Maya acordou se sentindo bem disposta após o orgasmo delicioso que Max havia lhe proporcionado na noite anterior. Não havia sido tão profundo e perfeito quanto ela tivera com Theron, mas havia chegado perto. Fora que ensinar Max foi uma experiência um tanto divertida para os dois.
Ela se arrumou e decidiu correr pelo quarteirão para se familiarizar com a vizinhança. O prédio ficava em uma rua tranquila e silenciosa. Os vizinhos nem pareciam existir, assim como os empregados que ficavam no local. Quando ela estava na terceira volta, ela viu o carro de Max parar um pouco mais a frente dela e logo a porta se abriu, onde o loiro saiu com um sorriso:
— Bom dia!
— Bom dia! — Maya parou na frente dele e fez uma leve reverência.
— Vejo que acordou disposta. Acho que eu lhe disse que no prédio tem uma academia, não?
— Sim, você disse e a arrumadeira também informou, mas eu quis conhecer os arredores. — Maya sorriu e logo percebeu o olhar dele sobre seu corpo coberto por um conjunto cinza de legging e top. — Se comporte, estamos na rua.
— Desculpe, mas você esta um tanto exposta com essa vestimenta. — Ele desviou o rosto vermelho.
— Vou dar mais algumas voltas e te encontro no apartamento, pode ser?
— Claro, até porque vim te buscar para conhecer a minha irmã.
— A rainha Elisa?
— Sim, algo errado?
— Não, mas é…
— Fique tranquila, minha irmã é mais acessível do que você pensa. — Max sorriu. — Te espero lá.
Maya observou o homem voltar para o carro e o veículo sumir da sua vista. Ela respirou fundo e voltou a correr para tentar aliviar a mente. Seus dias em Bryon estava trazendo uma paz que há tempos não tinha, só que logo ela teria que verificar como voltar a trabalhar e também teria que lidar com os cuidados póstumos da morte de Scar.
Agora que estava ali e tinha se envolvido com outra pessoa, parecia que Scar nunca havia existido em sua vida; era como se estivesse livre de todo um fardo. Talvez fosse hora dela contactar Luma e Theron, mas só de pensar nos dois, ela se lembrava do passado e não era o que queria no momento.
Ela terminou as voltas restantes e voltou para o prédio, onde o porteiro logo abriu o portão e a porta da recepção para que ela pudesse acessar o elevador. Quando entrou na moradia provisória, encontrou Max sentado no sofá, tomando, ao que parecia, ser um chá:
— Achei que iria demorar mais. — Max falou ao vê-la.
— Me dê vinte minutos que estarei pronta. Tem algum código de vestimenta para encontrar a rainha?
— Para rainha, sim, mas hoje você vai encontrar a Elisa, então fique a vontade. — Ele se levantou com a xícara e se aproximou dela. — Já tomou o desjejum?
— Tomei uma bebida proteica antes de sair. Tomarei um banho para me arrumar.
Maya passou a caminhar para o quarto seguida por Max:
— Elisa é um ano mais nova que você; ela é muito solitária e imagino que vocês possam se dar bem.
— Isso vamos ver quando nos encontrarmos, afinal, se ela souber o que houve aqui ontem a noite, é capaz dela me detestar.
— Ela não precisa saber, não ainda. E sinceramente, do jeito que ela não simpatiza com a cunhada dela, não achará tão ruim.
Max deixou a xícara de lado e seguiu Maya até o closet, onde a viu tirar o top, ficando parcialmente desnuda. Ele se aproximou, colando as costas dela em seu corpo e segurou os seios firmes, a surpreendendo:
— Posso me juntar a você?
— Já está querendo mais uma lição? — Maya brincou.
— Sou um homem curioso, que adora aprender. — Ele cheirou o pescoço dela, fazendo a pele dela se arrepiar.
— Acho que estou criando um monstro.
Maya se virou, ficando de frente para Max, o beijando em seguida.
-***-
O castelo de Bryon era uma construção ampla, parecia mais um prédio politico do que a morada da realeza. Arcos e colunas gregas adornavam a entrada luxuosa, onde soldados vigiavam constantemente. As paredes eram marfins, os adornos eram dourados, contrastando com o chão de carpete vermelho. Nas paredes havia quadros com as imagens dos governantes e colunas com flores.
Maya se sentiu como se tivesse sido transportada para outro mundo devido o luxo e perfeição do local. Ela andou atrás de Max, enquanto esse era cumprimentado por todos os guardas e empregados que surgiam. Ali ele parecia mais etéreo do que no dia que se conheceram.
Max virou em um corredor com grandes janelas de vidro que davam para o que parecia ser um jardim. Mais a frente era possível ver um grande coreto, onde parecia haver algumas pessoas. Ela seguiu o homem de longos cabelos loiros e ao se aproximar pode ver uma jovem de cabelos longos loiros acinzentados e com olhos da mesma cor dos de Max. Ela era tão bela quanto o irmão:
— Elisa! — O tom de Max era afetuoso.
— Irmão! — Elisa se levantou animada e correu para os braços do irmão mais velho.
— Como prometido, eu trouxe a Maya, para conhecê-la.
Max indicou Maya, que se aproximou e fez uma reverência:
— É uma honra conhecê-la, vossa graça.
— Sem formalidades, Maya. — Elisa se aproximou com um sorriso. — Meu irmão me falou muito de você.
— Espero que bem. — Maya se endireitou e sorriu para Elisa, que era encantadora.
— Sim, desde que você surgiu ele anda bem-falante. — A jovem rainha riu e viu o irmão ficar emburrado. — Vamos sentar, pedi para prepararem chá e alguns doces, espero que goste.
— Não precisava se incomodar.
— Claro que precisava. — Elisa sentou a mesa com o auxílio do irmão. — Max me contou que é uma piloto de caça sendo soldado da aliança.
— Sim, eu sou, mesmo que esteja afastada no momento, acredito que deva saber do motivo. — Maya aceitou o auxílio de Max para se juntar a mesa.
— Sim, eu sei e sinto muito por tudo que teve que passar.
— Não se preocupe, eu agradeço muito pela sua intervenção e da do Max para me manter em segurança.
— Não foi nada, eu realmente não poderia deixar uma mulher sofrer porque o marido errou.
— Maya também cooperou nas investigações. — Max observou e fez sinal para uma empregada servi-los. — Fora que assim que chegou na estalagem destinada a abrigar os familiares dos criminosos que estão aguardando julgamento, Maya se prontificou a auxiliar o pessoal e fez um bom trabalho com as crianças.
— Eu não fiz muita coisa. — Maya falou constrangida.
— Não foi o que fiquei sabendo. — Elisa sorriu e agradeceu a serva, que a serviu com um pouco de chá. — chegou um pedido para que eu pudesse cedê-la para trabalhar na estalagem.
— Oh, isso é verdade? — Maya estava surpresa.
— Sim, sendo sobre isso que gostaria de conversar, Maya. — Elisa sorveu um pouco do chá. — Bryon é um país muito ligado a projetos de filantropia e pelo seu histórico, sei que trabalha ativamente com isso. O que acha de se juntar a nossa academia real? Assim poderia participar ativamente de missões de resgates e também com auxílio. E então?
— Alteza, nada me faria mais feliz do que ter a oportunidade de poder trabalhar em prol das pessoas que precisam de auxílio. — Maya estava emocionada com o convite.
— Então seja bem-vinda a academia de Bryon. — Elisa sorriu amável, encantada com a doçura de Maya.
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Atualizado até capítulo 83
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