BRENNO...
Talita está brincando na sala com a Flora já tem um tempinho, ver elas rindo juntas, aquece tanto o meu peito.
— Vou fazer um lanche para a gente — deixo um beijo na testa da Flora e um na Talita.
— Papai, não tem morango aqui né?
— Não, filha. Eu jamais traria nada com morangos, sabendo que você não pode comer — ela da um sorrisinho e eu saio da sala.
Preparo três lanches reforçados, estou finalizando o suco quando a Talita entra na cozinha.
— Oi...
— Oi, amor.
— A Flora não pode comer morangos?
— Ela é alérgica... Eu também sou. E mesmo que eu não fosse, jamais iria deixar nada com morangos aqui em casa, sabendo que ela é uma criança, e que pode comer sem nem mesmo saber o que é... — vejo os seus olhos encher de lágrimas, e sei que lembrou do filho — Ei... Não chora, vem cá.
— Eu também sou... E... E o Pit... Ah, meu Deus, Brenno...
— Xi... Não vou deixar nada, acontecer com vocês, nunca. Me ouviu?
Ergo o seu rosto e encaro os seus olhos que estão derramando lágrimas grossas e tristes, ela assente lentamente e eu lhe abraço com mais força. Ela se acalma com um pouco de dificuldade, o que foi o tempo que a Flora levou para vir até a cozinha nos procurar.
— Tá tudo bem com a mamãe? — Talita se solta de mim e quase corre em sua direção.
— Está sim, meu amor. A mamãe está só feliz por estar tendo esse tempo com vocês.
— Mamãe Tatá, deixa eu te dar um abraço? Assim você não vai mais sentir saudade, e vai poder amar eu e o papai.
— Ai, Flora, minha filhinha... A mamãe já te ama... Ama muito! É claro que eu deixo você me abraçar.
Talita a puxa a Flora para um abraço e eu fico segurando a emoção de ver as duas mulheres da minha vida abraçadas. Nem posso imaginar o quanto foi difícil para a Talita ser chamada de mãe, mas irei fazer o preciso e o impossível para que ela não sinta mais tanta dor ao ouvir essa palavra.
Fizemos o nosso lanche depois, tentando quebrar o clima pesado que havia se instalado, a Flora era uma garotinha muito animada e que amava conversar, então logo o silêncio foi substituído pela sua alegria infantil.
Fiquei segurando a mão da Talita durante o nosso lanche, e ela aos poucos relaxou, quando terminamos de comer, a Flor tinha alguns medicamentos que eram essenciais na sua fase de recuperação, então ajudei ela a tomar todos, e fomos assistir um filme.
— Papai... Coloca aquele que eu gosto, pra a mamãe conhecer.
— Coloco sim.
Estamos na sala de cinema, que não é grande, mas confortável o suficiente para nós três, Flora está entre nós dois, então abraço as duas para que fiquemos bem juntinhos.
— Mamãe, esse é o meu filme de princesa preferido.
Talita sorriu, um sorriso grande e feliz, em seguida aconchegou melhor a Flora em seus braços, para que ficassemos ainda mais juntos, foi a minha vez de sorrir. Quando o filme estava na metade, nossa pequena já tinha dormido, então pausei e a peguei no colo.
— Vou levar ela para a cama.
— Ela tem um quarto aqui, ou dorme com você?
— Tem um quarto só pra ela, uso a babá eletrônica para se algo acontecer, mas tem vez que ela vem pra cá, e dorme no meu quarto, acho mais seguro.
Ela apenas assente e me segue escada acima, quando entramos no quarto que tenho feito para a Flora, vejo que ela analisa cada cantinho. Dei esse quarto a ela no seu último aniversário, no ano passado, e esse ano, planejo fazer uma festinha, comemorando em casa, a sua cura.
— É lindo... E é a carinha dela.
— Eu tentei deixar o máximo infantil possível, já que ela não teve quase nada de infância.
Coloco ela na sua cama, e deixo um beijinho na sua testa, tiro o seu turbante para não machucar enquanto dorme, e as suas sandálias, a Talita ajeita o seu cobertor, e também deixa um beijo bem carinhoso no seu rostinho.
— Boa noite, minha princesa. Durma com os anjinhos.
Vejo que ela faz o sinal da cruz na Flora, como se a estivesse abençoando, saímos do quarto dela alguns segundos depois, notei que a Lita estava um pouco sensível, então a abracei com carinho, e ter o seu corpo tão colado ao meu me despertou mais do que eu poderia permitir.
— Eu sempre contava histórias para o Pit dormir... E... Acompanhar você colocar a Flora na caminha dela... Me trouxe tantas lembranças...
— Você quer falar sobre ele?
— Não ficaria chateado em me ouvir falar do passado?
— Claro que não, e não é só o seu passado, linda... É o seu filho. Irei ficar honrado em te ouvir falar sobre ele, se sentir que consegue e te faz bem.
Falo tudo isso segurando o seu rosto e olhando firme em seus olhinhos cristalinos, ela abre um pequeno sorriso e deita a cabeça no meu peito.
— Podemos ir para o sofá, ou... Estou um pouco cansada, e tenho muito para falar, e sempre que falo do Pit...
— Tudo bem, aceita vir para o meu quarto? Ficamos apenas deitados, te faço cafuné enquanto você me conta o que quiser.
Ela assentiu, e nossa... Que passo gigante demos.
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Esse capítulo foi dedicado às minhas leitoras que fizeram aniversário neste mês de janeiro! Desejo muita paz, felicidade e luz na vida de cada uma!❤️
As demais, peço que comentem nesse parágrafo, a data de vocês, para que nos próximos capítulos, ao longo do ano, eu possa estar dedicando a vocês também!🫶
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Atualizado até capítulo 62
Comments
Rosa Santos
Obrigado autora, amei o capítulo , meu aniversário foi esse mês que passou 19/01 ,fiquei muito feliz 😊 Obrigado 🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰
2025-02-04
6
eu
Obrigada pelo capítulo e pelas felicitações. meu aniversário foi dia 28/01. Parabéns pela estória. a maneira como vc aborda esse sentimento de perda, é maravilhoso. parabéns pela sensibilidade
2025-02-25
2
Andreza Cristina Cunha
Maravilhoso demais Parabéns autora simplesmente PERFEITAAAAAA 😍😍.
MEU ANIVERSÁRIO É DIA 19/02☺️
2025-02-04
3