Capítulo 5 Ela não se casou...

📿Marcos📿

Eu acordei todo suado passando muito mal, aquele aperto no peito não sumia, já faziam quatro meses que eu me sentia assim e não sabia o motivo, então resolvi ir atrás do meu amigo Roberto, precisava desabafar.

Mandei uma carta pra ele e ele logo me respondeu, e então fui até o apartamento dele, assim que entrei ele me encarou preocupado.

Roberto— Me deixou preocupado Marcos, o que há?

Eu me sentei na poltrona que ficará de frente pra ele, e então desabafei.

Marcos— Eu me sinto mal Roberto, eu não sei o que é, eu sinto que perdi algo valioso, e ao mesmo tempo me sinto traído, um aperto forte no peito que me faz perder noites de sono.

Roberto— Já rezou? jejuou?

Marcos— Claro que já, mas nada adianta, me ajude Roberto, o que acha que possa ser?

Roberto — Talvez seja Deus te testando, eu não sei Marcos, sabe que sou péssimo com essas coisas.

Marcos— É mais me testando em que? Não faz sentido, eu não sei o que é, estou pensando em passar uns dias na minha mãe, talvez seja saudade dela.

Roberto — É pode ser mesmo.

Roberto me olhou com um olhar curioso, então eu o agradeci e sai do seu apartamento, voltei para o convento e arrumei minhas malas e fui para. Cidade vizinha onde minha mãe morava, resolvi passar umas duas semanas na casa dela, assim eu me acalmava.

Ao chegar na sua casa, minha mãe me recebeu de braços abertos e toda sorridente, ela também sentia minha falta. Ela me mandou entrar, e me sentar, ela pegou minhas malas e levou para o meu quarto, eu então a olhei pronto para pedir um pote de geleia que só ela fazia do jeito que gosto, mas antes mesmo de pedir ela já decifrou no meu olhar e me entregou o pote.

Luciana— Filho, como é bom te ter aqui, me conta como está sendo lá no convento?

Marcos— Tudo ótimo, eu só precisava vir ficar uns dias aqui, ando muito apegado a Cristo, acho que estava me fazendo mal não dar um tempo de descanso.

Luciana— Ah com certeza, é sempre bom descansar a mente, mas é só isso mesmo?

Marcos— Sim, é sim.

Minha mãe me olhou e sorriu, eu então sorri de volta e voltei a comer a geleia, depois fui até meu quarto para descansar da viagem, mas eu ainda sentia aquele aperto no peito, o que seria? porque me sinto isso? Qual a finalidade dessa sensação horrível?

👠 Maitê 👠

Eu estava sentada na cadeira da minha janela olhando o movimento da rua, quando meu pai entrou no meu quarto, eu me virei e vi ele se aproximando, eu voltei meus olhos para a rua e meu pai fez carinho nos meus cabelos.

Sebastião — É filha, chegou o grande dia não é mesmo? Hoje será uma mulher casada!

Eu não respondia nada, apenas sorri, ele saiu do meu quarto e o entusiasmo que pensei que viria no dia do casamento, não veio...

Eu fiquei alí sentada olhando tudo e me perguntando, porque vou me casar mesmo? Qual a finalidade desse casamento? Logo depois de uns cinco minutos, minha mãe apareceu com meu vestido de noiva, e eu só pude-me sentir mais pressionada ainda.

Minha mãe começou a me ajudar, ela fez meu penteado de coque, e minha maquiagem, no entanto eu tava infeliz, era como se a magia do casamento não chegasse nunca.

Eu terminei de colocar o vestido e minha mãe colocou a grinalda, e então do nada ela começou com um papo estranho.

Eugênia — Filha, não se assuste com a lua de mel, o que acontece nesse momento é muito importante para o casal.

Maitê — Como assim ?

Eugênia — Apenas relaxe filha, Roberval será gentil suponho, e tudo o que ele fizer é natural, todos os casais fazem.

Maitê — Ah, isso? Eu já sei disso mãe, não se preocupe.

Eugênia — Já sabe? Como assim?

Maitê — Eu só sei, não vou me assustar.

Minha mãe me olhou com um olhar de espanto e pensei que ela fosse me dizer algo, mas apenas saiu do quarto dizendo que havia esquecido dos sapatos.

Então algo bateu em mim forte quando minha mãe entrou no meu quarto, pronta.

Maitê — Mãe, eu quero que tragam o Roberval aqui, preciso falar com ele.

Eugênia — Filha terá a vida toda para conversar com ele, vamos antes que se atrase.

Maitê — Não mãe, eu preciso falar com ele agora.

Eugênia — Filha da má sorte, o noivo ver a noiva vestida de noiva antes do casamento.

Maitê — Ou o Roberval vem até mim me ver, ou eu não piso os pés naquela igreja!

Eu disse em um tom de voz firme e brava, de cabeça erguida, então minha mãe me olhou firme e saiu do quarto, eu então me sentei e esperei Roberval chegar.

E quando ele chegou notei que estava suando com um olhar preocupado.

Roberval — Querida estou aqui, vamos para a igreja? estão todos nós esperando.

Maitê — Roberval, eu estou nervosa e com medo, não sei como tudo isso aconteceu.

Roberval— Como assim meu amor? Não entendo.

Maitê — É que você me pediu em namoro e eu aceitei, e logo aceitei me casar com você, tudo aconteceu rápido demais, eu me sinto de certa forma pressionada a casar com você.

Roberval — Eu entendo isso querida, eu também estou nervoso, casamentos são assim mesmo, vamos agora tá bem?

Maitê — Espera Roberval, eu não quero me casar com dúvidas, preciso de mais tempo.

Roberval — Do que está falando? As pessoas estão nos esperando, vamos, depois falamos sobre isso tá bem?

Maitê — Não Roberval, eu não posso me casar com você, eu sinto muito.

Roberval — Do que está falando? Não faça isso, por favor.

Maitê — Eu não amo você Roberval, não posso me casar.

Roberval — Você tem outro? Quem é em? Me diz ? Suas amigas bem que me avisaram que você não prestava!

Maitê — Aé? Elas disseram? Que mais elas disseram?(pergunto com lágrimas nos olhos)

Roberval— Disseram que você ama fazer joguinhos, gosta de deixar os homens doidos, que traia todos os seus namorados e me traía também!! Então me fala, quem é ele?

Aquelas falsas, sempre me invejaram, como eu nunca desconfiei? Me perguntava enquanto Roberval berrava, me perguntando quem eram meus amantes.

Maitê — Eu não tenho ninguém, mas que coisa, eu não tenho ninguém, eu só não posso me casar com você!

Roberval — Quer que eu dê um tire na minha cabeça? Como aquele namorado seu fez é?

Maitê — Como ficou sabendo disso?(dou um tapa na cara dele) nunca faz isso novamente, eu não tive culpa do que ele fez, ele se matou porque quis, eu não forcei nada!(disse gritando)

Roberval— Por favor(começo a chorar) eu lhe peço Maitê, se case comigo apenas por aparência, eu prometo não lhe tocar, viveremos por aparência, e se preferir você faz o desquite depois, só não me deixe passar essa vergonha na frente de todos.

Eu não pude deixar Roberval chorar, eu pedi para ele se sentar na minha cama e acalmei ele.

Maitê — Por favor, Roberval não chore, olha você vai encontrar uma boa moça tá? Ela vai te amar e você terá muitos filhos, mas não comigo, eu não posso lhe fazer feliz, talvez elas estejam certas mesmo, e eu não presto.

Roberval— Eu deixo você ter seus amantes Maitê, pode ter quantos você quiser.

Maitê — Não vai ficar me infernizando pra saber os nomes deles? Pra saber quem são?

Roberval — Não, eu juro por tudo o que é mais sagrado, eu vou fingir que nem sei de nada.

Maitê — E você deixa eu levar um para a lua de mel também?

Roberval(ele pensa um pouco)— Sim, eu só lhe peço que seja discreta, não me faça passar vergonha.

Maitê — Não se humilhe mais Roberval, eu não quero me casar com você, e não vou me casar! Vá embora!

Roberval levanta furioso da cama e começa a gritar comigo e a me chamar de vagabunda, e então eu abri a porta e mando ele sair, e então ele me dá um tapa na cara e eu grito bem alto " eu não te quero " e ele sai nervoso alterado, eu me senti na cama e minha mãe e os outros vão atrás de Roberval..

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