isso não é necessário.

Ela olhou-me com as sobrancelhas franzidas.

Dália ─ Como não é necessário? Você claramente não está bem. Agora se me der licença, tenho algo para resolver.

A minha mãe abriu a porta e saiu do meu quarto. Eu estava com medo do que ia acontecer depois. Então olhei-me no espelho e tive outra visão.

O alienista chega com a minha mãe e em seguida ele fala comigo.

Alienista ─ A Sra. Devereaux disse que você tem visões. A senhora precisa vir comigo, para ser tratada.

E então o alienista leva-me para um hospício de alienados e me dá comprimidos.

Alienista ─ Esses comprimidos vão fazer a senhora melhorar.

Com o passar do tempo eu comecei a enlouquecer, por conta daqueles compridos que só me fazia piorar e também eu estava presa naquele hospício há muito tempo.

Todos que estavam lá nunca foram soltos, ficaram lá até o final de suas vidas e esse era o meu futuro, se eu continuasse no palácio.

Depois dessa visão, fiquei horrorizada, e para evitar que isso acontecesse comigo, decidi fugir. Eu coloquei tudo que me pertencia dentro de um baú que ficava no meu quarto.

Depois coloquei o capuz que tinha usado mais cedo e saí do palácio com o baú. Vi um cocheiro ao lado da sua carruagem e eu disse para ele me levar até o porto. Ele colocou o baú na carruagem e em seguida entrei nela.

O cocheiro subiu na carruagem e começou a dirigi-la. Assim que cheguei no porto, tinha um navio que ia para a Noruega. O cocheiro tirou o baú da carruagem, eu agradeci-o e logo ele foi embora.

O homem responsável pelas bagagens das pessoas que estavam a bordo, pegou o meu baú e colocou no navio, logo em seguida entrei no navio.

Demorou dias para chegar na Noruega, mas o importante é que eu consegui sair da Inglaterra. Se eu tivesse ficado, eu teria sido levada para um hospício.

Capítulo 02

O homem responsável pelas bagagens tirou o meu baú do navio. Vi cocheiros no porto da Noruega, pedi para um deles me levar até a hospedagem.

O cocheiro colocou o baú na carruagem e eu entrei nela, em seguida ele começou a dirigir até a hospedagem. Assim que chegamos, o cocheiro parou a carruagem e tirou o meu baú de dentro dela. Logo eu saí da carruagem e o agradeci.

Violette ─ Muito obrigada.

Cocheiro ─ Não precisa agradecer, senhora.

Logo ele foi embora com a sua carruagem. À minha frente estava a hospedagem. Eu entrei na hospedagem com o meu baú.

Proprietário ─ Por que a senhora pegou esse baú sozinha?

Violette ─ Ah, não se preocupe, não estava pesado.

Proprietário ─ Se a senhora diz, então está tudo bem. Tem dois quartos disponíveis, o 201 e 217.

Violette ─ Vou ficar hospedada no 201.

Proprietário ─ Certo, senhora. Qual o seu nome?

Violette ─ Vivian Darcy.

Camareira ─ Sra. Darcy, eu vou levá-la até o seu quarto.

A camareira pegou o meu baú e levou-me até o quarto 201, assim que ela abriu a porta do quarto, vi o quanto era luxuoso. A camareira colocou o meu baú dentro do quarto e em seguida falou:

Camareira ─ Estarei aqui para qualquer coisa que a senhora precisar.

Violette ─ Está bem.

A camareira retirou-se e eu entrei no meu quarto. Eu estava encantada com o quarto, ele era espaçoso e sofisticado. Eu fechei a porta do quarto e abri o meu baú.

Lá estava todos os meus pertences e ao olhar para cada um trouxe-me boas e más lembranças de quando ainda estava a morar com a minha família.

Eu admito estar com saudade da minha família, mas se eu voltasse para a Inglaterra ficaria presa num hospício. Então eu não posso voltar para lá e nem penso em voltar.

Eu peguei o espelho que estava no baú e olhei-me. Eu tive uma visão, um procurador de desaparecidos apareceu na hospedagem em que estou hospedada e mostrou o meu retrato falado para o proprietário.

Procurador ─ O senhor conhece essa mulher?

Proprietário ─ Eu não faço ideia de quem seja essa mulher, senhor.

O procurador percebeu que o proprietário estava nervoso quando respondeu a sua pergunta.

Procurador ─ Por que o senhor está nervoso? Já que não conhece essa mulher.

O proprietário tentando disfarçar, disse:

Proprietário ─ Eu fiquei nervoso porque o senhor apareceu de repente.

O procurador quase acreditou nas suas palavras. Mas para ter certeza, ele pediu a lista das pessoas que estavam hospedadas. Foi aí que o proprietário ficou mais nervoso e isso provou que ele mentia.

Ao olhar para a lista, o procurador viu um nome que tinha as mesmas iniciais que as minhas. 'Vivian Darcy', o procurador suspeitou do nome, mesmo que fosse diferente, tinha as primeiras iniciais em comum.

O procurador foi até o quarto 201 e bateu na porta. Eu abro a porta e deparo-me com o ele.

Procurador ─ Violette Devereaux, finalmente achei a senhora. A Sra. Devereaux mandou-me levá-la de volta para a Inglaterra, assim que encontrasse a senhora.

Violette ─ Eu não posso voltar para a Inglaterra.

Procurador ─ A Sra. Devereaux está a sua espera a meses. Por favor, senhora, venha comigo.

Violette ─ Eu não vou com o senhor. Agora volte para a Inglaterra e diga a Sra. Devereaux que não vou voltar para lá.

Procurador ─ Está bem, senhora. Vou voltar para a Inglaterra e vou informar a Sra. Devereaux.

O procurador foi embora e ao chegar na Inglaterra, informou a minha mãe aonde eu estava.

Procurador ─ Sra. Devereaux, ela está na Noruega. Numa hospedagem chamada Luksus Overnatting, quarto 201. Ela está usando o nome Vivian Darcy.

A minha mãe ficou feliz porque finalmente o procurador encontrou-me.

Procurador ─ Sra. Devereaux, tenho mais uma coisa para dizer. Ela mandou-me dizer a senhora que não vai voltar para a Inglaterra.

Dália ─ Eu já imaginava, ela tem motivos. Mas o importante é que o senhor conseguiu encontrá-la. Se ela não quis vir com o senhor, eu mesma irei trazê-la de volta.

Se eu continuasse na hospedagem, eu seria levada para a Inglaterra pela a minha mãe. Se eu fugisse para outro lugar, eu seria encontrada. Então eu tenho que escolher entre passar a minha vida toda fugindo e voltar para a Inglaterra.

Capítulo 03

Se eu voltasse para a Inglaterra, ficaria presa no hospício e iria enlouquecer ou me casaria com o príncipe e teria uma vida infeliz ao seu lado.

Então o que me restou foi fugir até o resto da minha vida. É a opção melhor comparada as outras.

Eu coloquei o espelho no baú e fechei ele. Eu saí do quarto e desci as escadas. Fui até o proprietário para informar que não ficaria mais nessa hospedagem.

Proprietário ─ No que posso ajudar Sra. Darcy?

Violette ─ Infelizmente não vou poder ficar na hospedagem.

Proprietário ─ Por que? A senhora não gostou do seu quarto?

Violette ─ É que eu fico desconfortável em lugares pequenos.

Proprietário ─ Está tudo bem senhora. Camareira, vá até o quarto em que a Sra. Darcy estava e traga os pertences dela.

Camareira ─ Sim, senhor.

A camareira subiu as escadas e foi até o meu quarto para pegar o meu baú. Logo ela trouxe ele e colocou-o ao meu lado.

Camareira ─ Aqui está o seu baú Sra. Darcy.

Violette ─ Muito obrigada.

Eu sorri para a camareira depois de agradecê-la.

Camareira ─ Não precisa agradecer senhora.

Violette ─ Eu já vou a ir.

Proprietário ─ Está bem, Sra. Darcy.

Eu estava prestes a pegar o baú e sair da hospedagem. Mas a camareira pegou o baú antes e disse:

Camareira ─ Não, deixa que eu levo.

Violette ─ Ah, obrigada.

Eu saí da hospedagem e logo a camareira saiu com o meu baú. Em seguida a camareira entrou na hospedagem. Tinha um cocheiro ao lado da sua carruagem à minha frente.

Violette ─ Cocheiro!

O cocheiro olhou-me e veio na minha direção.

Violette ─ Me leve para o porto.

Cocheiro ─ Sim, senhora.

O cocheiro pegou o meu baú e colocou na carruagem. Eu entrei na carruagem e o cocheiro começou a dirigi-la.

Assim que chegamos, só havia um navio, que ia para a Inglaterra. Então eu decidi ficar por mais um dia na Noruega.

Pedi para o cocheiro levar-me para a hospedagem Luksus Overnatting. Antes de entrar, fiquei a pensar no que falar para o proprietário.

Já que eu menti, dizendo que me sentia desconfortável em lugares pequenos. Eu não conhecia outras hospedagens além dessa.

Porque assim que cheguei na Noruega, pedi para que o cocheiro levasse-me para a hospedagem, e ele levou-me até a Luksus Overnatting.

Acredito que por conta da minha vestimenta, ele já sabia que eu era uma nobre. E talvez essa hospedagem seja uma das melhores da cidade.

Enfim, agora eu tenho que entrar na hospedagem e falar mais outra mentira. Assim que entrei, o proprietário olhou-me com as sobrancelhas franzidas.

Proprietário ─ Sra. Darcy? O que faz aqui?

Violette ─ Bom, eu não achei uma hospedagem melhor que a sua na cidade. Então decidi voltar, apesar de eu sentir-me desconfortável em lugares pequenos.

O proprietário sorriu após eu ter elogiado a sua hospedagem.

Proprietário ─ Está tudo bem Sra. Darcy. Acredito que a senhora deve sentir-se assim por estar acostumada com o seu palácio.

Violette ─ Exatamente.

Proprietário ─ Bom, seja bem-vinda de volta. A senhora vai ficar hospedada no quarto 201, pois é o único quarto disponível no momento.

Violette ─ Está bem.

A camareira pegou o meu baú, subimos a escada e fomos até o meu quarto. A camareira retirou-se após colocar o meu baú no quarto e eu fechei a porta em seguida.

Eu parei para pensar no futuro que me esperava, e tinha um parte em que não prestei atenção. Tinha levado meses para o procurador me encontrar. Então, isso significa que eu posso ficar na hospedagem por mais tempo.

Quando saí daqui, eu não tinha pensando para onde eu iria. Só queria fugir daqui o mais rápido possível, para evitar que o procurador me encontrasse.

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