Meu peito aperta. Eu não estava nesta cidade naquela época, mas ouvi os boatos... Bianca estremece e eu percebo que estou esmagando seus dedos.
Eu me obrigo a soltá-la, cerrando os punhos. "Quem é ele?"
“Eu não entendo—”
"Quero um nome, princesa. Diga o nome do desgraçado com quem você está planejando fugir." Mantenho a voz baixa, apesar da vontade de gritar.
"Não estou!" ela protesta.
Meu olhar percorre seu corpo, as peças se encaixando. Suas roupas cada vez mais provocantes. Seu atraso esta noite. Mesmo assim, vir aqui depois de um encontro com outro homem parece tão incomum para ela, e ainda assim...
"Onde você estava esta noite? Para quem é esse vestido?"
Quase baixo demais para eu ouvir, ela sussurra: "Você, pai. Pedi para minha empregada comprar. Ninguém mais me viu com ele."
Meu sangue corre para o meu pau. Mas antes que eu possa compreender as implicações daquela confissão, ela continua.
"Achei que poderia ser minha última chance. O Nonno está me obrigando a casar com o Guido."
Porra. Guido Lombardi é o subchefe de Mancini — e quase tão velho quanto ela. Mas Lombardi não tem apenas o triplo da idade dela — ele é implacável. Sádico. E o canalha por trás do massacre da Sexta-Feira Santa.
Mas será que Mancini sabe disso? Sou um péssimo padre, mas nunca pensei em quebrar o sigilo do confessionário até agora.
Não consigo respirar, não consigo falar, não quando ela me olha daquele jeito, não quando ela diz que usou aquele vestido para mim, não quando eu quero gritar que não tem a mínima chance dela se casar com outro homem.
Interpretando mal meu silêncio, ela continua, as palavras saindo de seus lábios num turbilhão. "Desculpe. Eu não deveria te envolver em assuntos de família, mas eu precisava contar para alguém, e eu não tenho amigos. Ou pelo menos não aqueles que não..."
Agarrando seus cabelos com os dedos, puxo sua cabeça para trás, encarando seus olhos escuros brilhando de lágrimas, olhos que me arrastam para baixo e sugam todo o ar do quarto até que eu não consiga mais respirar, muito menos falar, mas consigo pronunciar uma única sílaba estrangulada. "Pare."
"Parar o quê, pai?" Ela me olha através dos cílios molhados, tão inocente, tão próxima. É demais.
"Pare de me tentar, princesa. Eu conseguiria resistir àquele vestido obsceno... por pouco. Mas pensar em você..."
Com meus dedos emaranhados em seus cabelos e seu cheiro me envolvendo, vou sufocar se não a beijar. Sucumbindo ao inevitável, esmago nossas bocas.
Com os lábios entreabertos, ela envolve os braços em volta do meu pescoço. Ela me puxa para si, me puxa para baixo, e eu estou perdido. Estou completamente destruído.
Ela geme, sua língua deslizando sobre a minha, seu corpo se arqueando contra mim, tão inocente, tão receptivo. Ela me beija de volta com uma fome que combina com a minha, abrindo-se para mim.
Seguro um dos seus seios. Ele se encaixa perfeitamente na minha mão. Ela me beija como se tivesse nascido só para isso, como se tivesse feito isso a vida toda. E se eu não conseguir beijá-la todos os dias pelo resto da minha vida, vou enlouquecer.
E, no entanto, se isso vai acontecer, eu tenho que assumir o controle. Ela veio aqui porque confia em mim. Então, mesmo que isso me mate, termino o beijo e gentilmente tiro os braços dela do meu pescoço.
"Eu fiz algo errado?" ela pergunta, com a voz incerta.
"Você fez alguma coisa errada?", passo os dedos pelos cabelos, certa de que devo parecer tão desequilibrada quanto me sinto. "Eu queria te beijar desde antes de ser legal. Já esfreguei meu pau até ficar em carne viva pensando em você. Não, você não fez nada de errado, meu anjo."
“Então por que você parou?”
Eu rio, mesmo que não haja nada de engraçado nisso. "Porque se eu não tivesse feito isso, eu não teria conseguido."
Ela franze a testa. "Isso não faz sentido."
Como é impossível manter minhas mãos longe dela por dois minutos, depois de ter resistido por dois anos? Acaricio seus braços, maravilhado com sua maciez. Ela estremece. E, porra, mas aquele pequeno tremor e o jeito como faz seus peitos balançarem me deixam duro o suficiente para arrebentar o zíper.
"Você é tão inocente assim? Sério?" Agarro seus bíceps. "Se eu tivesse continuado a te beijar, não teria escolha a não ser enfiar meu pau naquela bucetinha apertada de adolescente."
Ela cora. "Foi por isso que vim aqui. Eu... eu quero que você seja o meu primeiro, não o Guido."
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