Capítulo 18 - Coincidência Desagradável

Uma brisa suave soprou os cabelos curtos e macios do belo ômega, e algumas mechas voaram, algumas permanecendo em seu rosto bonito.

"A água da nascente flui e os bosques da primavera crescem, mas mesmo a brisa quente da primavera nunca poderá se comparar a você."

Michael recitou silenciosamente este poema em sua mente, enquanto observava o lindo ômega. Seus olhos escuros eram gentis e sorridentes, como estrelas no céu, eles eram brilhantes mesmo sob a luz do sol.

O alfa se levantou de repente, sua altura era evidente, pois Pierre só conseguia ver seu peito naquele momento. O ômega prendeu a respiração enquanto o observava se aproximar.

Enquanto os dedos de Michael roçavam seus lábios e nariz, Pierre sentiu seu perfume leve, sua mente ficou em branco com o toque repentino de Michael.

Seu rosto ficou vermelho e ele levantou a cabeça para olhá-lo. Michael manteve uma expressão serena, brincando com os fios de cabelo de Pierre que o vento havia levado. Pierre sentiu cócegas e formigamento.

Foi quando as pontas dos dedos do alfa roçaram suas orelhas que Pierre de repente sentiu uma forte sensação de formigamento. 0 sol que brilhava em suas orelhas parecia maximizar o calor acima de sua cabeça.

Pierre voltou a si, sentindo-se tão desconfortável que queria se esconder nos braços de Michael, mas acabou sentindo uma dor aguda no rosto, as pontas dos dedos do alfa roçaram o ferimento na lateral da cabeça do menor.

Pierre não conseguiu evitar um gemido de dor e viu Michael franzir a testa.

Michael Zio: Eu a vi bater na sua cabeça, onde ela bateu exatamente.

Michael franziu a testa enquanto perguntava.

Pierre Achille: Não é nada.

Pierre respondeu rapidamente, a voz fraca e pretenciosa, ele desejava desesperadamente que não pertencesse a ele.

Michael, sem esperar resposta, tocou a cabeça do ômega e percebeu imediatamente um inchaço. Pierre reagiu com dor e tentou se afastar.

Michael Zio: Vou levar você para o hospital!

Pierre Achille: Não há necessidade. É apenas um ferimento leve, vou esperar o inchaço diminuir.

Michael olhou para ele friamente e ficou em silêncio por um momento antes de dizer:

Michael Zio: Estou aqui só para levar você ao hospital. Se não for, não estará apenas desperdiçando meu tempo? Meu tempo não é importante?

Pierre Achille: Presidente Zio, se você está tão ocupado, não precisa se preocupar comigo. Vá para o seu escritório e trabalhe.

Michael Zio: Então o que faremos sobre o tempo que usei esperando por vocế? Eu não faço coisas que não dão resultado.

As mãos de Michael saíram do inchaço e foram para os bolsos. Sua postura estava firme e imponente. Pierre percebeu que Michael não sairia sem uma resposta, e também não permitiria que ele fosse embora.

Era um impasse na estrada, e com Michael sendo tão atraente, a situação se tornava ainda mais complicada. Pierre acenou em concordância, ainda em choque.

Assim que se sentou no carro, afivelou o cinto, deixando Michael sem reação. O silêncio reinava, e Pierre se perguntava por que Michael estava sendo tão gentil com ele.

O status de Michael era inatingível para Pierre. Ele guardou essas dúvidas para si e não as mencionou. Sentar no banco do passageiro parecia irreal e desconfortável.

Após uma despedida infeliz na noite passada, Pierre não esperava se encontrar com Michael tão cedo. Ele sentia que o que havia acontecido era um assunto pessoal e que Michael não tinha motivos para ficar irritado.

Pierre achava que Michael o levaria a um hospital próximo, mas foi levado ao Hospital Della Vita, um hospital consideravelmente caro, o ferimento era apenas um inchaço sem sangue, e Pierre pensava que o caroço passaria naturalmente.

No entanto, Michael insistiu em um raio-X, temendo uma concussão. No final, o médico confirmou que não era nada grave e prescreveu um remédio para o rosto do ômega. Tudo o que ele teve que fazer foi aplicar o creme no ferimento por algumas vezes.

De volta ao primeiro andar, Michael fez Pierre esperar no sofá enquanto ia buscar a receita. Pierre se sentou e observou Michael. O Hospital Della Vita estava tranquilo, em contraste com os hospitais públicos lotados, e o setor VIP estava ainda mais vazio.

Enquanto Pierre observava Michael pegando a receita, sentiu uma estranheza, como se algo estivesse fora do lugar. Michael estava em frente ao dispensário, com uma postura imponente, como se estivesse posando para uma foto. Quando Michael percebeu Pierre o observando, virou a cabeça e sorriu gentilmente, mesmo com a distância não sendo grande.

Pierre achou que estava imaginando, mas parecia que Michael estava sorrindo de forma indulgente. Ele desviou o olhar rapidamente, corando intensamente. Seu rosto inteiro ficou vermelho, e seu coração acelerou em pânico. Ele teve que respirar pela boca e pressionou o peito, sem conseguir acalmar os batimentos irregulares.

Caterinna Achille: Pierre?

Uma voz familiar que Pierre achava irritante o chamou. Pierre levantou a cabeça em surpresa. Seu batimento cardíaco voltou ao normal no momento em que viu Caterinnae e Lívia caminhando em sua direção.

Caterinna Achille: Que coincidência, nós acabamos de te ver no restaurante ontem à noite e agora estamos nos encontrando de novo.

Caterinna e Lívia caminharam em sua direção. Ele notou que Lívia estava segurando o braço de Caterinna como se fosse algo muito importante.

Pierre Achille: Sim, que coincidência.

Pierre respondeu com superficialidade. Seus olhos se moveram na direção de onde Michael estava, e ele o viu ainda esperando na janela do dispensário.

Caterinna Achille: O que você está fazendo aqui?

Caterinna sorriu enquanto perguntava. Ela parecia estar de bom humor, bem diferente da noite passada, quando ela estava muito mais agressiva. A única coisa era que seu tom e expressão pareciam que ela mal podia esperar para começar a se exibir.

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