Risco e prazer

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Dante: Lyra, você tem um pescoço muito... delicado.(Disse com sua voz baixa e suave.)

(Lyra se virou para olhar para ele, confusa.) –Delicado? O que você quer dizer com isso Sr.Dante?

Dante sorriu, seu olhar ainda fixo no pescoço de Lyra.

Sr.Dante: Eu quero dizer que é muito... gracioso. E pode me chamar apenas de Dante.

Lyra se sentiu um pouco desconfortável com o elogio. Ela não sabia o que fazer com isso, e se perguntou se Dante estava apenas sendo educado ou se havia algo mais por trás de suas palavras.

Lyra: Obrigada, Dante. (Disse ela, tentando soar natural.)– Mas eu não entendo muito bem o que você quer dizer com "delicado".

Dante se aproximou mais seu rosto do dela, dessa vez ela estava de frente para ele. Os olhos de Lyra encaravam Dante que mantinha a fixação no pescoço da jovem.

Dante: Talvez seja melhor mostrar do que explicar...

Lyra sentiu seu corpo estremecer. Ela não sabia o que Dante estava planejando, mas sabia que não estava confortável com a situação e que isso poderia ser ruim.

Lyra: Dante, eu...

Sofia entrou na cozinha com uma expressão furiosa.

Sra.Sofia: Então é por isso que você colocou essa serva para jantar à mesa! (Exclamou ela, apontando para Lyra.)

Dante e Lyra estavam próximos com seus rostos um do outro. Dante virou-se lentamente encarando Sofia.

Ela se aproximou de Dante, sua voz tremendo de raiva.

Sra.Sofia: Você é um homem perverso, Dante! Você está usando essa garota para satisfazer seus desejos!

Lyra se sentiu humilhada e envergonhada. Ela sabia que Sofia estava apenas procurando uma desculpa para atacá-la.

Sofia se virou para Lyra, sua expressão de desprezo.

Sra.Sofia: E Você? Acha que pode conquistar uma fortuna com Dante, não é? Você acha que pode se dar bem escolhendo um homem rico e poderoso como ele?

Lyra se sentiu ofendida, mas não respondeu.

(Sofia riu, uma risada cruel.) Você se dará mal, garota! Dante não é o tipo de homem que se compromete com ninguém.

– Ele é um solitário, um homem que não precisa de ninguém.

Em um piscar de olhos, Dante ja estava próximo de Sofia com a mão em seu pescoço, suas unhas levemente afiadas precisavam apenas de um leve aperto para perfurar a pele.

Dante: Tia, Tia... O que faço com você? Tão tola, como é a outra palavra que quero dizer? Hum...

Ele continua a sufocar Sofia, que agora está por um fio.

Dante: Estupida? Muito pouco. Desprezível, isso. Essa é a palavra.

Lyra: Dante, por favor, você está machucando ela...

Dante: Está ouvindo essa voz? É a única que quero ouvir após soltar você.

Dante: Consegue compreender minha língua Tia?

Dante coloca sua língua para fora e lambe o rosto de sofia, deixando amostra dos seus dentes afiados, alimentando-se apenas da expressão aterrorizada de Sofia.

Ele sorri e por fim desprende suas mãos dela.

Dante: Vamos, Lyra. Vou te acompanhar até sua casa.

Lyra: Mas Dante, eu não terminei…

Dante: Terminou sim. Venha.

Ele segura ela pelo braço e a arrasta para fora da cozinha saindo pelos fundos. Lyra tenta acompanhar seus passos largos e rápidos, mas está se esforçando para não tropeçar nos próprios sapatos.

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Dante e Lyra estavam no mercado de especiarias, cercados por vendedores que ofereciam seus produtos. Ele estava procurando por uma especiaria rara e cara, e Lyra estava ao seu lado, ajudando-o a escolher.

Um dos vendedores, um homem gordo e suado, se aproximou deles.

– Ah, senhor! Eu tenho exatamente o que você está procurando! Essa especiaria é a melhor que você pode encontrar!

Dante olhou para a especiaria e hesitou. Lyra, no entanto, examinou-a mais de perto e sacudiu a cabeça.

Lyra: Não, senhor. Essa especiaria não é boa. Ela está velha e não tem a eficácia que procura.

O vendedor se enfureceu.

– Quem é essa garota para dizer o que é bom ou ruim? O que esperar de uma bruxa, em todo lugar que aparece dá dor de cabeça.

Dante se aproximou do vendedor, sua expressão firme.

Dante: Consegue me dar um bom motivo para comprar isso? Do contrário, ela está certa.

O vendedor olhou para Lyra com medo e desconfiança.

– Eu não quero ter nada a ver com bruxas! Ela é uma ameaça para todos nós. Procure outra barraca.

O olhar de Dante falou mais do que as palavras.

– Desculpe, senhor. Eu não quis ofender ninguém.

(Dante olhou para Lyra e sorriu.) Vamos encontrar uma especiaria melhor, Lyra.

Lyra: Sim, senhor. Vamos encontrar uma especiaria que seja perfeita.

...✞︎...✞︎...

Ambos voltavam para casa admirando o pôr do sol que parecia cair rápido. Dante se virou para Lyra.

Dante: Lyra, deve ser difícil ser julgada por suas feições, principalmente seu cabelo.

(Lyra olhou para baixo, seu rosto corando levemente.)

– Sim, foi difícil. E ainda é. Muitas vezes, prefiro ficar calada do que expressar minha opinião em algumas coisas. As pessoas podem pensar que sou uma bruxa ou algo parecido, apenas porque estudo.

Dante se aproximou de Lyra e segurou sua mão. Lyra sentiu um arrepio.

Dante: Você é uma pessoa linda e inteligente, e não deve se deixar julgar por outras pessoas. E se você deixar, posso te ajudar no seu aprendizado.

Lyra fitou Dante, seus olhos brilhando com gratidão.

Lyra: Obrigada, Dante. Você é muito gentil comigo.

Dante sorriu e se aproximou mais de Lyra. Ele entrelaçou um beijo lentamente, mordendo seu lábio. Lyra sentiu um choque de prazer e se rendeu ao beijo. No entanto, Dante não percebeu estar mordendo um pouco forte e fez Lyra sangrar um pouco.

Lyra se afastou de Dante, surpresa e um pouco dolorida.

Lyra: Dante, você me mordeu!

Dante: Desculpe, Lyra. Você está bem?

(Lyra sorriu e limpou o sangue de seu lábio.) – Estou bem. Mas talvez você deva ser mais cuidadoso da próxima vez.

Dante sorriu e a beijou novamente, mais suavemente desta vez. Ela se rendeu ao beijo, sentindo-se feliz e segura nos braços dele.

Eles continuaram a se unir em um beijo apaixonado, perdidos em seu próprio mundo. O pôr do sol estava quase acabando, mas eles não notaram. Estavam completamente absorvidos um no outro.

Depois de alguns minutos, Dante se afastou de Lyra e a fitou com um sorriso.

Dante: Você é incrível, Lyra.

Lyra corou e olhou para baixo, sentindo-se um pouco envergonhada.

Lyra: Obrigada, Dante.

Dante se aproximou dela novamente e a envolveu em um abraço apertado. Ele a beijou mais uma vez, com um ardor que a fez sentir-se como se estivesse flutuando no ar.

Quando finalmente se afastaram, Lyra estava sem fôlego.

Lyra: Dante, eu... (Começou ela, mas não sabia o que dizer.)

Dante sorriu e a contemplou com um olhar radiante.

Dante: Não precisa dizer nada. Eu sei como você se sente. E eu sinto o mesmo.

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⛧༺♱༻⋆𓂃 ࣪ ִֶָ🦇་༘࿐  Lyra

Lyra estava na varanda do quarto, envolvida pela brisa gelada da noite escura e desolada. Ela olhou para fora, perdida em seus pensamentos, enquanto o vento agitava seus cabelos ruivos com uma suavidade quase imperceptível.

Não conseguia afastar da mente o beijo que havia compartilhado com Dante. A sensação de seus lábios sobre os dela, a forma como ele a tinha envolvido em um abraço apertado, a maneira como ele a mordeu com uma intensidade quase feroz...

Ela sentia um pouco de apreensão, sim. Medo de não saber o que Dante era capaz de fazer, medo de não saber o que ele queria dela. Ela sentia um desejo intenso e avassalador de mais. Mais beijos, mais abraços, mais daquela sensação de estar viva e palpitante.

Suspirou e se virou para dentro do quarto, envolvida por uma sensação de indecisão. Ela sabia que não podia deixar-se levar por seus sentimentos, não agora. Precisava ser cautelosa, precisava pensar no que era melhor para ela.

Mas enquanto se deitava na cama, mão podia deixar de sentir uma sensação de expectativa, uma sensação de que algo estava prestes a acontecer. E ela não sabia se estava preparada para isso.

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Estou sentado na minha varanda, contemplando as estrelas que brilham no céu noturno com uma intensidade quase hipnótica.

Sinto o calor do vinho na taça que seguro, espalhando-se pelo meu corpo como uma onda de prazer.

Não consigo afastar da mente o beijo com Lyra, um beijo que foi, ao mesmo tempo, apaixonado e perigoso.

A forma como ela se rendeu ao meu abraço, ao meu toque com uma sensibilidade quase palpável... Sinto um arrepio ao lembrar-me daquela tarde, uma tarde que foi mágica e arriscada.

Mas eu também sei que corri um grande risco ao beijá-la daquela maneira, um risco que era emocionante e aterrorizante.

Mordi seu lábio, e faltou muito pouco para eu perder o controle e passar dos limites, mergulhando em um abismo de desejo e paixão.

Sinto um misto de excitação e medo ao pensar nisso, de emoções que me deixam confuso e indeciso. Sei que não posso permitir que isso aconteça novamente, que preciso manter o controle e ser cuidadoso.

Mas, não posso negar o desejo que sinto por Lyra, um desejo que me consome e me deixa sem fôlego.

Suspiro e levanto a taça de vinho aos lábios, sentindo o sabor da bebida se espalhar pela minha boca.

Preciso ser forte, preciso resistir ao meu desejo. Sei que isso não será fácil, que o desejo que sinto por Lyra é uma força poderosa e irresistível.

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