...Capítulo 4...
Na manhã seguinte Susan acordou cedinho, pois havia combinado de aparecer por lá para conhecer o garoto. Havia ficado doida quando o sr. Walter ofereceu a ela para ficar apenas um mês com o neto. Ela ganharia muito mais do que ganhava por mês na clínica. O garoto realmente era de ouro, afinal ganhar todo aquele dinheiro só poderia ser de ouro. Se todos os ricos ali em Londres pagassem há ela aquela quantidade para ser apenas uma babá, ela preferia mudar de profissão.
- Já está indo? – Caroline perguntou sentando na cama.
- Quero ser pontual. Preciso muito dessa grana. – Ela disse. – Sabe que é mais do que eu ganhava na clínica.
- Com certeza. Quem sabe depois o filho dele me ajuda na empresa. – Ela contou. – Raquel disse que é o melhor de todos.
Caroline balançou a cabeça.
- Raquel está querendo casar você com um deles. Até que não seria nada mau, casar com um milionário. – Ela debochou. – Acho que vou tentar com o outro irmão.
- Não fala besteira. Caras como eles não saem com mulheres como a gente, somos inferiores há eles.
- Raquel se dá bem com eles. Trata ela como da família.
Susan deu um suspiro.
- Já disse que não quero ser a Raquel. Ela ficou chata quando veio morar aqui em Londres. Está se tornando um deles.
- Você é tão mesquinha, quanto ela.
Susan fez careta e se despediu da irmã com um beijinho. Raquel viria busca-la para levar até o casarão. Realmente Caroline tinha razão, ela era tão mesquinha quanto a Raquel. Mas ela se daria ao luxo de se aproveita daquela família, faria apenas o seu trabalho e nada mais.
Quando chegaram lá, foram bem recebidas. E finalmente conhecera o neto Evan e o filho Jonathan do sr. Walter. Raquel tinha toda razão, eles eram maravilhosos. O menino era lindo, com seu cabelo loiro, rostinho rosado e magrinho.
E claro, o filho do sr. Walter era muito bonito, tinha todas as semelhanças do pai. Parecia ser um grande homem de negócios, apesar da roupa informal que usava. Será que ele gostava de jogar golfe?
- É uma pena que não temos nada para você e sua irmã na empresa. – Jonathan falou.
- Sem problema, fico feliz de estar ajudando de alguma forma. – Ela meio que agradeceu. – Já cuidei de crianças antes da faculdade e não será problema.
Jonathan sorriu.
- Bem, será bem-vinda a família. Raquel já faz parte dela.
- Obrigada.
Ainda bem que ela escolhera uma roupa confortável para aquele dia, não queria impressionar ninguém. E pelo jeito ela conseguira impressionar o filho do todo poderoso.
Susan ficou sem graça quando começaram a falar de negócios, ela só ficou aliviada quando o mordomo anunciou a chegada de alguém. E pelo jeito o sr. Walter ficou todo feliz quando soube que era o outro filho chegando.
Pode ouvi vozes vindo até a sala de estar. Olhou para Raquel que sorriu de orelha a orelha para ela, como se quisesse dizer alguma coisa.
Quando o sr. Walter voltou com um rapaz na mesma altura deduziu ser o outro filho dele.
Assim que seus olhares se encontraram. Foi impossível negar a atração física imediata e intensa. O queixo quadrado parecia lançar-se a frente num desafio, e dentes brancos e perfeitamente alinhados contribuíam para o formato impecável do rosto bem barbeado. A pele bronzeada combinava com os cabelos escuros e brilhantes, e os olhos azuis como o céu iluminavam o conjunto harmonioso. Sob o nariz aquilino, lábios finos e firmes formavam a boca ampla... e distendiam-se em um esboço de sorriso. A reação debochada, além de impropria, era irritante.
Não deveria dar tanta importância à boa aparência do sujeito.
Desviou o olhar do dele, e decidiu que não daria atenção há ele. Não queria ter nada com ninguém, até poder ter certeza de que seria realmente bem-vinda aquela família.
- Oi, Raquel. Tudo bem?
- Estou bem, Wes. E você? – Raquel perguntou a ele assim que ele deu um abraço caloroso nela.
- Muito bem. Temos gente há mais aqui hoje. - Ele falou meio que entre os dentes.
- Essa é Susan. Minha irmã, Wes.
- Sua irmã? Nem sabia que você tinha irmã. – Ele sorriu para ela, e só então a abraçou sem ao menos lhe da permissão há isso.
Susan ficou sem graça quando sentiu os braços dele envolta dela. Não que não tenha gostado, fazia muito tempo que não sabia o que era receber um abraço de um homem tão lindo.
- Prazer em conhece-la irmã de Raquel. – Ele falou brincalhão.
- Susan... meu nome é Susan.
Wesley sorriu para ela e assentiu, só então percebeu que ele havia dado uma piscadela para ela.
- Deixa de ser bobo, meu filho.
Wesley ignorou o pai e pegou o sobrinho no colo que abriu um belo sorriso. Pelo jeito ele adorava aquele tio doido.
Talvez gente rica não fosse tão chata assim. Eles pareciam pessoas do bem e que a receberam muito bem. Nunca imaginaria que passaria por aquilo um dia e ficou feliz por estar sendo bem recebida.
- Ei, cadê a Jéssica?
- Ela viajou ontem à noite e deixou o Evan aqui. – Sr. Walter contou. – Susan será a babá dele até o natal.
- Ah sério?
- Você não quis ajudar... papai deu um jeito. – Jonathan entrou na conversa.
- Fica na sua, Jonathan... ninguém falou com você.
- Você é um babaca que só pensa em você.
- Vocês não vão começar a discutir na frente das visitas. – Esbravejou o sr. Walter.
Wesley fuzilou o irmão com olhar, enquanto colocava o sobrinho no chão.
- Não fala comigo, não.
- Não deveria nem estar aqui. – Murmurou Jonathan.
- Eu já disse para vocês pararem. Parece duas crianças discutindo.
- É por isso que não gosto de vir aqui. Toda vez ele fica fazendo graça.
- A casa é minha, não tem que ficarem discutindo.
- Diz isso há ele, então.
O sr. Walter pediu desculpas pelos dois que pelo jeito ainda fuzilavam se um para o outro. Depois que o Wesley chegara o clima ficara pesado, não soube dizer se era por que ele simplesmente lhe a atraiu ou se era por causa da briga constante que ele tinha com o irmão. Ela brigava com suas irmãs, mas não daquela maneira. Eram muitos estranhos.
Como sua irmã havia dito, Wesley era mesmo mais legal do que o Jonathan. Só não soube dizer por que ela achou que Jonathan seria um belo par para ela, não que ele não fosse bonito. Mais o outro foi que lhe chamou mais atenção, apesar de tudo ele era divertido.
Ambas foram convidadas para almoçarem, porém, Raquel disse que teria que fazer algumas coisas a tarde, mas o sr. Walter insistiu que ficassem, afinal era sábado.
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Atualizado até capítulo 22
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