Descrição:
Elisa e Adrian estão cada vez mais envolvidos em uma corrida contra o tempo. A Ordem Carmesim está em seu encalço, e a única opção é fugir para um local onde possam se esconder. Porém, à medida que a relação entre eles se torna mais intensa e cheia de sentimentos conflitantes, o perigo aumenta. Adrian está decidido a proteger Elisa, mas ele sabe que ela está cada vez mais presa a esse mundo perigoso e sombrio. Juntos, eles terão que enfrentar não apenas caçadores implacáveis, mas também os próprios dilemas de suas emoções.
Capítulo 3
O som de passos apressados na rua gelada cortava a escuridão da noite, enquanto Elisa e Adrian se escondiam nas sombras. Eles haviam deixado a casa de Elisa, agora considerada um ponto de risco. A Ordem Carmesim estava mais perto do que nunca, e o simples fato de permanecer em um único lugar por mais de algumas horas significava estar colocando suas vidas em perigo. Eles tinham que se mover constantemente, sem deixar rastros.
“Eu ainda não entendo por que a Ordem quer tanto você,” Elisa murmurou enquanto caminhava ao lado de Adrian, seu olhar fixo na estrada à frente. “Você diz que os traiu, mas há algo mais, não é? Algo que você não está me contando.”
Adrian olhou para ela, seus olhos vermelhos brilhando na escuridão. O peso da verdade estava ali, sem ser dito, como uma nuvem que se recusava a se dissipar. Mas ele não queria envolvê-la em tudo aquilo. Ele não queria que ela visse o lado mais sombrio do mundo em que ele vivia.
“A Ordem não está atrás de mim apenas porque me tornei uma ameaça. Eles querem algo... mais.” Ele fez uma pausa, como se estivesse lutando com as palavras. “Eles querem o controle sobre a minha espécie. Eles não se importam com minha vida, Elisa. Eles querem os meus poderes, querem a minha imortalidade. E eles estão dispostos a matar qualquer um que se coloque no caminho deles.”
Elisa sentiu o peso dessas palavras. Ela sabia que a situação estava mais grave do que pensava, mas o que a deixava mais inquieta era o vínculo crescente entre ela e Adrian. Ela não estava apenas ajudando alguém em perigo. Estava se apaixonando, e isso complicava ainda mais as coisas. Ela se sentia dividida entre o medo de ser consumida por esse amor proibido e a necessidade de protegê-lo.
Eles caminhavam em silêncio agora, com os passos ecoando nas ruas vazias. A cidade estava deserta àquela hora da noite, como se a tempestade tivesse afastado até os últimos habitantes. Eles passavam por lojas fechadas e ruas escuras, até que chegaram a um beco estreito, onde Adrian parou de repente.
“Elisa,” ele disse, olhando para ela com um olhar que ela não conseguia ler completamente, “precisamos parar aqui. A Ordem já deve estar nos seguindo, e temos que ter cuidado.”
Ela assentiu, sentindo a tensão crescer em seu peito. O medo estava ali, como uma presença constante, mas havia algo mais em seus olhos. Algo que fazia seu coração bater mais rápido.
“Você está preocupado com a gente, não é?” Elisa disse, sua voz mais suave do que ela pretendia. “Comigo?”
Adrian respirou fundo e deu um passo para mais perto dela. “Eu não quero que você se machuque, Elisa. Não quero que a Ordem pegue você. Eu... eu não sei o que faria se algo acontecesse com você.”
Ela olhou para ele, seus olhos fixos no rosto dele. As palavras dela ficaram presas na garganta, mas ela sabia exatamente o que sentia. Não era apenas a compaixão de quem estava ajudando alguém em apuros. Era algo mais profundo, algo que ela não podia negar. Ela estava se apaixonando por ele.
Mas, antes que ela pudesse responder, um som distante cortou o silêncio da noite. O som de passos rápidos, seguidos de uma voz que ecoava pela rua.
“Eles estão aqui,” Adrian sussurrou. “A Ordem.”
O pânico foi imediato. Elisa olhou para ele, sem saber o que fazer. Eles tinham que fugir, mas para onde? A cidade estava escura, as ruas vazias, e a única coisa que ela sabia era que não podia ficar ali.
“Vamos para o túnel,” Adrian disse, com firmeza. “Eu conheço um caminho secreto. Lá, podemos nos esconder até que a situação se acalme.”
Sem esperar, ele pegou a mão de Elisa e a puxou para o beco, correndo em direção a uma porta velha e enferrujada no final da rua. Eles atravessaram a porta com rapidez, e Adrian fechou-a atrás de si, criando uma escuridão impenetrável. A única fonte de luz era o reflexo pálido das luzes da cidade através das rachaduras nas paredes.
Dentro do túnel, a sensação de claustrofobia era esmagadora. Elisa respirou fundo, tentando controlar a ansiedade. Era difícil acreditar que estava se escondendo assim, no meio da noite, com um homem que ela sabia ser um vampiro. A realidade parecia cada vez mais surreal, mas ela estava presa nesse mundo. Não havia mais como voltar atrás.
“Você está bem?” Adrian perguntou, olhando para ela com preocupação. Ela percebeu que, apesar de todo o perigo, ele estava realmente tentando protegê-la. E isso a fazia se perguntar se ele realmente acreditava que ela poderia sair dessa situação ilesa.
“Sim,” Elisa disse, embora sua voz fosse quase imperceptível. “Mas não sei por quanto tempo vamos conseguir nos esconder.”
Adrian sorriu de forma triste. “A Ordem é implacável, mas não sabem de tudo. Eu conheço os pontos fracos deles, e vou usá-los a nosso favor. Mas, Elisa, se algum dia você precisar fugir, me avise. Não quero que você se envolva mais do que já está.”
Elisa olhou para ele com os olhos cheios de determinação. “Eu não vou fugir, Adrian. Não vou te deixar sozinho. Estamos nisso juntos agora.”
A presença de Adrian era reconfortante, mas também a lembrava do risco que estava correndo. Elisa sabia que a qualquer momento, a Ordem Carmesim poderia surgir e mudar tudo. Mas, por enquanto, eles tinham uma chance de respirar e planejar o próximo movimento.
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Atualizado até capítulo 21
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