Eloá encontrava-se dormindo com a cabeça nas pernas de Mía que acariciava seus cabelos com carinho.
Pietro: Então, a noite é uma criança e eu vou sair. (Fala saindo)
Olga: E eu vou me retirar, vou dormir.
Eles saem, deixando apenas os três ali.
Willian: Vou colocá-la na cama.
Mía: Tá bom…
Assim que ele sai, a campainha começa a tocar, ela levanta para atender, tendo uma surpresa com Sabrina e um homem na porta com cara fechada.
Sabrina: Mora aqui agora?
Mía: Hoje não, Sabrina. (Fala dando as costas, saindo)
Eles entram no apartamento e ficam encarando Mía que retribuía o olhar sem medo.
Willian: Quando tempo, tio. (Fala chegando)
Jon: Oi, meu sobrinho.
Willian: O que deve a honra dessa visita, uma hora dessas?
Jon: Soube pela minha filha que sua empregada a destratou.
Willian: É? Quando?
Sabrina: Essa daí me jogou para fora do apartamento.
Willian: O que você fez para ela? Toda ação tem sua reação, Sabrina.
Jon: O quê? Está do lado da sua empregada?
Willian: Ela não é minha empregada.
Eloá: Isso mesmo, ela é a minha mamãe. (A menina chega)
Willian: Volta agora mesmo para o quarto, Eloá.
Sabrina: Mamãe? Sua mãe a abandonou.
Willian: Cala a boca, Sabrina. Não se envolva nesse assunto.
Sabrina: O quê? Estou mentindo por um acaso?
Jon: Willian, não pode substituir a mãe da sua filha como uma qualquer. Quer que a estória se repita?
Eloá começou a chorar em silêncio e Mía vai até ela.
Willian: Mía, pode por favor levá-la para o quarto e ficar com ela?
Sabrina: Isso, tire essa pestinha daqui.
Jon: O que você fez, Willian? Uma das minhas empresas foi à falência em minutos.
Willian: O quê? Eu não fiz nada.
Jon: Eu sei que você fez algo.
Willian: Consegue provar?
Jon: Somos uma família, seus pais…
Willian: Não os mencione, você não tem esse direito.
Sabrina: Nós somos a única família que te restou, Willian. Você e essa bastarda só têm a nós.
Mía: Já falei uma vez, você não escutou, terei que falar de novo. Não fale com ela assim, sua oferecida. (Vai em cima da Sabrina)
Willian: Mía, não! (Tenta segurá-la)
Jon: Eu vou agora mesmo denunciá-la, garota.
Willian: Vá. Saia da minha casa agora mesmo. (Puxa a Mía)
Jon: Olha essa selvagem que arrumou, não é pior que a mãe da sua filha.
Willian: Chega! (Grita assustando todos)
Olga: Meu Deus, vamos, Eloá. (Tenta levar a menina que estava chorando)
Willian: Leve-a, Olga, por favor.
A menina é arrastada chorando até seu quarto, onde Olga se tranca com ela lá dentro.
Willian: Nunca mais venha à minha casa, ofender minha filha ou a Mía. Ou não aguentarão as consequências. Sabrina, tentei dar várias oportunidades para você, em respeito à minha mãe, que cuidou de você. Mas esse respeito acaba aqui e agora! Saía da minha casa, agora! (Grita)
Jon: Willian?
Willian: E quero te dar um aviso, tio. Vou abrir a investigação sobre novamente o acidente dos meus pais.
Jon: O quê? Não já haviam solucionado?
Willian: Eu não acredito que tenha sido aquele bêbado, ele só estava no local errado na hora certo para quem de fato é culpado. Acharei o culpado e farei ele virá pó.
Jon: Não mexa com isso, Willian. Está tudo resolvido, só abrirá uma dor, novamente.
Willian: Saía da minha casa, nunca mais pise seus pés aqui, ou na minha empresa.
Jon: Nós temos ações lá, não pode fazer isso.
Willian começa a rir.
Willian: Oh, tio. Acha mesmo que 3% de ações fará diferença? Eu faço isso sumir com você, não brinque comigo.
Jon: 3%?
Willian: Sabrina não contou ao seu pai?
Jon: O que você fez, menina?
Willian: Viagens, gastos exorbitantes, coisas de luxo. Acha mesmo que eu banquei tudo isso? Sem algum propósito? A conta chegou e ela teve que me dar algumas ações, restando apenas 3% para vocês.
Jon: Sabrina?
Sabrina: Papai, ele me usou, ele fez de propósito.
Willian: Não se meta nos meus assuntos, tio. Esses 3% você consegue viver bem e bem longe de mim e da minha família. Não queira pagar para ver! Agora saía da minha casa.
Jon: Isso não ficar assim. Vamos, Sabrina.
Eles saem do apartamento e Willian senta-se no sofá com a cabeça baixa.
Willian: Droga, droga. (Jogo o celular que estava ao lado na parede)
Mía: Meu Deus.
Ele olha Mía ali assustada e vai até ela.
Willian: Desculpa. (A abraça)
Mía: Seu tio saiu daqui com muita raiva.
Willian: Sim, eu não aguentei mais. Mas eu não deveria ter falado da investigação.
Mía: Você desconfia dele?
Willian: Sim, infelizmente.
Mía: Caramba. Quando seus pais morreram?
Willian: Eu tinha 19 anos, tive que assumir a empresa antes mesmo de me formar na faculdade, não era levado a sério. Meu tio ficou à frente comigo por um tempo, mas, com o tempo, consegui tirá-lo, com meus constantes resultados.
Mía: Nossa.
Willian: E você, está bem?
Mía: Sim, só preocupada ainda. Pensando no meu irmão.
Willian: Vai ficar tudo bem.
Mía: Espero que sim.
Willian: Pietro pediu sigilo na ficha médica dele, ou seja, se o Park for lá, não saberá se ele continua lá ou se foi transferido.
Mía: Mas ele tem dinheiro.
Willian: Relaxa. Quando aos custos do hospital, Pietro o colocou no seguro da empresa, então tudo será arcado.
Mía: Obrigada, de verdade.
Willian: Vamos tomar um vinho?
Mía: Eu não bebo, rs
Willian: Só uma taça, é um bom vinho.
Mía: Tá bom, pode ser.
Willian: Não está nevando hoje, vamos lá para cima.
Mía: Mas, está muito frio, rs
Willian: Vou pegar uma mantinha para a gente e uma blusa de frio para você.
Mía: Tá bom.
Eles sobem para a área gourmet da cobertura de Willian, ele acende a pequena lareira e sentam no sofá, observando a noite fria.
Mía: Aqui é lindo.
Willian: Sim, mas estou procurando outro lugar.
Mía: Sério?
Willian: Sim, aqui não é seguro para Eloá, e ela é arteira demais. A última babá falou que ela estava se pendurando ali nos vidros.
Mía: Caramba, chega, arrepiei.
Willian: Ela ama aqui, mas não é nada seguro para uma criança que diz que um dia vai voar.
Mía: É, tem razão.
Willian: Ela só vem para cá acompanhando por alguém, sempre deixo a porta trancada.
Mía: Sim, faz bem.
Willian: As aulas dela voltam em algumas semanas ainda. Preciso arrumar uma babá para esse período.
Mía: Por que não fica com ela? Sabe que pode diminuir o ritmo, algumas reuniões você pode fazer online. Pode ficar com ela nesse período de férias dela, a fará feliz.
Willian: Tem razão.
Mía: Ela estuda o dia todo, né?
Willian: Sim. A escolinha dela é tempo integral.
Mía: Você quem a leva?
Willian: Sim, quando não consigo, o motorista leva e a busca. Olga fica esperando por ela.
Mía: Gostei dela.
Willian: E ela gostou de você.
Mía: Até que esse vinho é bom, não tem gosto de álcool.
Willian: Sim, e ele é fraquinho, rs
Mía: Quanto tempo a Olga está com você aqui?
Willian: Ela era governanta da casa dos meus pais. Foi contrata muito nova, ela praticamente me criou com minha mãe. Casou-se, mesmo assim não quis sair do emprego, o marido dela faleceu com meus pais.
Mía: Ele trabalhava para seus pais?
Willian: Sim, ele era motorista deles. Desde então, Olga mora conosco, ela não é só a governanta da casa, é da família.
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Atualizado até capítulo 44
Comments
Heloisa Franciscani
Linda história!!❤❤
2025-02-19
5
Marluce Pereira Borba
uito boa a história
2025-02-17
0
Sandra Mendes
amando cada capitulo
2025-02-12
1