DANILO TENTA UMA APROXIMAÇÃO...

A construção da casa de Dalila e Gui, na fazenda fica pronta e eles comemoram com um churrasco com os amigos.

Joana: filha que orgulho, parabéns casal.

Vera e Manuel, os pais de Gui, observavam o movimento com ternura, orgulhosos do filho e da união dele com Dalila. Manuel, com um sorriso largo, ergueu sua caneca de chope.

Danilo, William, Davi, Mika, Roberto, Pietro,Francisca, Simone respondiam com entusiasmo, brindando à felicidade do casal. A conversa fluía animada, salpicada de risos e histórias.

Davi:(olhando para Simone, que acariciava a barriga saliente,) "Simone, você está linda! Falta pouco, hein?"

Simone (sorriu fraco, um brilho triste em seus olhos.) "Falta pouco. Mas... as coisas não estão fáceis."( Ela suspirou, olhando para Danilo, que estava conversando animadamente com Pietro sobre futebol, sem sequer lhe dirigir um olhar.)

Francisca, percebendo o desconforto de Simone, colocou uma mão reconfortante em seu braço. "Não se preocupe, querida. Tudo vai dar certo. Você é forte."

Joana (observando a cena, suspirou baixinho para Dalila.)"Pena que as coisas não estão fáceis para Simone e Danilo. Espero que ele se toque logo."

Dalila ( que também havia notado a tensão, respondeu com um aperto no braço da mãe.) "Sei, mãe. Mas vamos aproveitar esse dia. Hoje é sobre celebrar a nossa felicidade e a nossa nova casa."

Gui, ( aproximando-se com um prato cheio de carne, sorriu para todos.) "Galera, vamos comer! A comida está deliciosa! E que essa festa dure a noite toda!"

Roberto, (observando o casal, comentou com Mika:) "Eles são incríveis, né? Um casal perfeito."

Mika (concordou, sorrindo. )"Realmente. Merecem toda essa felicidade."

Danilo, apesar de ainda distante de Simone, parecia mais relaxado, envolvido na animação da festa. Ele até mesmo dançou algumas músicas com Francisca, que o tratava com carinho e respeito.

William (observando Danilo de longe, sussurrou para Davi) "Ele parece estar um pouco mais leve hoje."

Davi: Talvez a festa esteja ajudando a distraí-lo. Mas isso não resolve o problema, né?"

Simone, apesar de ainda um pouco melancólica, sorriu ao ver Danilo se divertindo. Ela dançou com Joana e Vera, sentindo o apoio e o carinho.

Vera: Não importa o que aconteça, você não está sozinha."

William, (aproximando-se de Danilo,) "Cara, você precisa conversar com Simone. Não é justo o que você está fazendo."

Danilo (suspirou.) "Eu sei, William. Mas é difícil. Eu não estou pronto para ser pai."

William (colocou uma mão no ombro de Danilo. )"Eu sei que não é fácil, mas você precisa pensar em Simone e no bebê. Eles precisam de você."

A conversa entre William e Danilo foi longa e sincera. William, com paciência e compreensão, ajudou Danilo a encarar a realidade da sua situação. Ele não conseguiu mudar a decisão de Danilo de não assumir a responsabilidade pelo bebê, mas plantou uma semente de reflexão em seu coração.

Mais tarde, Danilo se aproximou de Simone. Ele não disse nada sobre o bebê, mas seu olhar era diferente. Havia um traço de arrependimento, de compreensão. Ele a ajudou a limpar a mesa, um pequeno gesto, mas carregado de significado.

Simone, percebendo a mudança na atitude de Danilo, sorriu timidamente. Era um começo, um pequeno passo em direção à resolução do conflito. Ela sabia que o caminho seria longo e difícil, mas tinha a esperança de que, com o tempo, Danilo pudesse assumir a sua responsabilidade.

Simone: (Suspirando) Não consigo. Não tenho apetite. Tudo o que sinto é… vazio.

Joana: (Aproximando-se) eu sei que está difícil. Mas você precisa se fortalecer. Você não está sozinha. Nós estamos aqui para você.

Simone: (Limpando uma lágrima) Eu sei. Mas… é tão difícil. Ele nem sequer se aproximou de mim depois da festa. Como se eu fosse invisível.

Vera: (Com a voz suave) Ele está agindo de forma covarde, Simone. Mas isso não diminui o seu valor, nem o valor do seu bebê.

Simone: (Chorando baixinho) Mas eu queria que ele estivesse aqui… que ele me apoiasse… que ele amasse o nosso filho.

Manuel: (Com firmeza) Ele vai se arrepender amargamente. Mas agora, você precisa focar em você e no seu bebê. Nós vamos te ajudar em tudo.

William: (Aproximando-se) Simone, eu sei que é difícil, mas não deixe que isso te destrua. Você é forte, você vai conseguir. E nós vamos estar aqui para te apoiar em tudo o que precisar.

Simone: (Olhando para os amigos com gratidão) Obrigada… obrigada a todos. Vocês são as melhores pessoas do mundo.

Dalila: (Aproximando-se com um abraço) Simone, você não está sozinha. Nós estamos todos aqui para você. Qualquer coisa que você precisar, pode contar com a gente.

Gui: (Juntando-se ao abraço) É isso aí, Simone. Você é uma mulher incrível, e esse bebê vai ter uma mãe maravilhosa.

Simone olhava para a barriga, agora um pouco mais saliente, com os olhos marejados. Sentada sozinha na varanda da fazenda, o silêncio da manhã era interrompido apenas pelo canto dos pássaros – um canto que, naquele momento, soava irônico em meio à sua tristeza.

Simone: (Sussurrando) Meu amor… você já sente a mamãe te abraçando? Papai está ausente … mas eu te amo tanto… tanto…

Ela acariciava a barriga com cuidado, as lágrimas escorrendo sem parar. A lembrança da festa, da alegria, agora parecia um sonho distante. A realidade cruel da solidão e da rejeição a atingia com força.

Um barulho suave a fez levantar a cabeça. Era Danilo, parado a alguns metros, observando-a com um olhar carregado de culpa e indecisão.

Danilo: (Com a voz baixa) Simone…

Simone: (Sem se virar) O que você quer?

Danilo: Eu… eu só queria… te ver.

Simone: (Virando-se, com amargura) Para quê? Para me lembrar mais uma vez de que você não quer esse bebê? De que você me abandonou?

Danilo: Não é bem assim…

Simone: Como é, então? Você foge das suas responsabilidades, finge que não existe, e agora aparece aqui como se nada tivesse acontecido?

Danilo: Eu sei que errei… e eu… eu estou tentando entender…

Simone: Entender o quê? Que você é um covarde? Que você prefere se esconder do que assumir as suas responsabilidades?

Danilo: (Aproximando-se cautelosamente) Eu… eu não queria te machucar.

Simone: Você já me machucou, Danilo. Profundamente. E você está machucando o nosso filho também.

Danilo: (Tentando tocar sua mão, mas ela se afasta) Por favor, Simone… me deixa te ajudar.

Simone: Não tem mais nada que você possa fazer. Eu vou criar o nosso filho sozinha. E eu vou fazer isso com muito amor, apesar de tudo. Mas você não fará parte disso.

O silêncio entre Simone e Danilo era denso, quebrado apenas pelo soluço silencioso dela. Ele permaneceu parado, a mão estendida em um gesto hesitante, sem saber o que dizer ou fazer. A culpa o corroía por dentro.

Danilo: (Após um longo silêncio, com a voz embargada) Eu… eu sei que não posso voltar atrás. Mas eu queria que você soubesse… que eu sinto muito. Muito mesmo.

Simone não respondeu, continuando a acariciar a barriga. A dor era profunda, uma ferida aberta em seu coração.

Danilo: (Continuando, com mais firmeza) Eu sei que não posso apagar o que aconteceu. Mas eu quero estar presente na vida do nosso filho… de alguma forma. Eu não sei como… mas eu quero.

Simone finalmente se virou para ele, os olhos vermelhos e inchados. A expressão era de uma mistura de dor, descrença e um fio de esperança.

Simone: Como, Danilo? Como você pode querer estar presente na vida do nosso filho depois de ter se recusado a assumir a sua responsabilidade desde o início? Depois de me ter deixado sozinha com essa responsabilidade imensa?

Danilo: Eu sei… eu sei que minhas ações falaram mais alto que as minhas palavras. E minhas palavras foram poucas e vazias. Mas eu estou mudando, Simone. Eu estou tentando mudar.

Simone: Mudar? Depois de todo esse tempo? Depois de todo esse sofrimento? É fácil falar.

Danilo: Eu sei. E eu não espero que você me perdoe. Eu só quero que você saiba que eu estou disposto a fazer o que for preciso para estar presente na vida do nosso filho. Mesmo que seja de longe… mesmo que seja apenas dando suporte financeiro…

Simone: (Secando as lágrimas) Suporte financeiro não é o suficiente, Danilo. Um filho precisa de um pai. De um pai presente, que o ame, que o cuide, que o acompanhe crescer. Você me negou isso. Você negou ao nosso filho isso.

Danilo: Eu sei. E eu vou ter que viver com essa culpa para o resto da minha vida. Mas eu quero tentar, Simone. Por favor, me dê uma chance. Uma chance de mostrar que eu estou mudando. Uma chance de ser um pai, mesmo que à distância.

Mika: tudo bem por aqui?

Danilo: (Suspirando) Estou tentando, Mika. Mas… é difícil.

Mika. Obrigado por se preocupar.

Mika: sempre, vocês são meus amigos.

Dalila: obrigado meus amores, por terem vindo, a noite foi maravilhosa, agora está amanhecendo um dia lindo e está pronto o café da manhã, quero que vocês permaneçam por aqui, já que é feriado e ninguém trabalha.

Gui: isso aí meu amor, bora aproveitar essa amizade linda.

Danilo: ser feliz é para sempre( faz um brinde) estou feliz por vocês Gui e Dalila, que vocês sejam felizes.

Gui: muito obrigado meu amigo ( abraça ele)

Dalila( chamando Simone) vamos até meu quarto?

Simone: claro( se levanta e vai com Dalila)

Dalila: Simone, eu amo sua amizade e quero te ajudar no que eu puder. Se depender de mim, não vai faltar nada para essa criança.

Simone: muito obrigado Dalila, eu não esperava menos de você, mesmo ficando rica, não mudou seu comportamento com ninguém, estou triste, porque eu sou apaixonada no Danilo, achei que esse bebê ia unir a gente.

Dalila: sei que não é fácil, mas se ele não quiser morar com você, aceita pelo menos a ajuda dele, a presença dele vai ser boa para a criança.

Simone: se ele não se casar comigo, eu não quero ele perto do meu filho.

Dalila: não use seu bebê, para ficar forçado com alguém.Ser mãe solteira não é coisa de outro mundo não, a mãe do William cuidou dele sozinha, as vezes acontece.

Gui ( vai até o quarto) estou com saudades do meu amorzinho vem me fazer companhia.

Dalila(risos) que fofo meu amor, sabe que te amo muito.( vai com ele)

Simone( que sorte ela teve em se apaixonar pelo Gui e o Gui por ela, enquanto eu, não tenho ninguém e ainda vou ter um filho e criar sozinha.)

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