A minha obsessão

Depois de algumas semanas ou meses, e até mesmo em questão de minutos, Vinsmoke Sanji não conseguia se esquecer dele. Sim, dele, de quem mais seria? Do cabelo de musgo, do espadachim de três espadas, do ex-caçador de piratas Roronoa Zoro. Mesmo distante, o nosso cozinheiro pervertido nunca deixou de mandar alguns presentinhos para fazê-lo se lembrar. Isso irritava profundamente o espadachim. Ah, e os presentes não poderiam ser de pior gosto, pois Sanji sabia perfeitamente do que Zoro gostava. E era justamente isso que dava mais raiva: ter que jogar fora, dar para outras pessoas ou até mesmo vender bebidas caras e importadas era um grande desperdício de dinheiro e de bebida. Com o passar do tempo, Vinsmoke Sanji não conseguiu se adaptar muito bem. Então, a decisão magoou o coração de uma pessoa. Mesmo que, no profundo, ele não se importasse, não era nada fácil a tarefa. Para ser sincero, ele não queria, mas precisava, pois não aguentaria ter que fingir que amava Charlotte Pudding. Ela é uma pessoa boa e gentil, não merecia passar por isso. Mas, para a saúde mental de Sanji, tinha que ser assim. Ele a chamou para uma longa e bela conversa, expondo tudo o que já estava guardado dentro de si. Isso a destruiu por completo; lágrimas brotavam em seus lindos olhos. Vinsmoke Sanji pensava que isso poderia acabar com tudo e ele voltaria a ser como era antes. Só que ele não esperava que Pudding estivesse obcecada por ele por completo e já tivesse um plano em mente há tempos. Com a notícia trágica e surpreendente de que seria pai, o nosso cozinheiro pervertido ficou em choque. "Que legal!", pensou ironicamente, enquanto uma única dúvida o consumia: "Mas como?". Ele tinha usado proteção, verificado se estava em perfeito estado e descartado no banheiro do hotel onde passaram a lua de mel. Indagando seus pensamentos, Sanji chegou a uma conclusão clara e perturbadora: ela havia pego o preservativo e o inserido na própria vagina, sem se preocupar com as consequências de contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Internamente, Vinsmoke refletia sobre o que Charlotte Pudding seria capaz de fazer para passar o resto de sua vida ao seu lado. Era uma grande loucura o que uma pessoa podia fazer para obter o que queria, e o que ela mais desejava era ter o filho da família Vinsmoke ou organização paramilitar Germa 66. Para ela, somente para ela, Charlotte Pudding já havia feito uma visita para conhecer o tal e agradar o nosso espadachim, sim, Roronoa Zoro. Ela já o havia ameaçado, mas isso não fez com que o nosso amado Zoro se assustasse ou sentisse medo.
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De repente, seus pensamentos são bruscamente cortados pela Pudding. Com um sorriso travesso dançando em seus lábios, ela inclina a cabeça e pergunta, os olhos brilhando de curiosidade:
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Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
E então, amor, o que você acha que vai ser? Um pequeno príncipe ou uma linda princesinha.
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
...
Naquele instante, apenas uma coisa passou pela sua cabeça: Que maluca! O mais estranho não era a pergunta em si, mas sim a repentina mudança de humor de Charlotte. A poucos segundos, ela estava se desfazendo em lágrimas e, agora, exibia um sorriso radiante e contagiante ao receber a notícia que acabara de dar: nosso cozinheiro, conhecido por suas indiscrições, seria pai. Essa súbita transformação é o que realmente causava estranheza.
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O mais estranho não era a pergunta em si, mas sim a repentina mudança de humor de Charlotte. A poucos segundos, ela estava se desfazendo em lágrimas e, agora, exibia um sorriso radiante e contagiante ao receber a notícia que acabara de dar: nosso cozinheiro, conhecido por suas indiscrições, seria pai. Essa súbita transformação é o que realmente causava estranheza. Sanji realmente teve o sonho de construir uma linda família com seu pai. Contudo, isso era algo do passado. No presente, naquele exato momento, ele não desejava ter uma família, muito menos com Charlotte Pudding. Essa notícia, por outro lado, agradaria imensamente à sua própria família, já que os Vinsmoke haviam planejado tudo desde o início para arruinar sua felicidade vida. Livrar-se daquela tempestade era seu único recurso. Embora detestasse a ideia de destratar uma linda dama, algo que ia totalmente contra seus princípios, ele não via outra saída para preservar sua felicidade e sanidade mental. Com o coração pesado, mas decidido, ele se lançou, proferindo palavras frias e duras:
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
Nunca te amei e jamais te amarei. Não importa o que faças para me prender, meu desejo é o divórcio. Não quero te magoar, mas essa é a verdade. Podes ficar com todos os meus bens, contanto que a separação seja o mais rápido possível.
Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
!!!
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Incrédula, Pudding sentia o peso das palavras frias e duras daquele homem que antes lhe parecia um poço de bondade e gentileza. Cada sílaba era como uma punhalada em seu coração já fragilizado. Como era possível que ele, que sempre a tratara com tamanha consideração e sem qualquer sombra de preconceito, pudesse agora ser tão cruel? A dor a consumia enquanto sua mente fixava no responsável por tudo aquilo: Roronoa Zoro. Sim, era ele o pivô de seu sofrimento. Se não fosse por sua existência, Sanji seria seu, unicamente seu. Mergulhada nessa obsessão, lágrimas escorriam abundantes, e uma fúria incandescente percorria suas veias, visíveis em seu corpo tenso.
. . .
Num gesto impulsivo, Pudding se lançou em seus braços, fitando-o com o olhar suplicante, as lágrimas molhando suas bochechas. Beijou-o com urgência e paixão, mas aquele contato labial era vazio para Vinsmoke Sanji; não era o toque familiar e eletrizante dos lábios do espadachim, faltava a doçura e a intensidade que ele conhecia. Enquanto finalizava o beijo desesperada, Sanji a segurou pelos ombros com firmeza, fazendo-a confrontar a realidade de que seus esforços eram vãos. Com um suspiro pesado que denunciava a batalha interna travada em seu íntimo, o cozinheiro finalmente se desvencilhou do conforto fugaz do sofá. Seus pés, carregando o peso de uma decisão dolorosa, arrastaram-se em direção à porta, cada passo lento e hesitante como se tentasse adiar o inevitável. Ao testemunhar sua partida, Charlotte Pudding, o coração em frangalhos, deixou escapar um grito agudo e desesperado que ecoou pelo cômodo:
Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
Não vá! Por favor, não vá!
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Num movimento brusco e impulsionado pelo pânico da perda iminente, ela se levantou, a saia rodopiando levemente, e correu para alcançá-lo. Seus braços rodearam sua cintura em um abraço desesperado e apertado, como se pudesse prendê-lo ali pela força da sua angústia. Lágrimas quentes escorriam abundantemente pelo seu rosto, molhando as costas da camisa dele enquanto ela soluçava, implorando entrecortadamente para que ele permanecesse ao seu lado. Sanji, com um esforço visível que tensionou seus músculos, desfez os braços agarrados ao seu corpo. Seu rosto, antes gentil, agora estava marcado por uma resolução fria e dolorosa. Sem olhar para trás, proferiu palavras cortantes, cada sílaba carregada de um sofrimento que ele se esforçava para ocultar. Então, com um baque seco que reverberou pelo silêncio da sala, a porta se fechou, selando não apenas sua saída física, mas também, aparentemente, qualquer esperança que Pudding ainda pudesse acalentar. Ajoelhada no centro do aposento, Pudding permaneceu imóvel, como uma estátua de dor esculpida pela crueldade do momento. Uma torrente de emoções turbulentas a invadia, um coquetel amargo de tristeza lancinante, um rancor profundo que lhe queimava as entranhas, raiva fervente contra aquele que a rejeitara, a pontada aguda da inveja e o ácido corrosivo do ciúme. Esses sentimentos a consumiam por dentro, enquanto sua mente fervilhava de maldições silenciosas dirigidas ao responsável por sua agonia. Na escuridão de seus pensamentos, uma determinação sombria e implacável começou a germinar. Seus olhos, antes marejados, agora brilhavam com uma intensidade fria e perigosa.
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Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
(Na escuridão de seus pensamentos, uma determinação sombria e implacável começou a germinar. Seus olhos, antes marejados, agora brilhavam com uma intensidade fria e perigosa.) Isso não vai acabar assim... (Sussurrou para si mesma, a voz embargada pela amargura.)
Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
...
Charlotte Pudding
Charlotte Pudding
...Se ele não pode ser meu, então não será de mais ninguém! (Levada por uma ansiedade crescente e por esses pensamentos sinistros que brotavam como ervas daninhas em sua mente perturbada, ela começou a roer as unhas nervosamente, um hábito que sempre a assaltava em momentos de grande tensão e frustração. Cada mordida era um reflexo físico da tempestade que se formava em seu interior, prenunciando ações futuras movidas por essa obsessão possessiva.)
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Em meio à garoa persistente que tecia um véu úmido sobre a paisagem urbana, Vinsmoke vagava pelas ruas desertas e frias, entregue a um vazio mental que ecoava a solidão do ambiente. A chuva implacável encharcava suas vestes, mas ele seguia adiante com uma placidez surpreendente, alheio à urgência ou à apreensão. Uma sensação paradoxal de liberdade o envolvia, como se o peso de ter ferido um coração sensível tivesse, ironicamente, libertado sua mente de correntes invisíveis. Ele se sentia como um pássaro finalmente liberto da gaiola, capaz de planar sem rumo por um céu vasto e chuvoso, guiado apenas pela própria vontade de seguir em frente. Seus passos lentos e constantes o conduziram, quase que inconscientemente, a um destino incerto até então. Ao se deter diante do local, uma onda de frio percorreu seu ventre, uma sensação familiar à antecipação de um momento crucial, como se fosse a primeira vez que se encontrava naquela situação. Sem se permitir hesitar por muito tempo, ergueu a mão e seus nós dos dedos encontraram a superfície fria da porta, produzindo um som discreto na quietude da noite chuvosa: toc toc toc... Seu coração palpitava com uma intensidade crescente, o ritmo acelerado audível em seus próprios ouvidos: tum tum tum... A ansiedade se intensificava a cada segundo de espera sob a chuva incessante, enquanto aguardava, com uma expectativa quase palpável, que a porta fosse finalmente aberta pela pessoa que ali residia. A porta cedeu com um ranger baixo, revelando uma silhueta hesitante, como se acabasse de ser arrancada de um sono profundo. Os olhos ainda pesados de sono lutavam para se abrir, semicerrados contra a invasão da luz prateada do luar que banhava o aposento. A vestimenta eram leves e inadequadas para a fria e sombria noite, mal protegendo a pele arrepiada. Sanji observava a figura com intensidade, seus olhos faiscando com uma chama crescente de desejo. Uma onda de expectativa percorria seu corpo, a ânsia por um acontecimento iminente o consumia. Um anseio irresistível o invadia: abraçá-lo com firmeza, envolver seus braços ao redor daquela forma trêmula e beijá-lo com uma intensidade avassaladora. Do outro lado da porta, Zoro franzia a testa, a mente ainda turva pelo sono interrompido. “Quem seria você?”, pensava, confuso, “e o que quer batendo à minha porta a esta hora?”. A confortável e quente cama implorava para que ele permanecesse, mas o persistente barulho que perturbava seu descanso o obrigou a ceder. Com evidente preguiça, arrastou os pés lentamente até a porta. Ao abri-la, seus olhos tentaram, com grande esforço, focalizar a figura parada no limiar. A silhueta encharcada, banhada pelo brilho lunar, parecia a personificação da ansiosa, espera.
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Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
(Com a voz carregada de irritação por ter o sono interrompido em plena madrugada, o espadachim resmungou, franzindo a testa enquanto seus olhos semicerrados focalizavam a figura hesitante à porta.) Ah, mas o que você faz aqui a essa hora? (Sua postura tensa e o tom impaciente deixavam claro o seu descontentamento por ser acordado de forma tão abrupta, ainda mais por aquele indivíduo em específico.)
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
(A figura à porta, visivelmente constrangida e com um semblante abatido, apressou-se em responder com um tom de voz hesitante e um tanto aflito.) Oi, Marimo... me desculpa te acordar, eu sei que é tarde... Bem, é que eu e a Pudding tivemos uma discussão... uma discussão meio séria, sabe? E na hora da raiva, eu simplesmente saí de casa... Será que você poderia, por favor, me deixar passar essa noite aqui? Me desculpa mesmo te pedir isso, é que na pressa de ir embora, eu acabei não pegando nada... não estou com dinheiro, nem cartão, nem celular e muito menos as chaves de casa... Por favor, eu te imploro, me deixa passar a noite aqui.
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
...
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
(Com um olhar incrédulo estampado no rosto marcado por incontáveis batalhas, o espadachim arqueou uma sobrancelha, as palavras do cozinheiro soando como uma piada de mau gosto em meio à tempestade.) O quê?! Deixar você passar a noite aqui? Só pode estar brincando, seu idiota! (Rosnou Roronoa Zoro, a irritação faiscando em seus olhos rubros.)
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
(Sanji, encharcado da cabeça aos pés e tremendo de frio, tentava desesperadamente articular um pedido coerente em meio ao vento uivante e à chuva torrencial.) Por favor, Zoro! É só por esta noite. Não tenho para onde ir com este tempo! (Implorava, a voz embargada pelo frio cortante que castigava a região.)
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Roronoa ponderava, a hesitação visível em sua carranca. As lembranças do último encontro com o cozinheiro pervertido ainda o azucrinavam. A ideia de ter aquele sujeito sequer perto de sua propriedade, quanto mais dentro de sua casa, era suficiente para eriçar seus pelos. Maldito cozinheiro... Se eu pensar bem por um segundo sequer em deixá-lo entrar... pensava, o sono e a irritação se misturando em um caldeirão de mau humor. No entanto, mesmo com a antipatia fervilhando em suas veias, uma ponta de relutância o invadiu. Deixar alguém à mercê daquela fúria da natureza não era exatamente o seu estilo, por mais irritante que o sujeito fosse. Com um suspiro pesado, que mais pareceu um resmungo, Zoro finalmente cedeu, embora a contragosto.
. . .
Roronoa Zoro
Roronoa Zoro
Tsc. Fique parado aí! (Ordenou, apontando para o centro do pequeno tapete em frente à porta. Seus olhos percorreram a figura encharcada de Sanji com evidente desgosto.) Não ouse molhar mais nada além desse maldito tapete, inseto.
Vinsmoke Sanji
Vinsmoke Sanji
...
Sem esperar por uma resposta, virou as costas e marchou em direção às escadas de madeira escura. Precisava pegar algumas roupas secas e toalhas antes que aquele parasita conseguisse transformar sua casa em um charco. A imagem de sua moradia impecável encharcada por culpa daquele cozinheiro só aumentava sua irritação. Com um cuidado atencioso, ele retorna ao quarto, trazendo consigo um conjunto de roupas limpas e felpudas toalhas. Sem hesitar, entrega-as ao loiro, incentivando-o com um olhar para que se seque e se troque ali mesmo, naquele instante. Em um gesto de respeito e privacidade, vira as costas, caminhando com passos lentos em direção à cozinha. Apenas vestido com uma cueca preta, exibia a musculatura cansada após o esforço. Um ronco faminto ecoou de seu estômago, lembrando-o da necessidade de se alimentar. Mergulhado em seus pensamentos, começou a preparar algo rápido e nutritivo para saciar a fome que o assolava. Assim que Vinsmoke Sanji finalizou sua higiene e vestiu as roupas oferecidas, caminhou com uma calma elegante em direção à cozinha, o aroma convidativo guiando seus passos. Parou discretamente no vão da porta, observando a figura de Zoro que se movia com propósito entre a bancada e o fogão. Seus olhos percorreram cada curva do corpo esculpido do espadachim, uma tela de músculos definidos que acendia memórias adormecidas. Fragmentos do passado, de encontros e desafios, dançavam em sua mente, provocando um leve sorriso nostálgico em seus lábios. No entanto, a intensidade do momento e a visão do corpo de Zoro despertaram uma reação física incontrolável: um fio de sangue escorreu por sua narina. Com uma percepção aguçada, Roronoa Zoro registrou a presença daquele indivíduo. Seu olhar fixo e a postura discreta, porém insistente, não passaram despercebidos pelo espadachim. Uma sensação de desconforto sutil o percorreu enquanto a observação alheia parecia perscrutar seus próprios pensamentos. Um pensamento conciso e direto atravessou sua mente: “Tarado”, concluiu, desviando o foco para a tarefa imediata de preparar sua refeição, buscando afastar a incômoda sensação daquele olhar intrusivo.
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Mano

2025-04-27

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