Asas do Caos: O Herdeiro da Sombra e a Tempestade Viva
O Despertar de uma Nova Era
Narrador
No vasto limbo, onde o ciclo da vida se desenrola sem interrupções, um pequeno ser jovial observava atentamente o fluxo da existência. Ele via todos nascerem, crescerem e, inevitavelmente, partirem. No entanto, algo novo estava prestes a acontecer. Uma mudança no destino, uma nova fonte de poder emergindo no mundo.
— Vamos ver... Hum... Oh! Aparentemente, temos uma nova semente extraordinária surgindo por aí, hahahaha! — exclamou a pequena divindade, entusiasmada.
Uma nova era estava prestes a começar.
— Isso vai ser muito divertido! — disse ele, abrindo um largo sorriso de orelha a orelha.
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Narrador
Em um mundo distante, sob a luz tênue de uma noite estrelada, um pequeno recém-nascido abriu os olhos pela primeira vez. Sua visão ainda era turva, mas ele conseguia distinguir duas figuras ao seu redor. Aquelas presenças emanavam calor e segurança.
"Oh... Que luz é essa? O que está acontecendo?"
A primeira coisa que ele viu foram seus pais.
— Veja, Rubeth, nosso filho! — disse a mãe, uma mulher de cabelos castanhos e olhos vermelhos como carmesim.
— Hahaha! Nosso filho é perfeito! Com certeza puxou você, Liz! — exclamou o pai, um homem de porte robusto, estatura larga e músculos bem definidos.
O bebê tentou balbuciar alguma coisa, sua voz ainda fraca e incerta.
"Papá... Mamã?"
Liz arregalou os olhos, surpresa.
— Veja, amor, ele já está falando suas primeiras palavras!
Rubeth, por outro lado, olhou desconfiado para o filho, segurando-o com certo espanto.
— Mas não é um pouco rápido demais? Eu não achava que recém-nascidos pudessem evoluir tão rápido...
Mesmo surpresos, Liz e Rubeth sentiam-se tomados por um orgulho imensurável. Seu filho era especial.
— Kan, você será um paladino incrível, assim como seus pais.
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Narrador
O mundo de Ycruch era vasto, repleto de civilizações prósperas e criaturas místicas. Humanos, demônios, demi-humanos, anões e elfos viviam juntos em aparente harmonia. Nesse cenário grandioso, os paladinos eram a elite guerreira, divididos em quatro classes e responsáveis por manter o equilíbrio entre as raças.
Avançando alguns anos no tempo, encontramos Kan, agora um jovem adolescente. Ele possuía 1,87m de altura e uma estrutura atlética, porém com um peso abaixo do esperado para seu porte. Apesar disso, sua resistência era notável, e sua aparência transmitia uma mistura de determinação e incerteza.
Ao seu lado, estava Icelo, seu melhor amigo e total oposto. Com 1,90m, Icelo tinha um físico impressionante: músculos bem definidos, mas sem perder a leveza de um corpo magro e esguio. Seu rosto era simétrico, seus traços harmoniosos, quase como se tivesse sido esculpido à perfeição. O sorriso confiante que carregava no rosto só reforçava sua aura imponente.
Os dois cresceram juntos, compartilhando inúmeras aventuras.
— Ei, Icelo, como você consegue usar mana tão livremente? — perguntou Kan, observando o amigo conjurar energia com facilidade.
Icelo riu de forma presunçosa.
— Ué... Isso é algo natural. Nada que um fraco como você não saiba fazer, hahaha!
Apesar das provocações, Kan sabia que Icelo não falava por mal. Ainda assim, a dúvida em seu coração crescia.
— Mas eu não consigo usar mana... Meus pais são da classe A, mas eu não sou como eles. Tenho medo de não ser bom o suficiente...
Enquanto falava, Kan acariciava seu familiar — uma pequena raposa albina do sul, presente que recebera ao completar 15 anos.
Sem aviso, Icelo deu-lhe um cascudo na cabeça. Um pequeno calo se formou imediatamente.
— Ai! Por que fez isso?! Isso doeu... — reclamou Kan, levando a mão à cabeça.
— Não se compare comigo — disse Icelo, cruzando os braços. — Eu tive meus próprios motivos para dominar a mana tão cedo. Você tem um grande potencial, Kan, eu sei disso. Vai mostrar a todos que é mais forte do que imagina.
Kan piscou algumas vezes, surpreso com as palavras do amigo.
— Oh...
Mas Icelo rapidamente mudou de assunto.
— De qualquer forma, precisamos organizar as coisas para a viagem.
Kan franziu o cenho.
— Hã? Viagem?
— Sim, ué! Vamos nos matricular na Academia Tryx, a famosa escola de magia e guilda da nossa nação. Lá é onde os paladinos são formados.
Kan sentiu um arrepio ao ouvir aquele nome.
— Onde papai e mamãe se formaram...
Icelo sorriu, cheio de confiança.
— Bem, não que eu precise me preocupar em ser aprovado. Eu sou o mais forte, hahaha!
— Ei, aonde você vai? Não me deixe para trás!
Kan saiu correndo atrás do amigo, enquanto sua raposa o acompanhava, saltitando ao seu lado. Ambos riam, ansiosos pelo futuro. O destino os chamava, mas que desafios aguardavam no caminho?
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Narrador
De volta ao limbo, a pequena divindade observava a cena com interesse. Seu sorriso travesso indicava que algo estava prestes a acontecer.
— Oh... Eles já estão tão grandes... Mas a sementinha ainda não despertou... Vou ter que dar uma ajudinha.
E assim, o fio do destino começava a se entrelaçar.
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Atualizado até capítulo 23
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