Capítulo 03 (Tentaram me matar)

(Na manhã seguinte…)

“Minha nova sombra me persegue por toda a parte”

Alice - Se vc vai andar tão perto de mim e o dia todo, o mínimo que você poderia fazer é conversar comigo, senão vc só parece um psicopata perseguidor me seguindo.

Vitor - Sim, senhora!

“Como alguém pode ser tão… quieto? Será que ele nunca fica entediado?”

— Durante toda a manhã, tentei bater uma papo com ele, mas as respostas que eu conseguia, foram frases curtas ou respostas de uma palavra.

Alice - Você é sempre tão quieto assim? Ou sou eu que faço seu lado emocionante vir à tona?

“O lábio de Vitor se contrai, antes de abrir a boca pra falar”

Vitor - Só estou fazendo o meu trabalho, senhora!

“Eu reviro o olhos”

— Vejo minha cafeteria favorita do outro lado da rua e sigo em direção a ela

“Eu sorrio mostrando o caminho”

— Dez minutos depois, nos sentamos numa mesa vazia com o nosso pedido

Alice - Pelo visto, você também não curte café da manhã, acertei?

Vitor - Não é isso, só um café já me basta!

Alice - E você bebe ele puro! Que previsível!

“Ele levanta uma sobrancelha pra mim”

Alice - O quê? Não me olhe assim!

Vitor - Algo de errado em ser previsível?

“Faço uma pausa por um momento, essa é a frase mais longa que ele me disse a manhã toda!”

Alice - Acho que não! Pelo menos previsível significa que você é pontual e confiável, o que são ótimas qualidades numa pessoa!

Alice - Não tem problema, desde que você ainda se divirta de vez em quando, entende?

“Vitor olha pra mim e toma um gole de café”

Vitor - As vezes eu adiciono creme só pra animar um pouco as coisas.

“Eu dou risada”

Alice - Sim sim, isso é bem ousado

“Acho que ele tem senso de humor”

— Ele hesita por um momento, como se não tivesse certeza se seria grosso ou não, mas depois decide falar.

Vitor - E você pediu apenas um café com leite, essa é sua rotina diária?

Alice - Você é de perceber as coisas né? Mas vc está certo, normalmente também peço algo pra comer!

Alice - É que… todo esse lance de ameaças anônimas me deixou um pouco abalada, é difícil acreditar que alguém possa ameaçar o Bruno usando minha vida!

Alice - Se fosse alguém próximo dele, saberia que isso não faz sentido. Ele não se importa nem um pouco com o que acontece comigo.

“Eu suspiro e dou um sorriso forçado”

Alice - Desculpa por isso, espero não ter te deixado desconfortável.

Vitor - Nem um pouco, senhora. Relacionamentos…tem seus desafios.

Alice - Parece que você passou por alguns… sua namorada não está chateada por você ter que ficar tanto tempo fora?

Alice - Desculpa se eu fui intrometida.

Vitor - Eu não tenho tempo pra relacionamentos no momento! Minhas prioridades são outras!

Alice - Isso é inteligente.

“Eu brinco com a xícara de café na minha mão”

Alice - Podemos levar isso pra viagem? Eu queria ir pra casa.

Vitor - Claro, senhora!

“Ele dá um sorrisinho, confirmando com a cabeça”

— Não demora muito pra chegarmos em casa, tento pensar em alguma coisa pra conversar com ele.

Alice - Você já experimentou…

Vitor - Espera… tem alguma coisa errada!

“De repente um tiro corta o ar”

— O vaso no balcão se despedaça e os cacos de vidro voam por toda parte.

— Aterrorizada, cubro minha cabeça com as mãos enquanto as balas continuam passando.

— Vitor me derruba no chão e sinto o deslocamento de ar quando um tiro quase acerta meu braço, olho pra ele com os olhos arregalados, e percebo que ele acabou de impedir que eu levasse um tiro.

Vitor - A GENTE PRECISA SAIR DAQUI!

— Ele me puxa e me protege com o seu corpo, quando começamos a correr em direção ao meu quarto.

— Sinto o sangue correr forte pelos ouvidos, meu coração batendo forte de medo e corro o mais rápido que consigo.

— Mas então uma dor aguda atravessa meu ombro e eu tropeço. Vitor é rápido pra reagir.

Vitor - Segura a minha mão!

— Ele estende o braço e oferece pra mim, me pedindo com os olhos pra confiar nele.

— Estendo a mão e agarro a dele sem pensar duas vezes. O outro braço de Vitor desliza por debaixo das minhas coxas e ele me levanta, me segurando como se eu fosse uma noiva.

— Meu braços automaticamente abraça o pescoço dele e enfio meu rosto no peito dele.

- Pouco antes de chegarmos no canto, ele resmunga de dor e tropeça.

Alice - VITOR? Você está bem?

— Ele não me responde, mas sua boca permanece firme.

— Chegamos ao closet do meu quarto, onde ele bate a porta atrás de nós e me coloca de pé.

Vitor - Eu tenho que voltar lá, me espere aqui!

Alice - Mas você vai levar um tiro!

Vitor - Bobagem! Eu já passei por coisas muito piores que isso.

— Embora as palavras demonstrem confiança, ainda sinto uma leve indecisão na linguagem corporal dele.

Alice - O atirador não tem como nos pegar aqui! Se você sair, vai estar em desvantagem.

— Ele vira o corpo e o braço acidentalmente roça nos meus seios, fazendo meu coração bater mais forte.

— Ele imediatamente desvia os olhos e tenta se afastar

Vitor - Desculpa! Esse closet é pequeno demais pra nós dois.

Alice - Seus músculos ocupam muito espaço.

“Ele não diz nada, mas dá um sorrisinho de canto”

“Ele se vira em direção a porta e abre pra sair”

Alice - Vitor, por favor, não vai!

Alice - Eu estou…

— Tiros ecoam quando balas atingem a parede atrás de mim… tapo os ouvidos e solto um grito.

— De repente, a mão grande e calejada dele pressiona a minha boca, abafando o som.

Vitor - Você tem que tentar ficar quieta!

“Chorando, balanço a cabeça”

Vitor - Sra. Gusmão, olha pra mim!

— Ele segura minha bochecha e me obriga a olha pra ele.

— Não consigo parar de pensar no quanto ele está perto… como a respiração dele chega quente no meu rosto, como os olhos são tão intensos

Vitor - Você está segura aqui, eu estou aqui! Eu irei te proteger! Ninguém vai te machucar.

— Meu coração ainda está disparado, enquanto ele segura o meu queixo.

— Lágrimas espontâneas escorrem pelo meu rosto e por sua mão. O rosto dele amolece momentaneamente e ele usa os polegares para esfregá-las.

Vitor - Eu falo sério, ninguém vai te machucar, Alice! Eu não vou deixar isso acontecer, não enquanto eu estiver aqui!

“Meu coração palpita no peito”

— Puts, essa é a primeira vez que ouço ele dizer meu nome! E tenho que admitir… gosto do jeito que sai dos lábios dele.

— Ele segura meu rosto por mais um momento, depois abaixa as mãos e dá um pequeno passo pra trás.

— A aparência profissional volta e ele me olha friamente… como se aquele momento nunca tivesse acontecido.

Vitor - Você está tendo um ataque de pânico?

Alice - Não sei! Acho que não.

— Ele olha pra baixo e analisa meu corpo, ele pega no meu pulso, vira minha mão com a palma pra cima e depois confere o meu pulso.

— Ele com certeza já fez isso antes.

Vitor - Certo. Acho que você está bem! Suas pupilas não estão dilatadas, mas, mesmo assim você devia tentar respirar fundo, tá?

Alice - Certo!

Vitor - Faça o que eu mandar, respira fundo pela boca e solta o ar nos pulmões.

“Faço o que ele diz”

Vitor - Um… Dois… Três… solta. Agora repete!

“Eu me concentro na minha respiração”

— Fico observando como o peito do Vitor sobe e desce lentamente e tento imitar o máximo que posso, não demora muito para que o ar comece a correr mais leve.

Vitor - Melhorou?

“Ele pergunta com um sorriso reconfortante”

Alice - Sim, sim!

Vitor - Você ainda parece um pouco abalada.

Alice - Vou ficar bem, obrigada Vitor!

— Faço a pergunta que assombra desde o primeiro tiro…

Alice - Você acha que… eles já estavam na casa, só me esperando voltar pra cá?

— Vitor se recusa a me olhar nos olhos.

— O silêncio dele diz tudo!

Alice - Porra, eu realmente estou correndo perigo?

— Ao perceber que estou de novo a beira de um ataque de pânico, Vitor me interrompe.

Vitor - Shh… escuta. Você está ouvindo isso?

— Eu congelo e faço o que ele diz, meu coração está mais uma vez acelerado no meu peito.

Alice - Eu… eu não escuto nada!

Vitor - Nem eu!

Alice - O que isso quer dizer?

Vitor - Acho que eles já se foram! Mas ainda preciso garantir, que é seguro sair. Fica aqui por favor, eu já volto!

“Vitor abre a porta e sai”

— Alguém está realmente tentando me matar? Mas o Vitor me salvou! Talvez não seja tão ruim ter ele como guarda-costas… vai saber o que teria acontecido comigo se ele não tivesse aqui.

— Não posso deixar de me perguntar o que o Bruno teria feito nessa situação.

— Bufando, percebo que provavelmente ele teria me usado como escudo ou talvez até tenha oferecido a eles uma troca… minha vida pela segurança dele.

“Como é que dois homens podem ser tão diferentes assim”

— Enquanto o Bruno é egoísta e cheio de palavras vazias, o Vitor é um homem de ação e integridade.

- Apesar de correr perigo, ele ainda fez de tudo pra me proteger.

— Está casada com o Bruno quase me fez esquecer que na verdade existem homens decentes por aí…

Alice - Homens como o Vitor!

Vitor - O que você disse?

Alice - N-nada!

“Eu nem percebi ele voltando, caramba…”

Vitor - Você pode sair!

Alice - Eles se foram?

Vitor - Sim! Eles escaparam.

“Vitor me olha e congela”

Vitor - Isso é sangue?

— Meus olhos se arregalam e sigo os dele até o meu ombro.

— Ele se aproxima e gentilmente segura meu braço para ver melhor.

Vitor - Parece que foi só de raspão, mas ainda preciso desinfetar.

Alice - Tem um kit de primeiros socorros no banheiro.

“Vitor concorda e sai do quarto, em dois minutos ele volta”

Alice - Vai doer?

Vitor - Vou tentar fazer com que doa o mínimo possível, Sra. Gusmão.

— Vitor tira a gaze e o spray desinfetante do kit e começa a limpar a ferida com maestria.

— Enquanto eu observo, um pensamento de repente surge em minha cabeça.

Alice - Eu podia ter morrido

— Vitor fica mais tenso, mas logo começa a cobrir o meu ombro com gaze.

Alice - Alguém está realmente tentando me matar?

E a troco de quer? Pra ser a esposa de um senador?

Vitor - Sra. Gusmão, Calma…

Alice - Não me pede pra me acalmar! A minha vida corre perigo e o babaca do meu marido me fez pensar que era um trote doentio!

Vitor - Me escuta Sra. Gusmão!

“Vitor se levanta e cruza os braços em cima do peito”

Vitor - Eu fui contratado pra te proteger, e é exatamente isso que vou fazer!

Alice - Você não pode está comigo o tempo todo.

“Meu olho imediatamente enche de lágrimas”

Alice - O que vai acontecer quando você for pra casa? Eles entraram na MINHA CASA!

Vitor - Acho que você não entende exatamente o que seu marido está pagando pra mim fazer.

“Ele se aproxima de mim”

Vitor - Meu único trabalho, meu único objetivo agora é o de te proteger a todo custo! Eu não vou sair de perto de você, Nunca!

— Alguma coisa no jeito como ele me olhava fez eu sentir arrepios por todo o meu corpo.

— Quando falo de novo, minha voz sai quase otimista.

Alice - Nunca?

“Um pequeno sorriso brilha nos lábios de Vitor”

Vitor - Até que seu marido diga ao contrário! Mas você precisa entender que ia facilitar muito o meu trabalho se escutasse as minhas instruções.

— Como se fosse um sinal, a porta da sala se abre e um homem corre para dentro.

— Vitor gira e imediatamente saca a arma, pronto pra atirar!

Bruno - OPA!! Abaixa essa arma rapaz!

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Olá leitores!

Estão gostando da historia? Deixem seu feedback, vai me ajudar muito e posso ver os pontos em que posso melhorar!

Continuem aqui comigo, vou postar atualização de capítulos todos os dias!

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Comments

yongobongo11:11

yongobongo11:11

Hey, autora, cadê o próximo capítulo? 🙁

2025-04-17

1

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