Você me seguiu?

Mía chega em casa devastada após chegar da clínica. Lexy fica com ela a madrugada toda. Ela pensa em ir treinar, mas Lexy não deixa e fica com ela até que desce o horário dela ir trabalhar.

Lexy: Você está com febre.

Mía: Já tomei um remédio.

Lexy: Vamos, vou deixá-la no trabalho hoje.

Mía: Obrigada.

Lexy: Você está com cara de doente, minha amiga. Vamos ao hospital.

Mía: É emocional, foi demais vê-lo naquela situação.

Lexy: Promete que, se precisar de algo, vai me ligar?

Mía: Sim. Prometo!

Lexy: Fica bem. Logo ele vai melhorar.

Mía: É errado vê-lo e me sentir suja?

Lexy: Para com isso, não começa. Não vou deixar você entrar nesse buraco novamente.

Mía: É só uma sensação. Já passa.

Ela desce do carro, entra na empresa, assim que chega no seu andar, ela arruma sua mesa e logo sorri ao ouvir a voz de sua pequena gritando por seu nome.

Eloá: Olha, eu trouxe lanche para você.

Mía: Hmm, que delícia. O que é?

Eloá: Croissant e suquinho, hmm

Willian: Bom dia.

Mía: Bom dia, senhor.

Eloá: Posso ficar aqui?

Willian: O que combinamos?

Eloá: Vou assistir à aula primeiro e depois posso.

Willian: Isso mesmo. Seu professor deve estar chegando, vai assistir à aula lá na minha sala mesmo. Quero ver se está boa.

Eloá: Sim, senhor.

Não demora muito o professor de Eloá chega, ele é liberado e então entra na sala de Willian.

Professor: Olá.

Willian: Fique à vontade.  Desculpa mudar o local assim.

A aula começa e Willian fica de olho e prestando atenção, orgulhoso de como a filha se empolga e se envolve na aula.

Willian: Obrigado.

Professor: Por nada. Até mais, Eloá.

Eloá: Tchau. (Fala em chinês)

Assim que ele sai, Willian a pega no colo, fazendo cócegas.

Willian: Filha, como você é inteligente.

Na recepção, Mía recebe uma ligação da clínica, deixando-a sem chão.

Mía: Licença. (Bate na porta e entra, tentando ao máximo segurar as lágrimas)

Willian: Entra.

Mía: Posso tirar o restante do dia de folga, aconteceram uns imprevistos e eu preciso resolver. (Não segura as lágrimas)

Eloá: Mía? Você está chorando? Por quê? O que aconteceu?

Willian: Filha, vai lá no seu tio.

Eloá: Não!

Willian: Por favor, minha filha.

A menina sai não querendo e vai correndo até a sala de Pietro.

Willian: O que aconteceu?

Mía: Preciso resolver umas coisas. Pode, por favor, me liberar.

Willian: Claro que posso.

A mesma ia sair, e ele segura seu pulso, puxando-a.

Willian: O que aconteceu, Mía?

Ela não consegue segurar as lágrimas que caiam sem parar, ele limpa o rosto dela delicadamente e a puxa para um abraço.

Willian: Você está tremendo. Me conta o que aconteceu, eu posso te ajudar.

O telefone começou a tocar e era Lexy já esperando por ela, após receber uma mensagem da mesma.

Mía: Preciso ir, minha amiga está me esperando.

Willian: Mía?

A mesma sai se despedindo e ele senta preocupado com ela. Pois nunca a viu dessa forma.

Willian: Droga!

Pietro: O que houve? (Fala entrando com Eloá)

Willian: Não sei, ela saiu com a amiga.

Pietro: Podemos segui-la.

Willian: Sim, vamos.

Eloá: Oba! Igual espião?

Pietra: É, igual espião. Mas não pode falar para ela.

Eloá: Tá bom.

Eles descem rápido pelo elevador e encontram Lexy abraçando Mía do lado de fora, que estava chorando muito. Elas entram no carro e saem.

Após dirigirem por um tempo, elas entram na clínica.

Willian: Clínica de reabilitação?

Eloá: O que é isso?

Willian: Shiuu, prometeu ficar em silêncio.

Eles ficam estacionados lá, Pietro estava areo e ficava olhando para o portão sem piscar.

Willian: Estou falando com você, Pietro.

Pietro: Ah, oi. Desculpa.

Willian: O que você tem?

Pietro: Nada, nada.

No escritório do diretor, os gritos de Mía ecoavam por todo o ambiente.

Mía: Não, não!

Diretor: Não vamos encaminhá-lo para o hospital, não podemos mais fazer nada. Infelizmente.

Mía: Não!

Lexy: Podemos vê-lo?

Mía: Por favor.

Diretor: Sim, vou liberar antes dele ser transferido. A ambulância já está a postos.

Lexy: Leve-o para esse hospital. (Entrega o nome escrito no papel a qual arrancou do caderno)

Diretor: Lá não é conveniado conosco, esses custos de lá não serão pagos pelo senhor Park.

Mía: Não posso arcar com isso, Lexy.

Lexy: Vamos dar um jeito. Lá tem os melhores neuro.

Diretor: São sequelas, nem o melhor neurologista o ajudará.

Lexy: Leve-nos até ele.

Elas vão até a UTI onde Maicon estava pálido, com vários tubos.

Mía: Acorda, seu desgraçado. Você quer terminar de me matar?

Lexy: Para, para amiga.

Diretor: Se continuar gritando, vou pedir para se retirar. A equipe já vai prepará-lo para a transferência.

Elas são praticamente expulsas de lá e vão para o lado de fora esperar a ambulância sair.

Lexy: Eu queria muito ir na ambulância. Mas você não está em condições de dirigir.

De onde elas estavam, elas observam Maicon sendo reanimado no meio do caminho para a ambulância. Com os gritos de Mía, Willian rapidamente sai do carro, indo até ela a puxando para levantar, já que a mesma estava de joelhos no chão.

Lexy: Ótimo. Fique com ela, eu vou na ambulância.

Mía: Por favor, vá com ele.

Lexy: Cuide dela. (Olha para o Willian e entrega a bolsa dela com a chave do carro)

O choro começa a tomar forma novamente e Willian a abraça ainda mais forte.

Pietro: O que aconteceu?

Willian: Não sei. A amiga dela foi na ambulância.

Mía: Me leva ao hospital, por favor. Vamos seguindo a ambulância. (Fala, se tremendo)

Willian: Pietro, faz um favor.

Pietro: Sim.

Willian: Vai no meu carro levar a Eloá para casa, Olga já chegou e depois me encontra no hospital.

Pietro: Ok.

Willian: Vou com você no carro da sua amiga, tá?

Mía: Tá.

Diretor: Mía, eu sinto muito.

Mía: Cala a boca. Se ele morrer, você e o Park me pagam, eu vou matar vocês.

Diretor: Sabe que eu quis o que pude.

Mía: Seu mentiroso.

Willian: Vamos, Mía.

Eles saem e ela entra no carro tremendo. Willian liga o carro saindo de lá seguindo a ambulância após conseguir alcançá-la.

Mía: Você me seguiu?

Willian: Sim! Quer me contar o que está acontecendo?

O silêncio pairava naquele carro, ele resolve não falar nada. Ao chegar no hospital, eles rapidamente saem, indo até a recepção. Mas, a entrada do Maicon ainda não havia sido totalmente efetuada.

Park: Senhorita Simard?

Mía: Você? (Se treme toda)

Park, 55 anos.

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