Um Erro Fatal

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O sol ainda nem havia nascido quando abri os olhos. O colchão fino e gasto onde eu dormia não ajudava muito, e meu corpo ainda doía dos acontecimentos do dia anterior. Suspirei pesadamente e olhei para o teto manchado de umidade. Sentia minha garganta seca, como se algo estivesse me sufocando por dentro.

Me levantei devagar, tentando não fazer barulho. Meu quarto era pequeno, mal cabia a cama e um armário velho que rangia toda vez que eu o abria. Andei na ponta dos pés até a cozinha, rezando para que ninguém acordasse. Tudo o que eu queria era um copo de água.

Peguei um copo no escorredor e abri a torneira, mas, quando fui levar à boca, minha mão trêmula falhou, e o vidro escorregou. O barulho de vidro quebrando no chão ecoou pela casa silenciosa.

Meu coração disparou. Eu sabia o que vinha a seguir.

_MAS QUE MERDA ESTÁ ACONTECENDO?! a voz estridente da minha mãe rasgou o silêncio, e logo ouvi passos apressados se aproximando.

Catarina apareceu na cozinha com o rosto distorcido pelo ódio. Seu cabelo desgrenhado indicava que ela tinha acabado de acordar.

_Nem dormir em paz eu posso porque tenho que dividir minha casa com uma inútil como você?! ela gritou, apontando o dedo na minha cara.

Eu abaixei a cabeça. Não queria ouvir. Não queria discutir. Não queria dar a ela o prazer de me ver reagindo.

Sem dizer nada, virei as costas e comecei a andar em direção ao meu quarto.

_Ah, então agora vai me ignorar, sua merdinha?! a raiva na voz dela aumentou.

Fiz de tudo para não responder, para não alimentar o fogo dela, mas minha paciência já estava no limite. Ela entrou atrás de mim no quarto e começou o discurso de sempre.

_Por sua culpa, minha vida virou um inferno! Por sua culpa, eu fui expulsa de casa! Por sua culpa, eu tive que me sujeitar a um homem que nem é seu pai! Você estragou tudo! Você é um fardo! Eu podia estar vivendo bem se você nunca tivesse nascido!

As palavras dela entravam como lâminas na minha pele. Sempre as mesmas acusações, sempre o mesmo veneno. Mas, dessa vez, algo dentro de mim se quebrou.

Levantei o olhar e encarei Catarina nos olhos. Minha visão estava turva de raiva e frustração.

_Ninguém mandou a senhora dar para qualquer um! cuspi as palavras sem pensar. Você coloca a culpa em mim, mas foi você que não se cuidou! Foi você que escolheu esse destino, não eu!

O silêncio que veio depois foi pesado. O rosto de Catarina se transformou. Seus olhos se arregalaram, e por um segundo, achei que ela fosse cair para trás de tanto ódio acumulado.

Então, ela avançou em mim.

Senti a primeira pancada no lado do rosto, forte o suficiente para me desequilibrar e cair sentada na cama.

Mas ela não parou.

_Sua maldita! Quem você pensa que é para falar assim comigo?!

Os golpes continuaram. Tapa no rosto. Soco no braço.

Unhas cravando na minha pele.

Tentei me proteger, levantar os braços para impedir os golpes, mas Catarina estava descontrolada. Ela me empurrou com força contra a parede, e minha cabeça bateu com tudo no concreto. A dor explodiu na minha visão, pequenas luzes brancas piscando diante dos meus olhos. Meu corpo começou a ficar fraco, minha respiração falhava.

Foi quando tudo escureceu.

Quando voltei a ter consciência, estava deitada no chão do meu quarto. Meu corpo inteiro ardia, minha cabeça latejava, e o gosto metálico de sangue estava na minha boca.

A voz de Roberto ecoava pelo quarto.

_Se essa garota morrer, a gente vai ter problema, Catarina. Não dá pra esconder um corpo assim tão fácil.

_E o que você quer que eu faça?! Ela me provocou!

Catarina rebateu, ainda ofegante.

_Chama um médico. Ou pelo menos alguém que finja que se importa, antes que os vizinhos comecem a suspeitar.

O silêncio veio logo depois. Minha mente estava confusa, mas senti alguém se aproximando e me chacoalhando levemente.

Ela ainda tá respirando. Melhor chamar logo.

Algum tempo depois, um homem entrou no meu quarto. Eu não conseguia ver direito, mas sua voz era diferente. Não era grossa e irritada como a de Roberto, nem cheia de veneno como a de Catarina. Era preocupada.

_O que aconteceu com ela? perguntou o homem, sua

voz carregada de choque.

_Ela foi espancada na rua. Uns moleques queriam roubar ela, e ela tentou revidar. lar. Catarina respondeu sem hesitar, seu tom frio e calculado.

Eu queria gritar que era mentira, mas minha boca não se movia.

O homem se ajoelhou ao meu lado, tocando meu braço com cuidado.

_Meu nome é Rafael. Eu sou médico. Consegue me ouvir?

ele perguntou suavemente.

Eu pisquei algumas vezes, tentando focar nele, mas a dor era insuportável.

Ela está muito machucada. Tem hematomas profundos e possivelmente uma concussão. É melhor levá-la ao hospital.

_Hospital? Roberto bufou. - Não dá. Não temos tempo pra ficar indo e voltando.

Rafael suspirou, claramente insatisfeito com a resposta.

_Então eu mesmo levo. Ela precisa de atendimento, e quando melhorar, eu a trago de volta.

Houve um silêncio pesado na sala. Roberto e Catarina se entreolharam, ponderando se era uma boa ideia.

_Se for assim... não tem problema. Roberto finalmente

disse.

E foi assim que, pela primeira vez na vida, alguém demonstrou preocupação comigo. Mesmo que fosse apenas um estranho.

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CONTINUA....

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Comments

DreamHaunter

DreamHaunter

Maravilha, que começo😍

2025-01-30

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