Já havia se passado alguns dias desde que Maya havia começado a trabalhar com Dimitri no complexo de treinamento. As pessoas de Bryon eram muito acolhedoras e gentis, devido à diversidade de etnias, o que tornava o ambiente ótimo para trabalho. O Sol já havia se posto no horizonte e as luzes do complexo já estavam acessas quando ela saiu do seu escritório.
Ela trancou a porta e passou a andar pelo extenso corredor que rodeava um pátio. A parte administrativa era dividida em quatro quadrados com pátios de descanso no meio e atrás ficam os prédios onde eram lecionadas as aulas, treinos e dormitórios. A construção era tão bem organizada que fazia o complexo onde ela treinou parecer um depósito.
Com o pensamento em mente, Maya caminhou até o estacionamento onde encontrou sua moto. Desde que havia começado a trabalhar, ela havia decorado o caminho do apartamento até ali e feito o percurso de moto, chamando a atenção dos soldados e se tornando um ícone no local.
Colocou o capacete, ligou o veículo e devagar saiu da vaga para alcançar as ruas tranquilas. A capital de Bryon parecia uma cidade do interior de tão tranquila e bem organizada. Até mesmo o aglomerado de pessoas pareciam transparecer tranquilidade em suas compras e até mesmo no trânsito. Em poucos minutos, alcançou o edifício onde residia no momento.
Maya deixou a moto no estacionamento e seguiu para o elevador, soltando os cabelos no caminho e abrindo a jaqueta da farda. Seus dias estavam sendo consumidos pelo trabalho, tanto que ela ainda não havia entrado em contato com Luma ou Damien. Assim que o elevador parou, seguiu para o apartamento, onde o cheiro delicioso de comida pairava no ar:
— Boa noite, senhorita Maya, já estou terminando a sua refeição. Gostaria de mais alguma coisa? — Uma jovem empregada de nome Lina, disponibilizada pela equipe de Max, falou ao perceber a chegada dela.
— Boa noite, Lina, obrigada pelo trabalho e assim que terminar pode ir descansar, eu cuido da louça do jantar.
— Obrigada senhorita Maya. — A jovem de cabelos castanhos fez uma reverência.
— Me chame apenas de Maya, tudo bem? — Maya sorriu e colocou uma mão sobre o ombro magro da jovem.
— Sim senho… Maya.
— Ótimo. E não fique até tarde me esperando, você não disse que tinha aulas a noite?
— Sim, eu tenho, mas hoje não terá aula, por isso me estendi um pouco.
— Não falte as aulas novamente devido ao trabalho, quero que tire notas boas para conseguir entrar na faculdade, como me disse.
— Prometo me esforçar. — Lina sorriu.
— Bem, eu vou tomar um banho, se eu não te ver mais, te desejo uma boa noite.
— Obrigada.
Maya caminhou para o quarto onde entrou no closet já se despindo. No meio do caminho, ela observou o corpo nu refletido em um dos espelhos que ficavam ao lado das araras de roupas; nunca ela tinha se visto como uma mulher bonita, poderosa e dominadora, já que foi criada para ser uma mulher submissa, que se guardaria para o primeiro marido, que horaria o casamento até o fim; só que no final nada daquilo havia valido a pena.
Agora ela tinha clareza de pensamento e se arrependia por não lutar para ficar e aproveitar tudo que pudesse com Theron. Luma e Damien sempre lhe dizia para quebrar o tabu, para estar com quem ela amava de verdade, só que agora tudo estava perdido e ela não poderia voltar, só tinha que seguir em frente vivendo coisas novas. Maya caminhou até o banheiro, entrando no box luxuoso e ligou a água, controlando a temperatura.
A água quente escorreu por seu corpo e as lembranças dela com Max ali preencheram sua mente. Já tinha alguns dias que Max havia ido para uma missão e ainda não havia retornado, dando um tempo de se comunicarem. O bom é que eles não tinham um relacionamento, não tinham cobrança, era apenas uma amizade e sexo de qualidade quando queriam.
Até onde sabia, a esposa de Max ainda permanecia fora em missão, e tinha mais de seis meses que ela não retornava para casa. Nunca que ela imaginaria que uma mulher seria tão fria a ponto de ficar longe de um homem como Max, que parecia um cachorrinho a procura de carinho e atenção. Em suas breves conversas com Elisa, essa nem citava a cunhada, o que levantava as suspeitas de Maya.
Após o banho, ela se enxugou e optou por usar apenas um roupão para poder comer antes que a comida esfriasse. A comida de Lina era excelente e lembrava um pouco a comida da casa que da sua família, o que trazia um sentimento de nostalgia. Lina era filha de refugiados, e foi provavelmente selecionada para auxiliar por esse motivo. Assim que terminou a refeição, cuidou da louça e deixou a cozinha impecável, aproveitando para em seguida tentar falar com Luma, já que já tinha dias que tentava contato, mas sem sucesso.
Maya voltou para sala e se deitou no sofá, onde pegou o celular e discou para Luma, sem sucesso. Por fim, ela ligou para Damien, que atendeu rapidamente:
— Mulher! Até que enfim me retornou, achei que estava presa. — Damien brincou.
— Presa no trabalho, só se for. — Maya riu.
— Se esta trabalhando, imagino que tenha voltado, ou estou errado?
— Não voltei, estou em Bryon e planejo ficar por aqui, pelo menos por um tempo, sabe?
— Melhor coisa, aqui esta uma confusão devido ao grupo do Scar que foi descoberto. A mídia não para de falar disso e Theron e Luma não estão atendendo telefone por isso.
— Ah, por isso não consigo falar com a Luma?
— Provavelmente. No momento, eles estão escondidos esperando a poeira baixar. Os nobres estão culpando o Theron por não proteger o Scar, enquanto a população o aplaude por desmantelar o grupo criminoso.
— Eu sabia que seria difícil.
— Mas me conta, o que esta fazendo de bom?
— Estou pegando o príncipe. — Maya falou rápido já esperando a reação do amigo.
— Quê?
— Isso mesmo que ouviu, estou pegando o príncipe de Bryon e ele esta me bancando com tudo o que preciso.
— Sortuda filha de uma mãe! — Damien fingiu raiva e pode ouvir a gargalhada de Maya. — Mas ele não é casado? Onde esta a minha amiga certinha, que ficou toda arrependida por ficar com o amor da vida dela?
— Amigo. — Maya ouviu passos e logo Max surgiu em seu campo de visão. — Essa otária, esta morta e enterrada, eu vou aproveitar as oportunidades que a vida me dá, não quero morrer arrependida pelo que eu não fiz. — Ela sorriu para Max, que sorriu de volta.
— Faz certo, minha diva.
— Preciso desligar agora, vou me divertir.
— Se divirta e depois nos falamos, beijo.
— Beijo! — Ela encerrou a ligação e fez sinal para Max se aproximar. — Estava falando com um amigo, ele me contou que o Theron anda com problemas.
— Sim; por isso, sai por uns dias. — Max sentou na beira do sofá. — Fui fazer um pronunciamento sobre o ocorrido para aliviar a tensão para o lado dele.
— Espero que ele fique bem, Theron é sentimental demais.
— Sei disso, mas isso não importa agora.
Ele levou uma mão até o laço do roupão dela, abrindo a peça e revelando o corpo nú. Com mãos ágeis, apalpou os seios médios e sugou um mamilo, observando o corpo dela arquear de prazer:
— Senti falta disso. — Maya acariciou os fios longos e platinados de Max, que levantou a cabeça e a encarou.
— Ficar longe de você foi uma tortura. Maya, estou viciado em você.
Aquela fala acendeu um alerta na mente de Maya.
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Atualizado até capítulo 83
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