Se alguém me dissesse, há dois anos, que eu estaria cercada por tantas mulheres incríveis, rindo alto com uma taça na mão e um vibrador cor-de-rosa no colo... eu provavelmente teria rido. Ou chorado.
Mas ali estava eu.
Vestida com um robe branco de seda, uma coroa dourada escrito “Bride”, sentada no centro da sala da mansão dos Mansur, enquanto catorze mulheres gritavam, brindavam e jogavam acessórios sensuais sobre mim.
— Esse é o mais discreto, confia — disse Sofia, me entregando um pacotinho com um sorriso de canto, com as meninas rindo ao fundo com cara de “não sei se deixo ou fujo”.
Duda, minha sogra e um ícone de mulher, levantou a taça de espumante com orgulho:
— Giulia, bem-vinda oficialmente à selva. Você vai precisar disso, — disse, apontando para o estojo de rendas e apetrechos que Alana trouxe da França.
Alana, minha irmã, claro, já estava rindo antes mesmo de abrir a boca.
— Mas olha, o mais importante: aproveita. Hoje é seu dia.
Ela piscou, e as outras concordaram, estourando mais confetes e rindo como adolescentes em festa.
Selin estava animada vindo da Rússia, Isadora, que veio da Turquia já está com 17 anos e toda estilosa ao lado de Alice sua sogra, riam enquanto tiravam fotos e mostravam vídeos que tinham gravado durante o dia — até de mim dançando descalça com uma tiara de véu.
Belinda — agora leve, depois de tudo que viveu — trouxe cupcakes eróticos (sim, com formatos nada sutis) e fez questão de dizer que tinha sido ideia da Cassandra, que nesse momento chorava de rir no canto com uma taça na mão e o rosto vermelho.
— A gente devia ter colocado câmera escondida na despedida dos homens, para garantir que não teria mulher, — comentou Aylla, com aquele ar debochado e elegante.
— Com certeza vai ser uma competição de testosterona, bebidas caras e alguma loucura envolvendo armas.
Cristine e Paola concordaram imediatamente.
— Aposto que Pietro vai voltar pelado no helicóptero, — disse Cristine.
Todo mundo gargalhou.
Rafaela, sempre mais discreta, riu baixo e disse:
— Só espero que eles não voltem quebrados.
— Ou sem camisa, não quero meu noivo pelado por aí. — completou Isadora, e todas gritaram.
A noite seguiu com vídeos de infância do casal (graças à espionagem emocional da Alana), rodadas de perguntas picantes, e claro, muitos presentes íntimos que me fizeram querer enterrar a cara no sofá.
Mas o auge da noite?
A música alta, a gritaria no ápice, e de repente…
As portas da sala se abriram.
Lá estavam eles.
Todos, rasgados, sangue, se não estivessem rindo diríamos que vieram da guerra.
Cada um dos nossos homens ali.
E no centro, com um sorriso torto e o olhar possessivo que só ele tem, Enzo Mansur.
— Vim buscar o que é meu, — ele disse, direto, enquanto me olhava como se nada mais importasse.
As meninas gritaram.
Sofia jogou um travesseiro.
Selin gravava tudo.
Eu levantei, ainda rindo, e corri até ele.
— Vocês não deviam estar fazendo... sei lá, strip poker ou algo assim?
— Fizemos boas lutas — disse Noah, — mas ninguém bate a festa de vocês.
E então Enzo me pegou no colo, me girou no ar, e me beijou ali mesmo, na frente de todas.
O mundo inteiro podia estar de cabeça para baixo.
Mas eu era dele.
E ele era meu.
ENZO MANSUR —
A despedida de solteiro não começou com brindes.
Começou com um soco.
Literalmente.
Andrei e Antony resolveram resolver uma disputa antiga no ringue improvisado que montaram no galpão de lutas.
Sem camisa. Suando. Rindo.
Lorenzo no canto gritando:
— SE PERDER, NÃO PISA EM CASA!
E Noah, com um copo de whisky na mão, apenas:
— Isso vai acabar em dente voando.
E acabou.
Matheus e Cesare, meu pai, estavam apostando quem desmaiava primeiro — e, claro, o velho venceu.
O homem é um touro, tio Antony nunca perdeu, ele era muito bom.
Tinha churrasco, charutos, garrafas de bebida que nem sei de onde vieram.
Alessandro trouxe um uísque envelhecido que ardeu até a alma, e Antony, lógico, estava mais ocupado em desafiar todo mundo para alguma disputa idiota do tipo “quem aguenta mais tempo no soco-inglês”.
Baran, que não falava muito, estava sentado com Cesare, rindo baixo, só assistindo o circo pegar fogo.
E eu?
Eu ria.
Mas minha mente… tava nela.
Em Giulia.
A mulher que, em poucas horas, ia virar minha esposa.
— Você tá com cara de apaixonado, irmão, — disse Noah, me dando uma cerveja e se jogando no sofá.
— Claro. Você não imagina como é ter uma Giulia, — respondi.
Risos. Provocações.
Até que veio o silêncio bom.
Aquele momento em que os homens sentam, suados, machucados, meio bêbados, e olham para o céu.
E percebem que são homens de sorte.
— Será que elas tão se divertindo? — perguntou Lorenzo, com um corte no supercílio e um sorriso no rosto.
— Se conheço a minha mãe, ela já te substituiu por um vibrador dourado, — respondeu Noah.
Todo mundo riu.
— Talvez a gente devesse… sei lá… ir buscar elas, — disse Cesare, ajeitando a camisa com dignidade de patriarca, mesmo com sangue na boca.
Todos se olharam.
Eu fui o primeiro a levantar.
— Vamos.
Antony ainda tentou:
— Mas agora? De roupa rasgada? Com sangue na cara?
— Exatamente assim, — disse Noah, já pegando as chaves.
Saímos feito uma tropa.
De terno amassado, marcas de luta no rosto, cheiro de fumaça, bebida e glória masculina.
E quando chegamos lá...
O barulho da festa feminina explodiu na varanda. Riso de mulher. Confete no ar. Música alta.
E elas, cada uma mais linda que a outra.
Mas meus olhos só procuraram uma.
Ela.
Giulia.
De branco, rindo, linda como o inferno e o céu juntos.
Quando me viu, o mundo parou.
— Vim buscar o que é meu, — falei.
Ela sorriu.
E naquele instante, entre os restos da festa e os olhos dela me atravessando...
Eu soube.
Não existia mais despedida.
Só começo.
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Atualizado até capítulo 26
Comments
Raimunda Neves
Leio uma estória e já me dá vontade de reler de novo para lembrar das estórias já lida ./Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Proud//Proud//Proud//Proud//Proud//Proud//Proud//Proud/
2025-05-01
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Ioneide Martins
nossa que história linda digo-lhe juntando todas as máfias maravilhosa história parabéns autora simplesmente maravilhosa e maguinifica história
2025-05-05
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Ely Ana Canto
acabando aqui vou repetir as outras huhu
2025-05-04
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