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No dia seguinte, o médico Rafael deu alta para Rosemary. Ele a acompanhou até o carro, segurando sua bolsa de medicamentos e ajudando-a a se sentar com cuidado.
___Está tudo bem, Rosemary? Preciso te levar até sua casa___ , ele disse, com um tom de voz suave, mas preocupado. Ela balançou a cabeça, tentando disfarçar o medo que sentia ao pensar em voltar para aquele lugar.
___Sim, estou bem. Obrigada por tudo, doutor___ , ela respondeu, com um sorriso forçado.
Durante o caminho, Rafael tentou puxar conversa, mas Rosemary estava distante, olhando pela janela, perdida em seus pensamentos. Ele percebeu que algo estava errado, mas decidiu não pressioná-la.
___Se precisar de algo, pode me ligar, tá?___ , ele disse, enquanto estacionava em frente à casa dela. Rosemary apenas acenou com a cabeça, agradecendo novamente antes de sair do carro.
Quando ela entrou em casa, uma sensação de frio percorreu seu corpo. Catarina e Roberto estavam na sala, sentados no sofá, com um sorriso que mais parecia uma armadilha.
___Oi, minha filha! Como você está, meu amor?___ , Catarina disse, com uma voz doce e falsa que fez Rosemary estremecer.
Rosemary parou na entrada, olhando para os dois com desconfiança.
___Por que você está me chamando de filha?___ , ela perguntou, com um tom de voz firme, mas cheio de medo. Catarina deu uma risadinha e trocou um olhar com Roberto antes de responder.
___Ah, querida, é que temos uma surpresa para você. Roberto encontrou uma pessoa que vai tirar você da nossa vida de uma vez por todas___ , ela disse, com um sorriso que deixou Rosemary gelada.
Rosemary sentiu o coração acelerar.
___O que vocês estão planejando? Querem me matar?___ , ela perguntou, tentando manter a calma, mas sua voz tremia. Catarina riu, como se a pergunta fosse absurda.
___Matar? Não, minha querida. Isso seria muito trabalhoso. Roberto te vendeu por um valor muito alto. Amanhã, o cara vem te buscar___ , ela disse, como se estivesse falando de algo comum.
Rosemary sentiu o chão desaparecer sob seus pés. ___O quê? Vocês não podem fazer isso! Isso é errado!___ , ela gritou, desesperada. Catarina e Roberto riram, como se sua reação fosse engraçada.
___Ah, para de drama, menina. Você sempre foi um peso morto aqui. Agora, pelo menos, vai servir para algo___ , Roberto disse, com um sorriso cruel.
Rosemary não conseguiu mais se controlar. Ela virou-se e correu em direção à porta, tentando escapar, mas Roberto foi mais rápido. Ele a alcançou em poucos passos, agarrando-a pelos braços com força.
___Solta-me!___ , ela gritou, lutando contra ele, mas estava muito fraca para conseguir se libertar. Roberto a arrastou de volta para dentro, ignorando seus gritos e choro.
___Para de frescura, sua vagabunda!___ , ele disse, enquanto a levava até o quarto. Rosemary tentou se soltar, mas ele a empurrou para dentro e trancou a porta.
___Fica aí, seu lixo!___ , ele gritou, antes de voltar para a sala, rindo com Catarina.
Rosemary caiu no chão do quarto, chorando desesperadamente. Ela não sabia o que faria na mão de outra pessoa, alguém que a comprou como se fosse um objeto. O medo a consumia, e ela sentia que não havia saída.
___Por que isso está acontecendo comigo?___ , ela sussurrou, entre lágrimas, abraçando os joelhos.
Enquanto isso, na sala, Catarina e Roberto comemoravam.
___Finalmente, vamos nos livrar dela___ , Catarina disse, servindo mais uma taça de vinho. Roberto concordou, com um sorriso satisfeito.
___E ainda vamos ganhar uma grana boa com isso. Já sei até o que vou comprar___ , ele disse, rindo. Os dois começaram a falar sobre o que fariam com o dinheiro, planejando uma vida de luxo e prazeres, sem se importar com o destino de Rosemary.
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Atualizado até capítulo 34
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