(Na manhã seguinte…)
“Minha nova sombra me persegue por toda a parte”
Alice - Se vc vai andar tão perto de mim e o dia todo, o mínimo que você poderia fazer é conversar comigo, senão vc só parece um psicopata perseguidor me seguindo.
Vitor - Sim, senhora!
“Como alguém pode ser tão… quieto? Será que ele nunca fica entediado?”
— Durante toda a manhã, tentei bater uma papo com ele, mas as respostas que eu conseguia, foram frases curtas ou respostas de uma palavra.
Alice - Você é sempre tão quieto assim? Ou sou eu que faço seu lado emocionante vir à tona?
“O lábio de Vitor se contrai, antes de abrir a boca pra falar”
Vitor - Só estou fazendo o meu trabalho, senhora!
“Eu reviro o olhos”
— Vejo minha cafeteria favorita do outro lado da rua e sigo em direção a ela
“Eu sorrio mostrando o caminho”
— Dez minutos depois, nos sentamos numa mesa vazia com o nosso pedido
Alice - Pelo visto, você também não curte café da manhã, acertei?
Vitor - Não é isso, só um café já me basta!
Alice - E você bebe ele puro! Que previsível!
“Ele levanta uma sobrancelha pra mim”
Alice - O quê? Não me olhe assim!
Vitor - Algo de errado em ser previsível?
“Faço uma pausa por um momento, essa é a frase mais longa que ele me disse a manhã toda!”
Alice - Acho que não! Pelo menos previsível significa que você é pontual e confiável, o que são ótimas qualidades numa pessoa!
Alice - Não tem problema, desde que você ainda se divirta de vez em quando, entende?
“Vitor olha pra mim e toma um gole de café”
Vitor - As vezes eu adiciono creme só pra animar um pouco as coisas.
“Eu dou risada”
Alice - Sim sim, isso é bem ousado
“Acho que ele tem senso de humor”
— Ele hesita por um momento, como se não tivesse certeza se seria grosso ou não, mas depois decide falar.
Vitor - E você pediu apenas um café com leite, essa é sua rotina diária?
Alice - Você é de perceber as coisas né? Mas vc está certo, normalmente também peço algo pra comer!
Alice - É que… todo esse lance de ameaças anônimas me deixou um pouco abalada, é difícil acreditar que alguém possa ameaçar o Bruno usando minha vida!
Alice - Se fosse alguém próximo dele, saberia que isso não faz sentido. Ele não se importa nem um pouco com o que acontece comigo.
“Eu suspiro e dou um sorriso forçado”
Alice - Desculpa por isso, espero não ter te deixado desconfortável.
Vitor - Nem um pouco, senhora. Relacionamentos…tem seus desafios.
Alice - Parece que você passou por alguns… sua namorada não está chateada por você ter que ficar tanto tempo fora?
Alice - Desculpa se eu fui intrometida.
Vitor - Eu não tenho tempo pra relacionamentos no momento! Minhas prioridades são outras!
Alice - Isso é inteligente.
“Eu brinco com a xícara de café na minha mão”
Alice - Podemos levar isso pra viagem? Eu queria ir pra casa.
Vitor - Claro, senhora!
“Ele dá um sorrisinho, confirmando com a cabeça”
— Não demora muito pra chegarmos em casa, tento pensar em alguma coisa pra conversar com ele.
Alice - Você já experimentou…
Vitor - Espera… tem alguma coisa errada!
“De repente um tiro corta o ar”
— O vaso no balcão se despedaça e os cacos de vidro voam por toda parte.
— Aterrorizada, cubro minha cabeça com as mãos enquanto as balas continuam passando.
— Vitor me derruba no chão e sinto o deslocamento de ar quando um tiro quase acerta meu braço, olho pra ele com os olhos arregalados, e percebo que ele acabou de impedir que eu levasse um tiro.
Vitor - A GENTE PRECISA SAIR DAQUI!
— Ele me puxa e me protege com o seu corpo, quando começamos a correr em direção ao meu quarto.
— Sinto o sangue correr forte pelos ouvidos, meu coração batendo forte de medo e corro o mais rápido que consigo.
— Mas então uma dor aguda atravessa meu ombro e eu tropeço. Vitor é rápido pra reagir.
Vitor - Segura a minha mão!
— Ele estende o braço e oferece pra mim, me pedindo com os olhos pra confiar nele.
— Estendo a mão e agarro a dele sem pensar duas vezes. O outro braço de Vitor desliza por debaixo das minhas coxas e ele me levanta, me segurando como se eu fosse uma noiva.
— Meu braços automaticamente abraça o pescoço dele e enfio meu rosto no peito dele.
- Pouco antes de chegarmos no canto, ele resmunga de dor e tropeça.
Alice - VITOR? Você está bem?
— Ele não me responde, mas sua boca permanece firme.
— Chegamos ao closet do meu quarto, onde ele bate a porta atrás de nós e me coloca de pé.
Vitor - Eu tenho que voltar lá, me espere aqui!
Alice - Mas você vai levar um tiro!
Vitor - Bobagem! Eu já passei por coisas muito piores que isso.
— Embora as palavras demonstrem confiança, ainda sinto uma leve indecisão na linguagem corporal dele.
Alice - O atirador não tem como nos pegar aqui! Se você sair, vai estar em desvantagem.
— Ele vira o corpo e o braço acidentalmente roça nos meus seios, fazendo meu coração bater mais forte.
— Ele imediatamente desvia os olhos e tenta se afastar
Vitor - Desculpa! Esse closet é pequeno demais pra nós dois.
Alice - Seus músculos ocupam muito espaço.
“Ele não diz nada, mas dá um sorrisinho de canto”
“Ele se vira em direção a porta e abre pra sair”
Alice - Vitor, por favor, não vai!
Alice - Eu estou…
— Tiros ecoam quando balas atingem a parede atrás de mim… tapo os ouvidos e solto um grito.
— De repente, a mão grande e calejada dele pressiona a minha boca, abafando o som.
Vitor - Você tem que tentar ficar quieta!
“Chorando, balanço a cabeça”
Vitor - Sra. Gusmão, olha pra mim!
— Ele segura minha bochecha e me obriga a olha pra ele.
— Não consigo parar de pensar no quanto ele está perto… como a respiração dele chega quente no meu rosto, como os olhos são tão intensos
Vitor - Você está segura aqui, eu estou aqui! Eu irei te proteger! Ninguém vai te machucar.
— Meu coração ainda está disparado, enquanto ele segura o meu queixo.
— Lágrimas espontâneas escorrem pelo meu rosto e por sua mão. O rosto dele amolece momentaneamente e ele usa os polegares para esfregá-las.
Vitor - Eu falo sério, ninguém vai te machucar, Alice! Eu não vou deixar isso acontecer, não enquanto eu estiver aqui!
“Meu coração palpita no peito”
— Puts, essa é a primeira vez que ouço ele dizer meu nome! E tenho que admitir… gosto do jeito que sai dos lábios dele.
— Ele segura meu rosto por mais um momento, depois abaixa as mãos e dá um pequeno passo pra trás.
— A aparência profissional volta e ele me olha friamente… como se aquele momento nunca tivesse acontecido.
Vitor - Você está tendo um ataque de pânico?
Alice - Não sei! Acho que não.
— Ele olha pra baixo e analisa meu corpo, ele pega no meu pulso, vira minha mão com a palma pra cima e depois confere o meu pulso.
— Ele com certeza já fez isso antes.
Vitor - Certo. Acho que você está bem! Suas pupilas não estão dilatadas, mas, mesmo assim você devia tentar respirar fundo, tá?
Alice - Certo!
Vitor - Faça o que eu mandar, respira fundo pela boca e solta o ar nos pulmões.
“Faço o que ele diz”
Vitor - Um… Dois… Três… solta. Agora repete!
“Eu me concentro na minha respiração”
— Fico observando como o peito do Vitor sobe e desce lentamente e tento imitar o máximo que posso, não demora muito para que o ar comece a correr mais leve.
Vitor - Melhorou?
“Ele pergunta com um sorriso reconfortante”
Alice - Sim, sim!
Vitor - Você ainda parece um pouco abalada.
Alice - Vou ficar bem, obrigada Vitor!
— Faço a pergunta que assombra desde o primeiro tiro…
Alice - Você acha que… eles já estavam na casa, só me esperando voltar pra cá?
— Vitor se recusa a me olhar nos olhos.
— O silêncio dele diz tudo!
Alice - Porra, eu realmente estou correndo perigo?
— Ao perceber que estou de novo a beira de um ataque de pânico, Vitor me interrompe.
Vitor - Shh… escuta. Você está ouvindo isso?
— Eu congelo e faço o que ele diz, meu coração está mais uma vez acelerado no meu peito.
Alice - Eu… eu não escuto nada!
Vitor - Nem eu!
Alice - O que isso quer dizer?
Vitor - Acho que eles já se foram! Mas ainda preciso garantir, que é seguro sair. Fica aqui por favor, eu já volto!
“Vitor abre a porta e sai”
— Alguém está realmente tentando me matar? Mas o Vitor me salvou! Talvez não seja tão ruim ter ele como guarda-costas… vai saber o que teria acontecido comigo se ele não tivesse aqui.
— Não posso deixar de me perguntar o que o Bruno teria feito nessa situação.
— Bufando, percebo que provavelmente ele teria me usado como escudo ou talvez até tenha oferecido a eles uma troca… minha vida pela segurança dele.
“Como é que dois homens podem ser tão diferentes assim”
— Enquanto o Bruno é egoísta e cheio de palavras vazias, o Vitor é um homem de ação e integridade.
- Apesar de correr perigo, ele ainda fez de tudo pra me proteger.
— Está casada com o Bruno quase me fez esquecer que na verdade existem homens decentes por aí…
Alice - Homens como o Vitor!
Vitor - O que você disse?
Alice - N-nada!
“Eu nem percebi ele voltando, caramba…”
Vitor - Você pode sair!
Alice - Eles se foram?
Vitor - Sim! Eles escaparam.
“Vitor me olha e congela”
Vitor - Isso é sangue?
— Meus olhos se arregalam e sigo os dele até o meu ombro.
— Ele se aproxima e gentilmente segura meu braço para ver melhor.
Vitor - Parece que foi só de raspão, mas ainda preciso desinfetar.
Alice - Tem um kit de primeiros socorros no banheiro.
“Vitor concorda e sai do quarto, em dois minutos ele volta”
Alice - Vai doer?
Vitor - Vou tentar fazer com que doa o mínimo possível, Sra. Gusmão.
— Vitor tira a gaze e o spray desinfetante do kit e começa a limpar a ferida com maestria.
— Enquanto eu observo, um pensamento de repente surge em minha cabeça.
Alice - Eu podia ter morrido
— Vitor fica mais tenso, mas logo começa a cobrir o meu ombro com gaze.
Alice - Alguém está realmente tentando me matar?
E a troco de quer? Pra ser a esposa de um senador?
Vitor - Sra. Gusmão, Calma…
Alice - Não me pede pra me acalmar! A minha vida corre perigo e o babaca do meu marido me fez pensar que era um trote doentio!
Vitor - Me escuta Sra. Gusmão!
“Vitor se levanta e cruza os braços em cima do peito”
Vitor - Eu fui contratado pra te proteger, e é exatamente isso que vou fazer!
Alice - Você não pode está comigo o tempo todo.
“Meu olho imediatamente enche de lágrimas”
Alice - O que vai acontecer quando você for pra casa? Eles entraram na MINHA CASA!
Vitor - Acho que você não entende exatamente o que seu marido está pagando pra mim fazer.
“Ele se aproxima de mim”
Vitor - Meu único trabalho, meu único objetivo agora é o de te proteger a todo custo! Eu não vou sair de perto de você, Nunca!
— Alguma coisa no jeito como ele me olhava fez eu sentir arrepios por todo o meu corpo.
— Quando falo de novo, minha voz sai quase otimista.
Alice - Nunca?
“Um pequeno sorriso brilha nos lábios de Vitor”
Vitor - Até que seu marido diga ao contrário! Mas você precisa entender que ia facilitar muito o meu trabalho se escutasse as minhas instruções.
— Como se fosse um sinal, a porta da sala se abre e um homem corre para dentro.
— Vitor gira e imediatamente saca a arma, pronto pra atirar!
Bruno - OPA!! Abaixa essa arma rapaz!
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Continuem aqui comigo, vou postar atualização de capítulos todos os dias!
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Atualizado até capítulo 41
Comments
yongobongo11:11
Hey, autora, cadê o próximo capítulo? 🙁
2025-04-17
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