11 | Aaron Walton

O amor pode causar sofrimento, violência, dor e a tristeza, mas isso só ocorre se você permitir.

- Grayson evans.

Dias atuais...

- Você dormiu aonde Benjamim? Me fala!- Ouvi a voz da minha mãe vindo do escritório do meu pai.

Caminhei calmamente até a porta e olhei pela brecha da porta, minha mãe estava discutindo com meu pai, por algum motivo que ainda não sei.

- Você precisa se acalmar Amélia, você não estar bem da cabeça, tem que tomar seus remédios.- Benjamim se aproximou segurando o braço da minha mãe.

- Me solta.- Ela falou entre dentes.- Eu sei muito bem que você me traí com a vadia da sua secretária, então não encosta mais em mim.- Disse segurando o choro.

Eu nunca iria imaginar que meu pai estava pegando a mãe da Riley. Isso nunca passou pela minha cabeça.

- Amor, Eu não estou com ela, somos só amigos.

Isso é ridículo.

Só de ouvir isso me da vontade de socar a cara dele na porrada...

Me retirei dali rapidamente, eu não estava chateado com a traição do meu pai, por incrível que pareça eu nem ligo para isso, eles são adultos e sabem o que fazem. Eu estava com raiva pois se minha garota souber disso vai destruir ela ainda mais.

Eu entrei no meu quarto e bati a porta com força.

- Porra.- Gritei.- Por que logo a mãe dela? Se ela descobrir isso...

Tirei minhas roupas e caminhei até o box do banheiro. Liguei o chuveiro e fui para de baixo da água.

Depois do banho vestir uma calça jeans e um moletom preto. Peguei meu celular e coloquei em meu bolso.

...

Peguei carona para faculdade com o Christian, já que meu carro estava no concerto por causa de uma espertinha.

- Cadê o seu irmão? Nunca mais o vi.- Christian me questionou enquanto dirigia.

- Ele voltou para Itália.- comecei.- Ele não quis fazer faculdade pois o mesmo fala que isso é uma perda de tempo.

- Que figura, e seus pais deixaram?

- Meio que eles não ligam muito para ele...

Ao chegar na faculdade, andamos pelos corredores até chegar no meu armário.

- Como anda o lance com sua garota?- Christian perguntou sorrindo.

Tirei minha mochila do armário e fechei a porta do mesmo.

- Eu meio que estou ignorando ela.- respondi.

Coloquei as minhas mãos nos bolsos da frente da calça.

- Você sempre faz isso, observa, consegue e ignora.- sorriu.

Abri um sorriso em meu rosto pois sabia que o mesmo estava jogando a verdade na minha cara, em seguida sou pego por uma voz familiar chamando meu nome atrás de mim.

- Aaron?

Olhei de baixo acima, surpreso.

- Sarah, quanto tempo.- Falei.

Christian ficou em silêncio analisando tudo com seu olhar frio e sério.

- Nossos pais estão trabalhando juntos novamente, agora vamos nos ver todo dia.- Ela disse com aquele sorriso sexy.

Eu não podia negar que ela tinha uma beleza bem chamativa, seus cabelos loiros e corpo me chamavam muita atenção.

Conheci Sarah pelo meu pai, éramos muito próximo, por algum motivo Benjamim sempre jogava ela para cima de mim. Até que um dia eu cedi e perdi minha virgindade com ela em uma noite qualquer, eu suprir minhas necessidades e carência naquele momento, deixando de lado o que mais importava.

- Que bom, vai continua fazendo curso de moda?

- Não, troquei pela administração.- Ela falou passando seu braço pela minha cintura.

Seus olhos encontraram os meus por um breve segundo quando ouço a voz séria de Christian sussurrando do meu lado direito.

- Sua garota acabou de ver isso, sabia?- Christian sussurrou próximo ao meu ouvido- Acho bom você cuidar bem dela, ou outros vão.- Saiu esbarrando em meu braço.

Fiquei sem entender essa atitude dele, mas me afastei dela imediatamente.

...

Fiquei todas as aulas pensando sobre o que o Christian havia me falado. Se realmente a Riley

me viu com a Sarah ela deve estar pensando coisa errada sobre mim, e o que ele quis dizer com, "outros vão?".

8:20

Tirei meu celular do bolso e verifiquei as minhas mensagens.

O ciúmes me corróia por dentro, e só agora eu vejo que o Christian estava certo.

- Porra amor... não poderia ter vestido outra roupa?- murmurei jogando meu celular em cima da cama.- Pior que até com a pior roupa ela chama atenção.- disse tentando manter a calma.

Eu não gosto de me sentir assim, odeio sentir esse sentimento amargo chamado, "ciúmes."

Passei a mão entre os fios dos meus cabelos e me sentei na beira da minha cama.

Apoiei os meus cotovelos nas minhas coxas e passei as mãos entre meus cabelos.

Meu celular vibra em cima da cama, viro meu rosto até ele e vejo várias notificações na tela. Agarro o mesmo em minhas mãos e verifico-o.

- Eu vou acabar com ele...- murmurei.

Somos amigos há alguns anos, sempre tive respeito por eles, mas o Grayson precisa de uma lição.

Quando eu estava descendo as escadas distraido escuto a voz da empregada.

- Senhor Aaron, eu levei o seu cachorro ao pet shop e cuidei dele como você mandou.

Lembrei agora que eu trouxe o cachorro de Riley para minha casa.

- Ah... você pode deixar ele dentro do meu quarto enquanto eu volto.- Ordenei me retirando Dali.

Esse cachorro foi o primeiro presente que eu dei para riley, quando lembro que ela se sentia triste e sozinha, eu o adotei e deixei o mesmo na porta da casa dela. Ainda lembro como se fosse hoje, ela ficou tão feliz e apegada a ele.

...

Ao chegar no local, vejo Christian sentado fazendo uma tatuagem no braço. Já Grayson estava sentado em um sofá de couro com um copo de bebida na mão. Olhei para Chris e caminhei até Gray.

- Ainda bravo brother?- Gray me pergunta.

Assim que ele coloca seu copo em cima da mesinha de centro, eu ergo um murro em seu rosto.

Me aproximo rapidamente do mesmo que estava sem reação, agarro o colarinho da sua blusa e dou outro soco.

Grayson era bom de briga mas o mesmo não estava revidando, e isso me deixou ainda mais furioso. continuei batendo no mesmo que já estava sagrando.

Quando eu ia tacar mais um soco em seu rosto o Chris segura minha mão entrando em minha frente.

- Porra Aaron...- Gritou.- Eu chamei vocês aqui para curtirem e não para se matarem.- Falou empurrando sua mão esquerda em meu ombro.

Eu sei que isso não foi certo, Chris estava certo. Mais eu precisava tirar esse ódio do meu peito de alguma maneira.

- Você tá bem Gray?- Chris pergunta ao Gray que ainda estava jogando em cima do sofá.

- Eu tenho cara de alguém que está bem?- falou com com a voz baixa.

Christian me encarou e andou até o tatuador.

Ainda parado, olhei para meu amigo e vi o seu rosto.

Me aproximei dele e ergui minha mão até ele.

O mesmo me encarou por uns segundos e esticou sua mão até a minha e apertou. Levantei ele e me sentei ao seu lado.

- Não pense que eu já te perdoei.

- Fica de boa, você só fez o que achava que estava certo.- Gray abriu um sorriso de canto.

- É melhor você ir lavar esse seu rosto.- Falei me levantando do sofá, bagunçando o cabelo dele.

- O amor pode causar sofrimento, violência, dor e a tristeza, mas isso só ocorre se você permitir.- Grayson disse com sua voz baixa.

Ao escutar isso cravei o meu maxilar e andei até Christian com as minha duas mãos nos bolsos da frente da minha calça.

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