Clara se apressou ao perceber que a hora de abrir a igreja estava se aproximando. Terminou de passar o batom nos lábios, pegou sua Bíblia e a chave da igreja.
— Pai, estou indo.
— Filha, espera. Deixa que sua mãe abrirá a igreja hoje. Preciso falar com você. — Seu pai, que costumava ser sempre alegre, falou com um tom sério, despertando preocupação. Clara colocou a chave sobre a mesa e se aproximou do sofá onde ele estava sentado.
— Aconteceu alguma coisa, pai? — perguntou, sentando-se ao seu lado.
— Por enquanto, não. Mas é só uma questão de tempo.
— O que isso quer dizer?
— Eu sei o quanto você ama o nosso espaço na igreja, mas infelizmente não estamos conseguindo manter o aluguel. Por isso, provavelmente teremos que fechar por um tempo indeterminado.
— Mas não há nada que possamos fazer para mudar essa situação? — Seus olhos se enchem de lágrimas.
— Não temos membros suficientes para sustentar os custos e, mesmo entre os que temos, nem todos contribuem com o dízimo.
— Por que não fazemos uma reunião, sei lá... — diz ela, revoltada, levantando-se rapidamente, como se buscasse uma solução imediata.
— Eu sei que é difícil, mas você sabe que essa luta não começou agora. O aluguel já está atrasado há algum tempo… infelizmente, não há outra saída, filha.
— Eu não vou desistir, pai — diz ela, segurando novamente a Bíblia nas mãos. — Vamos?
Enquanto isso, Miguel está deitado em sua cama após um longo e lucrativo dia de trabalho. Do outro lado da porta, sua empregada o chama pelo nome.
— Pode entrar.
— Com licença, senhor. Seu pai está na sala, aguardando — diz ela.
Suspirando fundo, Miguel se levanta. A visita do pai geralmente significa más notícias e uma boa dose de dor de cabeça.
— Obrigado, Talitha.
— O que houve? — pergunta ele, direto e sem rodeios, assim que entra na sala e encara o pai.
— Dobre a língua quando falar comigo!
— O senhor não veio aqui só para me visitar, veio? Então diga logo: o que aconteceu? — indaga, mantendo a postura firme.
— É justamente esse seu jeito arrogante que está nos prejudicando. Você não se importa com ninguém além de si mesmo.
— E o senhor se importa? — rebate, cortante.
— A diferença é que a minha imagem está consolidada. Já a sua... está se deteriorando cada vez mais. E isso, meu filho, não é bom para os negócios.
— Não é minha culpa se esse povo é ignorante.
— Achei que tinha te ensinado melhor do que isso — diz o pai, aproximando-se e colocando a mão sobre o ombro de Miguel. — As pessoas vivem pela emoção, não pela razão. Se você for aquilo que elas esperam, terá o apoio delas. Mas, se as dececionar, vai acabar sozinho... e falido. Eu quero-me aposentar, você sabe bem, mas se você nãzelar a nossasa imagem, já era.
— E o que espera que eu faça, então? — questionou, cruzando os braços, visivelmente contrariado.
— Encontre uma maneira de provar a eles que você é um homem íntegro, comprometido com o bem-estar da população. Você é jovem, inteligente — sei que é capaz. Mas o tempo está contra nós. Em breve, estarei aposentado e, se até lá você não tiver assumido esse papel, serei forçado a vender a empresa. E isso... isso está absolutamente fora de questão. Boa noite. — Virou-se lentamente e partiu, deixando um silêncio pesado no ar.
— Droga — murmurou Miguel, socando a parede. — O que eu vou fazer agora?
Ele se jogou no sofá, perdido em pensamentos, tentando descobrir uma forma de melhorar sua imagem.
— Senhor, está tudo bem? — perguntou Talitha, com preocupação na voz.
— Não, não está — respondeu ele, abatido. — Preciso recuperar minha imagem antes que meu pai arruíne tudo — Com o rosto carregado de preocupação, Talitha sentou-se ao lado dele.
—Tem algo que eu possa fazer por você? — ela perguntou, segurando a mão dele.
— Consegue melhorar a minha imagem? — respondeu com um tom ríspido.
— Não. Mas posso te ajudar a melhorar isso. É só dar às pessoas o que elas querem — ele se levantou, visivelmente irritado.
— E como vou saber o que pobre quer?
— Eles querem alguém que defenda suas causas, que os ajude a viver melhor. Basta ajudar um e divulgar na mídia. Sua imagem vai começar a mudar. Sou pobre também.
— Desculpa pela forma como falei.
— Tô acostumada — respondeu com um sorriso leve e se levanta colocando suas mãos no rosto de Miguel — Quer que eu faça outra vez? você gostou tanto lembra?
— É por isso que você é minha melhor empregada — deu um selinho da boca de Talitha, a mesma se ajoelha, abaixando o short e a cueca de Miguel, amarrando seu cabelo, começando a chupá-lo, fazendo. Neste momento, ele lembra de Clara acendendo uma ideia em sua mente.
Após ter chegado em seu clímax ele pega seu celular e liga para um de seus amigos.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
Tania Cassia
pensei que a Thalita era uma senhora de respeito, 😳😳
2025-05-31
1
Hosana Gessica Hernandes
comecei a ler hoje 😃.
2025-05-30
0