A GUERRA DAS SOMBRAS

A GUERRA DAS SOMBRAS

O vento carregava o cheiro da morte enquanto Azariel e seu exército avançavam rumo ao território humano. Sua capa negra se arrastava pelo chão, esfregando-se na terra como se já marcasse a trilha do massacre iminente. Cada passo dele ecoava entre os guerreiros vampíricos que o seguiam — uma horda faminta, ansiosa pelo derramamento de sangue.

No entanto, do outro lado do continente, os humanos não estavam completamente cegos para a tempestade que se aproximava.

No coração da grandiosa cidade de Velyndor, o rei Augustus Valerian III — o soberano da maior nação humana — se erguia em seu trono de ouro e mármore. Seu semblante estava carregado de preocupação, mas seus olhos traziam o brilho de um guerreiro que já havia enfrentado horrores antes.

" Então, finalmente aconteceu... Os vampiros marcham para nossa aniquilação. — Sua voz ressoou pelo salão do castelo, onde seus generais e conselheiros estavam reunidos".

Um dos espiões, um homem de vestes escuras e olhar sombrio, curvou-se diante do rei e falou em tom grave:

" Majestade, não é apenas um ataque. É uma cruzada. Esse monstro... esse Azariel não deseja apenas conquista. Ele deseja o fim da nossa espécie."

O silêncio que se seguiu foi cortante. Alguns generais trocavam olhares hesitantes, enquanto outros cerravam os punhos, conscientes do horror que estava por vir.

O rei Augustus respirou fundo, levantando-se de seu trono. Ele deslizou os dedos sobre o punho de sua espada ancestral, Auriel, a Lança do Sol, uma lâmina forjada com encantos antigos para exterminar os filhos da noite.

"Não deixaremos a humanidade cair sem luta."

Seus olhos percorreram o salão antes de continuar:

"Reúnam o exército. Convocaremos os cavaleiros sagrados, os magos do sol e as legiões de elite. Se Azariel deseja varrer nossa espécie da existência... então lutaremos com tudo o que temos."

O som de armaduras se chocando e ordens sendo dadas encheu a sala. A guerra estava declarada.

Longe dali, Azariel sentiu um sorriso surgir em seus lábios pálidos.

" Então os ratos decidiram revidar? "

 murmurou, sem parar sua marcha. Isso só tornaria tudo mais interessante.

A guerra dos condenados estava prestes a começar.

A SOMBRA QUE DEVORA O SOL

O céu estava carregado de nuvens negras quando Azariel parou no topo de uma colina, observando de cima a cidade fortificada de Velyndor. Suas vestes tremulavam ao vento, e sua capa arrastava-se pelo solo, espalhando a poeira de um reino condenado.

Atrás dele, seu exército vampírico estendia-se até onde os olhos podiam ver. Eram milhares — guerreiros das sombras, assassinos silenciosos e bestas noturnas sedentas por carne humana. Cada um deles era a manifestação do terror, moldado por séculos de ódio e fome.

Azariel ergueu uma das mãos. No mesmo instante, o exército silenciou.

Seus olhos carmesins fixaram-se nas muralhas de pedra da capital humana. Ele sabia que, por trás delas, Augustus Valerian preparava suas defesas. Magos do sol, cavaleiros sagrados, sacerdotes e guerreiros treinados para exterminar sua raça.

Mas nada disso importava.

Azariel havia reconquistado seu trono, e agora, reinaria sobre o mundo.

Ele inspirou fundo, sentindo o cheiro do medo espalhado pelo vento. Seus olhos se estreitaram. A humanidade acreditava ser forte... mas não passavam de insetos esperando para serem esmagados.

" Nós marchamos ".

Seu comando foi como um trovão. O solo tremeu quando os vampiros avançaram, descendo a colina como uma onda de destruição. As trevas marchavam para engolir a última esperança da humanidade.

DENTRO DA CIDADE DE VELYNDOR

As sinetas da cidade soaram em alerta. Os cidadãos tremiam enquanto as tropas se posicionavam.

No alto do castelo, Augustus Valerian observava o mar negro de vampiros se aproximando. Seus olhos endureceram.

" Então, Azariel… você veio tomar minha coroa? "

Ele desembainhou Auriel, a Lança do Sol, e a lâmina sagrada brilhou como fogo em meio à escuridão.

" Que assim seja. Hoje, o sol e a lua se enfrentam. Se eu cair, cairei como um rei" .

Os portões da cidade começaram a se abrir. A batalha final estava prestes a começar.

O NASCER DE UM NOVO REI – O INÍCIO DO FIM

O céu não possuía estrelas naquela noite. As sombras dominavam os céus, e a lua sangrava com um brilho pálido e opressor. A terra tremeu sob os passos do exército vampírico de Azariel, como se o próprio destino anunciasse a ruína iminente da raça humana.

Diante das muralhas ciclópicas da grandiosa cidade de Velyndor, os soldados humanos tremiam, apertando lanças e espadas com mãos suadas. O medo pairava sobre eles como um espectro invisível, esmagando a esperança antes mesmo do primeiro golpe ser desferido.

No topo da colina, Azariel observava com desdém.

Seu manto negro se arrastava pelo solo, manchado com o sangue dos reinos já extintos em sua fúria imortal. Seus olhos carmesins eram a aurora do desespero, refletindo o destino da humanidade. Ao seu lado, generais vampíricos — criaturas ancestrais que outrora eram temidos como demônios — aguardavam sua ordem.

O Rei Sombrio ergueu a mão. O silêncio se instaurou.

Então, como um trovão que anuncia o fim de uma era, ele apontou para a cidade.

" Exterminem-nos ".

O INFERNO FOI LIBERTO.

Uma onda negra se ergueu do solo, vampiros disparando como flechas amaldiçoadas contra as muralhas. As defesas humanas mal tiveram tempo de reagir antes que os primeiros soldados fossem dilacerados, suas armaduras partidas como papel, suas gargantas abertas por presas afiadas.

As balistas e catapultas lançaram suas cargas flamejantes, mas o fogo foi engolido pelas trevas. Feiticeiros vampíricos sussurravam encantamentos proibidos, e lanças de escuridão perfuravam as muralhas como lâminas divinas.

Os portões da cidade desmoronaram em uma explosão de sombras e aço retorcido.

Azariel caminhou.

Cada passo seu fazia o próprio tempo parecer desacelerar, como se o universo reconhecesse sua ascensão absoluta. Sua capa longa serpenteava pelo chão ensanguentado, absorvendo a essência dos mortos. A cidade de Velyndor não era mais uma fortaleza. Era um altar para seu reinado.

AS RUAS SE ENCHERAM DE GRITOS.

O exército vampírico devorava a humanidade sem piedade. Mulheres, crianças, guerreiros… ninguém escapava. O ar cheirava a ferro e medo, e os rios da cidade corriam vermelhos.

Mas Azariel não estava satisfeito.

Ele queria mais.

No coração da cidade, o castelo real se erguia, desafiador. O trono de Augustus Valerian, o último bastião da humanidade, o último rei que ousava se opor ao inevitável.

Azariel não precisou chamar. Seu inimigo já o esperava.

O ENCONTRO DOS REIS

No salão real, Augustus Valerian estava de pé diante do trono. A Lança do Sol, Auriel, pulsava em suas mãos, iluminando o salão escuro com um brilho dourado.

Ele era um homem marcado pela guerra. Seu olhar não demonstrava medo, mas sim uma aceitação cruel do que estava por vir.

As portas do salão se abriram sozinhas.

Azariel entrou, seu manto negro deixando um rastro escuro pelo chão banhado de sangue. O silêncio era sepulcral, como se até os mortos aguardassem aquele momento.

Os dois se encararam.

Dois reis. Dois destinos. Uma única verdade.

Azariel caminhou lentamente pelo salão, o eco de seus passos ressoando como sinos fúnebres. Ele sorriu.

" Você está preparado para morrer, rei humano " ?

Augustus ergueu sua lança, sua voz imponente.

" Não sem antes cravar esta lâmina em seu coração, monstro".

O choque foi instantâneo.

Augustus avançou com a velocidade de um trovão. Auriel cortou o ar como uma estrela cadente, buscando o coração do rei vampiro. Mas Azariel não era um inimigo qualquer.

Ele desviou no último instante, sua capa ondulando como asas demoníacas. Seu contra-ataque foi avassalador. Suas garras negras rasgaram o espaço entre eles, chocando-se contra a lâmina sagrada com um estrondo que fez as paredes estremecerem.

O castelo tremia. O duelo dos reis havia começado.

Azariel golpeava como uma tempestade, suas mãos transformadas em lâminas negras, rápidas como o relâmpago. Augustus, por sua vez, era a muralha que resistia ao caos, desviando e contra-atacando com precisão absoluta.

Cada golpe fazia o solo rachar. Cada choque de lâmina contra garras lançava faíscas pelo ar.

" Você luta bem"

 para um homem condenado, zombou Azariel, sua voz um eco frio.

" E você sangra como qualquer outro, vampiro" .

Então, Augustus viu uma abertura. A lança brilhou como o próprio sol quando ele a lançou em um golpe final, mirando o coração do tirano.

O som de carne sendo perfurada ecoou.

O silêncio tomou conta do salão.

Augustus sorriu. Ele havia vencido.

Mas… algo estava errado.

Azariel não caiu.

Ele sorriu de volta.

Com um movimento cruel, o rei vampiro segurou a lâmina cravada em seu peito e a arrancou com as próprias mãos. O sangue negro escorreu, mas ele não enfraqueceu.

" Ingênuo " .

Num piscar de olhos, Azariel atravessou Augustus com sua própria lâmina sombria.

O rei humano arregalou os olhos, a dor o consumindo.

" N-não " …

Azariel aproximou-se, sussurrando ao ouvido de seu inimigo caído:

" O sol sempre foi fraco diante da escuridão" .

Com um último puxão, ele arrancou a alma do rei.

A humanidade havia perdido seu último herói.

O TRONO AGORA PERTENCIA À ESCURIDÃO.

Continua…?

eu não coloquei o rosto do rei humano algustus por que ele não é um personagem principal, ... " mas se vocês quiserem eu coloco ! eae querem ?? continuo a história? escreve ai nos comentários! " .

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Comments

Scar

Scar

Parabéns, autora, por criar personagens tão cativantes e reais! 😊

2025-02-18

0

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