Alina

Junto os seis vestidos que tenho e três pares de roupa íntima, pego o agasalho favorito da minha avó e coloco numa bolsa junto com a minha toalha e escova de dente.

— Vamos logo, Alina. Não tenho a porra do dia todo. — Adriano é grosseiro, porém não me importo.

Dou uma última olhada no pequeno lar em que cresci e saio porta a fora. Observo Adriano falar com um vizinho e esse mesmo vizinho lhe entregar dinheiro.

— O que está acontecendo aqui? — Pergunto ao senhor Edmund.

— Seu pai me vendeu a velha casinha da sua avó, vou reformar e alugar.

— Por que você vendeu a casinha da minha avó? Não tinha esse direito! — Falo quase gritando e Adriano me dá um tapa na cara enquanto fala:

— Eu sou o único que tenho esse direito! Ela era minha mãe, não sua. Agora vamos embora, temos muito o que andar até a estação de trem.

Com a mão onde ele bateu sigo seus passos até a estação de trem, levou uma hora para chegar nessa estação e em cada segundo dessa uma hora imaginei mil maneiras de matar o meu próprio pai.

— Você vai ficar comigo na casa dos meus primos, não tem lugar para você lá, porém será por poucos dias. Tenho um lugar melhor em vista para você.

Não respondo nada, agradeço a Deus por ele não se sentar ao meu lado durante a viagem. Ao olhar para esse desgraçado percebo que temos o mesmo queixo e os meus olhos... Infelizmente tenho os olhos do meu pai.

Encosto a minha cabeça na janela e despeço-me da cidade em que cresci. Já tinham se passado duas horas quando Adriano me acordou avisando que já estávamos chegando. Senti nojo quando ele tocou no meu braço.

Andamos por quarenta minutos até chegar num bairro esquisito. Os homens me olhavam com desejo, me senti um pedaço de carne e eles cães famintos.

— Não gosto desse lugar, quero voltar para minha casa.

— Não ligo se você não gosta, como eu disse não vai ficar por muito tempo.

Ele me ignora depois disso e segue andando por uma rua. Quando chegamos na casa onde ele mora, a primeira coisa que vi foram quatro homens, dois aparentando ter a idade de Adriano e dois aparentavam ter vinte e poucos anos.

Os dois homens mais novos olham para mim e mordem o lábio. Os dois mais velhos me olham com luxúria e desejo. Eu me abraço imediatamente para me proteger.

— Como vocês já sabem, essa é minha filha, ela não vai ficar muito tempo. Só quero que a respeitem.

Adriano me deixa na pequena sala e sai, eu olho para o chão, não consigo encará-los parecem raposas no galinheiro. Eu me sento no sofá e fico de cabeça baixa.

Adriano sai junto com os dois homens mais velhos me deixando com os mais jovens. Estou sentada aqui desde que cheguei e preciso usar o banheiro.

— Por favor, onde fica o banheiro?

— Eu te mostro, delícia. — O mais alto fala.

Ele me leva por um corredor até que chegamos na cozinha, ele me mostra a porta do banheiro e antes que eu conseguisse entrar ele tenta me beijar a força e eu dou uma cabeçada nele.

— Sua piranha, desgraçada. Vai se arrepender do que fez. — Ele sai e eu me sinto tonta por causa da cabeçada.

Uso o banheiro e fico um tempo ali dentro, estou com medo de sair. Mas o silêncio reina lá fora, eu acabo saindo e voltando para o sofá, não vejo mais os dois idiotas.

Me deito no chão forrando dois vestidos para me deitar. Adormeço logo me sentindo cansada, sonho com a minha vó me dizendo que tudo vai ficar bem, eu choro.

Algo começa a me incomodar, sinto dedos puxando minha calcinha. Desperto dando uma joelhada no rosto do segundo rapaz jovem, ele estava tentando abusar de mim no meio da noite. Adriano pela primeira vez agiu como um pai e socou o rapaz.

— Está querendo estragar tudo, Donovan? Sabe que tem muito em jogo aqui.

Estou enganada? Ele não me defendeu por eu ser sua filha e sim por valer alguma coisa? Adriano me leva com ele para onde estava dormindo e eu fico ali encolhida o resto da noite.

Estou sem me alimentar desde que minha avó faleceu e meu estômago começa a doer. Todos já estão de pé e Adriano estranhamente começa a me tratar bem.

Ele me trouxe comida e foi gentil. Dois dias se passaram e eu aceitei a bandeja de comida como da última vez, mas dessa vez tinha algo de errado.

Minha visão começou a ficar embaçada, mesmo com a visão assim eu vi dois homens de terno entrarem e Adriano sorri. Sinto eles me segurarem pelos braços até tento lutar, mas o sono me vence.

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Comments

Simone

Simone

Com um pai desses… seria melhor se fosse órfã. 😤

2025-03-13

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Neuza Lucia

Neuza Lucia

nojento cafajeste babacas escroto 4 cobras cascavel pechoenta traiçoeira infriutada serpente venenosa do deserto é bom que esse Marfioso matem todos os envolvidos nunca foi pai esse imbecis idiota 😏🤔🐍🐍🤔🤔👊🤬😠🤮

2025-03-24

0

Adriane Alvarenga

Adriane Alvarenga

Misericórdia....quem deveria protegé lá, já que nunca fez nada por ela, está vendendo ela. Deve ser para o leilão, por ser virgem.....😢😢😢😢😢😢 que monstro....

2025-04-05

0

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