Capítulo 3

...Autor a narrar...

Na mansão dos Neri

Charly, pai de Christian, estava saindo da piscina quando sua esposa chegou revoltada e se juntou à ele. O homem passou suas mãos por dentro do seu cabelo loiro e suspirou, já esperando o que sua esposa diria.

— Soube que o nosso filho está namorando. Ele tem doze anos, doze anos, Charly!

Yves indagou e o seu marido riu.

— Ele tem doze anos, mas o seu corpo não é de um garotinho, querida. Todo jovem tem suas necessidades, dependendo da garota que ele está, não vejo motivos para nos preocupar.

Yves mordeu os lábios, tirou o seu óculos escuro e disse:

— Ela é pobre e ainda pode correr o risco de engravidar. O nosso filho não pode sair por aí fazendo o que achar melhor. Temos que nos livrar dessa garota, entendeu? Ele não pode de maneira alguma namorar com alguém que não faz parte do nosso mundo!

— Não irei me meter na vida do nosso filho. Faça o que você achar melhor, Yves.

Charly saiu deixando sua esposa sozinha na piscina. Ela gritou por ele, dizendo para ele voltar, mas ele não voltou. Yves jogou seu óculos no chão, pegou o seu celular e mandou mensagem para o seu filho, mandando ele voltar para casa cedo.

Christian estava lanchando com os seus amigos, quando recebeu a mensagem de sua mãe. Um dos seus amigos chamado Raillan, leu a mensagem dele e riu.

— A mamãe tá brava, será que descobriu o seu romance proibido com a ralé?

Brincou Raillan e todos riram. Christian encarou o seu amigo com raiva, pegou suas coisas e levantou-se.

— Não fale assim de Reize, ela é minha namorada e merece respeito!

— Calma aí cara, volta aqui irmão…

Outro rapaz tentou falar, mas Christian saiu sem olhar para trás. Ele procurou por Reize no refeitório, mas só encontrou ela dentro da sala de aula vazia. Ele bateu na porta e ela o encarou.

— Christian, o que faz aqui?

Reize perguntou surpresa e ele sorriu, entrou na sala e sentou-se ao lado dela.

— Tive um desentendimento com os meus colegas e então vim te procurar. Eles costumam ser desagradáveis quando querem…

Christian falou e Reize percebeu algo estranho nele. Christian não agia como uma criança, ele era bem maduro para alguém de sua idade.

— Você só tem doze anos, mas age como um adulto. — Ela comentou.

Reize comentou e uma sombra invisível passou pela bela face de Christian.

— Eu não tive uma infância igual às de outras crianças. Meus pais sempre me motivaram a ler bastantes livros de finanças. Então, eu mal tinha tempo para brincar e interagir com outras crianças. — Ele disse.

— Não imaginava isso, pensei que os seus pais deixavam você fazer tudo o que queria.

— Mas eles deixam…— Christian apertou sua mandíbula — e você, porque está aqui dentro?

Os olhos de Reize se encheram de água e ela desviou a sua atenção de Christian.

— Aquelas garotas… jogaram o lanche que você me deu no chão e me ameaçaram. Eu não quero ser expulsa da escola, por isso fiquei quieta.

Christian suspirou pesadamente, colocou a mão dele por cima do ombro de Reize e se aproximou mais dela.

— Você não precisa ter medo, eu não deixaria você ser expulsa. Eu irei te defender, elas não podem comigo. Você já viu o meu tamanho?!

Christian levantou-se e começou a se exibir, arrancando risos dos lábios de Reize. Ele riu e sentou-se novamente, então o silêncio reinou, mas não era um silêncio desagradável. Reize olhou para Christian e ele olhou para ela também.

— Obrigada, obrigada por ser meu amigo, Christian.

— Eu que agradeço, pois posso ser eu mesmo quando estou com você. — Disse Christian.

Eles ficaram juntos até o final do intervalo, depois retornaram para suas salas. Ao término das aulas, Christian acompanhou Reize até a rua dela e depois foi embora. Chegando na mansão dos seus pais, ele foi levado até a sala de reunião, onde sua mãe o esperava de braços cruzados.

— Qual o motivo de sua demora, Christian?

Yves perguntou e Christian sentou-se na poltrona, cruzou suas pernas e manteve o seu olhar fixo na mulher à sua frente.

— Levei minha namorada para casa, por isso a demora.

Ele respondeu e sua mãe soltou um som com a boca.

— Namorada? Christian, sabemos que você está com ela porque ela é uma garota fácil e porque você é imaturo demais!

A mulher indagou e Christian se sentiu irritado.

— A senhora não deveria se meter na minha vida amorosa. Eu sei o que estou fazendo e se o seu medo for eu ter filhos na adolescência, não se preocupe, eu estou me cuidando bem. Para isso, existe camisinha, mãe!

Christian levantou-se e sua mãe também, ela se aproximou dele e o mesmo não desviou o olhar intenso que tinha sobre ela.

— Você vai deixar aquela garota, se não eu acabo com a felicidade dela! Eu tirarei tudo dela, tudo!

A mulher exclamou e pela primeira vez, Christian soltou um palavreado em outra língua. Sua mãe colocou a mão na boca, demonstrando estar surpresa com a reação inequívoca do seu filho.

— Já chega! A senhora não fará nada, pois se fizer, eu juro que eu fujo para bem longe de vocês. Eu tenho o meu próprio dinheiro e sei como usá-lo direitinho, então foque em sua vida. Pois você nunca se importou comigo de verdade, então não tente fingir que se importa comigo depois de tanto tempo!

Christian saiu batendo a porta e Yves caiu de joelhos no chão.

— O…o que aconteceu? Porque o Christian está agindo assim? Será que eu terei que lidar pessoalmente com essa garota?

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