Capítulo 16 Ela ia se declarar...

👠 Maitê 👠

No dia seguinte, depois de ter me encontrado com aquele padre insuportável, eu resolvi dizer tudo o que estava sentindo para o Marcos, eu me vesti decidida a contar a ele que sinto amor por ele, mesmo com medo dele rir de mim, ou até mesmo me expulsar, eu precisava falar, e assim que cheguei pedi para um dos irmãos dele me chamar ele.

Maitê — Oi, eu gostaria de falar com o Frei Marcos.

Frei Lucas — Eu sinto muito senhorita, o Fre Marcos foi para o Rio de Janeiro,

Maitê — O que? Mais sem deixar nada? Quando ele volta?

Frei Lucas — Não sabemos, talvez ele nem volte.

Maitê — Como?(Eu comecei a chorar e me sentei no banco chorando)

Frei Lucas — O que aconteceu? Porque está chorando? Precisa de alguma coisa?

Maitê — Não, está tudo bem, eu só não entendo como ele pôde ter ido embora assim, sem se despedir.

Frei Lucas — Espera, você é a moça que queria uma missa feita por ele não é?

Maitê — Sim, sou eu, ele me deixou algum recado?

Frei Lucas — Sim, ele deixou uma carta para você, só um momento eu vou buscar.

Eu voltei a me sentar e o irmão foi buscar a carta, estava ansiosa, será que ele mandou eu esperar por.ele? Será que também se declarou? O que será que ele quis me dizer?

Frei Lucas — Aqui está.

Eu peguei a carta, e quando a li meu coração se partiu mil vezes mais.

..." Maitê, não me procure mais, me esqueça, finja que nunca me viu em sua vida, eu já me casei com Cristo, eu não tenho porque ter algum tipo de relação com você, apenas me esqueça. Ass: Frei Marcos "...

Eu me sentei novamente e respirei fundo, voltei para a Zona Crystal, e me tranquei no meu quarto, comecei a chorar profundamente quando Cintura e Benedita entraram no meu quarto dizendo que graças a mim o santo havia saído da cidade e se mudado, eu não esbocei reação alguma, eu só conseguia chorar.

Cintura — Graças a você ele fugiu da cidade, do estado, agora está bem longe de nós.

Benedita — É Maitê, você deu um chute naquele santo.

Maitê — Chega, saíam daqui, me deixem sozinha!!

Eu gritei com elas e as expulsei do meu quarto chorando, eu fechei a porta do quarto novamente e escorreguei pela porta e caí sentada no chão, apoiei minha cabeça na porta e continuei chorando, em cinco minutos a Lúcia abriu a porta e me encontrou chorando e me abraçou.

Lúcia — Põe pra fora, fica calma eu tô aqui com você.

Maitê — Ele foi embora Lúcia, ele se foi.

Ela me levou até a minha cama e se sentou ao meu lado.

Lúcia — Era ele né? Era o santo o homem de quem você gostava né?

Maitê — Sim, era ele, eu achei que ele era o homem que a cartomante havia visto, tudo batia.

Lúcia — Mas, você chegou a sentir algo por ele?

Maitê — Sim, eu acho que me apaixonei por ele Lúcia, eu dizia odiar ele, mais acho que nunca foi ódio.

Lúcia— Eu soube disso no primeiro dia, você tava falando demais nele, xingando demais, no fundo eu já imaginava que era amor.

Maitê — Porque isso foi acontecer comigo? Eu nunca amei homem nem um, e quando acontece de eu amar, é justo um santo, um homem que nem tem olhos pra mim.

Lúcia — A vida é assim mesmo Maitê, mas não fique assim, você pode ter o homem que quiser, não deixe isso abalar você não!!

Maitê — Você está certa Lúcia, quer saber? Vou me arrumar, o que acha de irmos dançar?

Lúcia — Amei essa ideia, eu também tô precisando mexer os esqueletos hehe.

Maitê — Então nós vamos, nunca mais vou pensar nesse santo, e nem ver ele também, chega!!

Eu comecei a limpar minha maquiagem borrada quando o Roberto entra querendo falar comigo.

Roberto — Desculpa Maitê, mas seus pais, resolveram fazer entrevista comigo.

Maitê — Como assim? Você encontrou eles?

Roberto — Sim, estão morando numa fazenda afastada de tudo, eles vivem de rosas, fazem rosas diferentes. Gostaria de saber alguma coisa ? Quer que eu dê algum recado?

Maitê — Não, não tenho nada pra dizer a eles.

Roberto — Está bem.

Roberto vai embora e eu termino de limpar o meu rosto, coloco o meu vestido.

Maitê — Lúcia, me deixe te arrumar essa noite?

Lúcia — Não kkkkk, você vai querer me deixar toda elegante e eu não combino com isso.

Maitê — Toda mulher combina com elegância, para de ser boba mulher!

Lúcia — Não, eu prefiro ficar na minha mesmo, o cintura já me zoa o suficiente.

Maitê — Eu nunca entendi o motivo da briga entre vocês, porque se odeiam tanto?

Lúcia — É que.. bom, o rapaz por quem eu era apaixonada, escolheu o cintura. Numa noite antes de eu virar prostituta, eu me declarei pra ele, seu nome era João Pedro e eu me declarei pra ele, mas ele cuspiu na minha cara e me chamou de mulher macho, disse que jamais gostaria de mim, que o cintura era mais delicado e mais mulher do que eu, então ele foi até o cintura e o beijou, depois disso nunca mais fui amiga dele e desde então nunca mais quis namorar ou me apaixonar de novo.

Maitê — Eu sinto muito por isso Lúcia, sinto mesmo. E por onde anda esse João Pedro?

Lúcia — Eu matei ele, depois que o cintura transou com ele, eu o esperei fora da zona e esfaqueei ele, fiquei dois anos presa, mas depois saí e terminei de pagar a fiança em liberdade.

Maitê — Entendi, mas não é porque esse rapaz fez isso, que você deve desistir do amor, as vezes...

Lúcia — Nem vem, eu prefiro não ter mais esse sentimento dentro de mim, pra mim não compensa. Agora vamos, já deu a nossa hora.

Eu e Lúcia descemos e fomos dançar, eu bebi um pouco pra aproveitar a noite, e dancei com alguns rapazes que estavam presentes, cintura e Lúcia começaram a brigar e tivemos que separar a briga de novo, e depois voltamos a dançar, mais todo rapaz que eu beijava eu só via o rosto dele, era como se eu estivesse proibidão de beijar outros rapazes, o rosto do Marcos vinha na hora, mais que diabos de santo é esse?? que ódio!!!

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