...HELENA:...
No dia seguinte pela manhã, pego o voo para Minas Gerais. Tenho um cachorro da raça Golden Retriever, o Toby, mas infelizmente não posso levá-lo comigo. Ele vai ficar com uma amiga.
Quando chego em solo mineiro, um carro de aplicativo me leva até a fazenda.
MOTORISTA: —Fazenda Falcão. Chegamos, moça!
HELENA: —Muito obrigada!
Meu Deus, que saudade! Só de olhar para a placa já sinto a paz tomando conta de mim.
HELENA: —Senhor Afonsoo!!
Grito meu pai da porteira, mas ele não aparece. Jogo minhas malas por cima e pulo para o outro lado.
HELENA: —Paii!! Senhor Afonso!!
Vou puxando minhas malas, ansiosa para ver a reação dele quando me encontrar. Ele não faz ideia de que eu viria.
Vejo ao longe um homem de barba branca e chapéu caminhando em minha direção.
SENHOR AFONSO (Pai de Helena e dono da Fazenda Falcão)
HELENA: —Oiiee!
SENHOR AFONSO: —Helena?? Meu Deus, filha!!
Corro até ele e o abraço com força.
SENHOR AFONSO: —Quer matar seu pai do coração, menina?
HELENA: —Você sabe que eu adoro fazer surpresa!
SENHOR AFONSO: —Quantas saudades eu estava sentindo, minha borboletinha! Que bom tê-la aqui!
HELENA: —Eu também, pai! Muitas saudades!
SENHOR AFONSO: —Como você está, meu amor? Cada vez mais linda!
HELENA: —Obrigada, pai! Estou ótima… e muito melhor agora que estou aqui com o senhor.
SENHOR AFONSO: —Vamos entrar, querida. Deixa eu te ajudar com essas malas.
HELENA: —Obrigada, pai.
SENHOR AFONSO: —Ah, que alegria! Que bom que você veio, meu amor!
Ele me ajuda a levar as malas para dentro. Ah, como senti falta dessa casa.
HELENA: —Meu Deus, que cheiro maravilhoso! Está me dando água na boca!
SENHOR AFONSO: —O almoço já está pronto, querida. Chegou em boa hora!
HELENA: —Huum! Que fome! Só vou tomar um banho antes. Me espera pra almoçar?
SENHOR AFONSO: —Claro que espero, meu amor!
Subo para o quarto e tomo um banho gelado; o calor está forte. Visto uma roupa leve e confortável: camiseta branca, shorts bege de moletom e havaianas.
HELENA: —Oii, Dona Berta! Que saudade de você!
BERTA( Cozinheira da fazenda falcão)
BERTA: —Menina, que alegria! Pensei que não vinha mais!
HELENA: —Meu estômago está roncando. Que saudade da sua comida!
BERTA: —Já está prontinho. Fique à vontade.
HELENA: —Ah, mas eu vou mesmo! Esse cheirinho está me matando!
Comida mineira. Que beleza! Arroz, feijão, angú, couve, carne cozida… Jesus, que saudade!
Sento-me à mesa e almoço com meu pai.
SENHOR AFONSO: —E a clínica, filha? Está tudo bem?
HELENA: —Está sim, pai. Graças a Deus!
SENHOR AFONSO: —E o Toby?
HELENA: —Está ótimo! Queria tanto ter trazido ele comigo… mas ficou com a Carol.
Depois do almoço, me lambuzo com doce de leite caseiro feito pela Berta. Sempre levo dois potes para casa.
Em seguida, meu pai me leva para ver os animais e os bezerrinhos recém-nascidos.
HELENA: —Olha os porquinhos! Ô meu Deus! Também nasceram porquinhos!
SENHOR AFONSO: —Nasceram sim. Foram sete.
HELENA: —Ah, que fofura!
Enquanto caminhamos até os bezerros, vejo um homem alto, forte e muito bonito no meio do gado.
HELENA: —Pai, quem é ele?
SENHOR AFONSO: —Esse é o vaqueiro que te falei, querida. O que coloquei no lugar do último que mandei embora.
HELENA: —Ah, então é esse que você tanto elogia!
SENHOR AFONSO: —Sim. Ele é ótimo! Mas não diga nada, não quero que ele fique se achando.
HELENA: —Pode deixar, não vou dizer.
Meu pai chama o homem.
SENHOR AFONSO: —Roger! Vem aqui, por favor!
...ROGER:...
Estou no meio do gado quando ouço o senhor Afonso me chamar. Ao lado dele, vejo uma mulher bonita, morena, de olhos castanhos claros. Nunca a vi por aqui.
ROGER: —Pois não, senhor?
SENHOR AFONSO: —Quero te apresentar a minha filha, Helena. Helena, esse é o Roger.
HELENA: —Muito prazer, Roger!
ROGER: —O prazer é todo meu, dona Helena!
Apertamos as mãos. O celular do senhor Afonso toca.
SENHOR AFONSO: —Preciso atender. Roger, pode mostrar os bezerros para a Helena, por favor?
ROGER: —Claro, senhor.
SENHOR AFONSO: —Já volto, filha.
HELENA: —Tudo bem, pai.
Ele se afasta falando ao telefone.
ROGER: —Pode me acompanhar, dona Helena.
HELENA: —Sem esse “dona”! Pode me chamar só de Helena.
ROGER: —Como quiser.
A levo até os bezerros. Os olhos dela brilham ao vê-los.
HELENA: —Ah, que lindezaas! Oi, bebês! Como vocês são lindos! Quem é a mamãe?
ROGER: —Aquela e aquela. São duas.
HELENA: —Ah, então vocês são as mamães? Seus filhos são lindos demais!
Ela acaricia e beija a cabeça das vacas.
HELENA: —Você deve estar achando que sou uma palhaça falando com elas assim.
ROGER: —Que nada! Eu também converso com eles o tempo todo. Pena que não respondem!
Ela me olha e sorri.
SENHOR AFONSO: —Engraçado como você sempre age como se fosse a primeira vez que vê os animais.
Diz meu pai se aproximando.
HELENA: —É verdade! É que sou apaixonada, pai… você sabe, né?
SENHOR AFONSO: —Roger, pode levar o gado para o pasto, por favor.
ROGER: —Sim, senhor. Com licença, dona Helena.
HELENA: —Toda.
SENHOR AFONSO: —Filha, pode escolher um para você, se quiser.
HELENA: —Ah, quem me dera! Se eles não crescessem, eu até pensaria no caso.
SENHOR AFONSO: —Imagina um boi desse tamanho no quintal da sua casa!
HELENA: —Imagina! Meus vizinhos iam achar que enlouqueci de vez!
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Atualizado até capítulo 86
Comments
Márcia
Fico tão feliz quando vejo as fotos dos personagens.
É melhor pra assimilar
2025-09-16
0
Amélia Rabelo
essa mulher dele é uma sem noção cheia de frescura
2025-10-13
0
Adriane Alvarenga
A mulher de Roger não me parece fiel.....
2025-06-19
0