Na semana seguinte, Isabela resolveu visitar sua cafeteria preferida no centro da cidade. Era um ritual de conforto, um lugar onde podia revisar suas anotações e colocar a cabeça em ordem. Vestia um suéter cinza simples e jeans, sem maquiagem, com os cabelos presos em um coque despretensioso.
Enquanto mexia o café com distração, sentiu aquele mesmo arrepio percorrer sua nuca. Como se estivesse sendo observada novamente.
— Isabela. — A voz soou como um eco do passado recente.
Ela se virou e ali estava ele: Enzo, impecável em um sobretudo escuro, os olhos intensos, mas com uma expressão curiosamente suave. Ele segurava um livro na mão, um exemplar de psicologia criminal.
— Está me seguindo? — ela perguntou, tentando soar firme.
— Prefiro pensar que o destino me empurrou até aqui. — Ele se sentou sem esperar convite. — Café ou chá?
— Café. E um pouco de espaço pessoal também ajudaria.
Ele sorriu, um sorriso pequeno, mas genuíno. Havia algo nele que desarmava suas defesas com facilidade assustadora.
— Seu perfume é o mesmo da noite do baile. — Ele disse, abaixando o tom de voz como se contasse um segredo.
Ela arregalou os olhos, surpresa com a observação.
— Então você me reconheceu pelo cheiro?
— Eu te reconheceria até de olhos fechados.
O clima oscilava entre tensão e algo mais profundo. Isabela tentava manter o controle, mas sentia-se tragada por aquele olhar, por aquele homem que claramente carregava o peso de muitos mundos nas costas.
Depois de alguns minutos, Enzo mudou o tom da conversa.
— Eu sei que você está desconfiada de mim. Está certa em estar. Mas não estou aqui para te assustar. Estou aqui porque quero te conhecer.
— E por que alguém como você gostaria de conhecer alguém como eu?
Ele hesitou por um segundo antes de responder:
— Porque você é real. E eu preciso de algo real.
Isabela o fitou em silêncio, surpresa com a vulnerabilidade escondida atrás de tanta frieza aparente.
— Me dê uma chance. Um almoço. Uma conversa sem segredos.
Ela olhou para a rua pela janela. Algo nela dizia para fugir. Mas outra parte — a mais silenciosa — dizia para ficar. Para escutar.
— Amanhã. Meio-dia. No parque das Palmeiras. Sem carros pretos, sem seguranças.
Ele assentiu. E com a mesma rapidez com que apareceu, levantou-se e foi embora, deixando no ar não apenas o cheiro de seu perfume caro, mas a sensação de que Isabela estava, mais uma vez, cruzando uma linha invisível.
Mais tarde naquela noite, ao revisar os acontecimentos do dia, ela sentiu seu celular vibrar. Uma mensagem anônima apareceu na tela:
"Você não sabe com quem está se metendo. Afaste-se. Enquanto pode."
O coração disparou. Seus dedos tremiam. E, pela primeira vez, ela compreendeu que o perfume de Enzo não era apenas atração. Era um aviso. O perigo tinha cheiro. E agora, também, tinha nome.
Mesmo assim, ela não conseguiu evitar a ansiedade e o entusiasmo que a dominaram ao deitar-se. Tentava convencer-se de que era apenas curiosidade, mas sabia que havia algo mais. Algo que desafiava a lógica, os conselhos das amigas, os próprios instintos. Ela queria vê-lo de novo.
Naquela noite, teve sonhos confusos — flashes de olhos escuros, vozes sussurradas e sombras ameaçadoras. Acordou suando frio. Mas não pensou em desistir. Na verdade, começou a se perguntar o que, exatamente, estava disposta a arriscar para conhecer a verdade por trás de Enzo Romano.
Gente não sei se vcs vão gostar desculpa é por que eu tenho 13 anos e eu amo ler e escrever também então resolver postar uma das histórias misturadas com as fanfics que eu faço na minha mente kkk tomara que gostem
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Atualizado até capítulo 36
Comments
Elenic Matos
meu Deus você é um gênio
2025-05-02
1
Thabata Gabrielle Princes de Oliveira
vou continuar mais tarde obrigada por gostar tô me esforçando pra agradar
2025-04-16
1
Una loca(。・`ω´・)
Preciso de mais! 😍
2025-04-16
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